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Social tão importante como o Litúrgico
2002-07-11 19:33:18

As paróquias não devem viver fechadas sobre si mesmas mas antes abrir-se à sociedade em que estão inseridas. Esta é a conclusão geral do VIII Colóquio Nacional de Paróquias que se realizou, de 8 a 11 de Julho, em Fátima, subordinado ao tema “A dimensão social da fé nas comunidades cristãs”.


Em declarações à Agência ECCLESIA, o Director do Secretariado Nacional destes Colóquios de Paróquias, salientou que “a dimensão social não é apenas um acrescento à vida da Igreja mas que é antes uma dimensão essencial e que deve ter um lugar igual ao da liturgia”. Assim, segundo o Pe. João Castelhano, as paróquias devem ser activas “na denúncia de situações de injustiça e na descoberta e acompanhamento das situações de infelicidade”.
Ao longo do Colóquio foi frisada a preocupação de “que ninguém fique de fora, que ninguém se desresponsabilize destas metas”. A solidariedade “é uma reposição da justiça”, sublinhou o Pe. João Castelhano, recordando que “a caridade vai mais longe porque é um imperativo da Igreja e do Evangelho fazer com que todo o ser humano possa viver uma cidadania na plenitude”. “Das primeiras preocupações dos primeiros seguidores de Cristo, pode ler-se na Bíblia, era que não faltasse pão a nenhuma casa”, apontou.
Apesar da necessidade de se incentivar cada vez mais uma maior abertura das paróquias, o Pe. João Castelhano referiu que “a maior parte das Instituições Particulares de Solidariedade Social, cerca de 90 por cento, são protagonizadas por paróquias”. O Comunicado final do Colóquio refere “dada a complexidade da cultura actual e das novas formas de pobreza, muitas das situações de carência só poderão ser vencidas com a ajuda e a implicação de vários organismos (...) Impõe-se, por isso, uma nova forma de actuar... uma colaboração confiante, abertura e acolhimento do específico de cada grupo ou instituição, rentabilização dos recursos humanos e materiais. Esta mesma situação potencia a especificidade do contributo cristãos”.
Gabinetes técnico-jurídicos, postos de enfermagem com ajuda de pessoal especializado, implementação de equipas de coordenação de acção socio-caritativa que estejam atentas a situações de idosos isolados, doentes ou crianças sem apoio ou ajuda na formação ou requalificação profissional para encontrar o primeiro emprego, são algumas das medidas apresentadas durante o Colóquio, que no entanto só serão concretizáveis com uma “intervenção política organizada que altere as referidas estruturas de injustiça.
“Os cristãos, mais do que nunca, devem estar ao lado dos que sofrem e aprender a ‘descer’ até à sua condição, para ajudar a encontrar as soluções que promovam a dignidade humana e favoreçam a autonomia pessoal”, conclui o Comunicado do Encontro onde participaram seis dezenas de pessoas, com grande predominância de leigos.



Fonte Ecclesia

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