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Igreja deve estar próxima do cidadão
2002-07-08 22:18:12 O Colóquio Nacional de Paróquias, que reúne esta semana, em Fátima, vai discutir formas de aproximar a Igreja Católica e, em particular, as pequenas comunidades religiosas dos problemas sociais.
Segundo João Castelhano, coordenador deste movimento, que reúne várias dezenas de comunidades de todo o País, a Igreja Católica necessita de fazer ainda um esforço suplementar no sentido de se aproximar das pessoas e dos problemas da sociedade de hoje, em especial junto dos jovens que constantemente e cada vez mais são seduzidos para o caminho do mal.
Subordinado ao tema a "Dimensão social da fé nas comunidades cristãs", este colóquio, que já vai na sua oitava edição, pretende relançar o debate sobre o trabalho pastoral da Igreja na sociedade.
"Tem que haver uma valorização da fé que não pode ficar apenas virada para dentro, numa perspectiva intimista", considerou João Castelhano, pároco em Coimbra.
O objectivo é "fazer sentir que a fé também se exprime na acção social e todo o trabalho fora das igrejas também é uma dimensão de fé", explicou, adiantando que esta "acção social não é apenas mais uma actividade paralela mas algo de essencial à própria vida do cristão".
No entanto, existem ainda muitas paróquias e comunidades que não vivem esta dimensão social, salientou, embora reconhecendo que, nos últimos anos, tem-se feito um esforço muito grande no sentido de aproximar os religiosos dos não-crentes, através do exemplo.
"Um total de 90 por cento das IPSS é da Igreja e grande parte do trabalho de acção social feito no nosso país são da responsabilidade das comunidades cristãs", defendeu este responsável religioso de Coimbra.
A partir de hoje e até ao próximo dia 11, representantes de vários sectores do trabalho pastoral da Igreja Católica vão debater algumas questões sobre a abertura da estrutura à sociedade.
Desde o presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), José Maia, ao presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio de Almeida, passando por alguns deputados e bispos católicos ligados a estas temáticas, este colóquio pretende ser o início do reforço do trabalho pastoral da Igreja, revelou João Castelhano.
Fonte DN
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