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Católicos criticam política de imigração
2002-07-10 10:00:11

Considerando que "a imigração não deve continuar a ser criminalizada", vários movimentos católicos assinaram um documento onde se apela ao Governo que "ponha em prática medidas de justa regularização da residência, de acolhimento generoso e apoio à integração, que, não obstante, os progessos legislativos dos últimos cinco anos, continuam a pecar por deficiente aplicação e omissa vontade política".


Para estes movimentos católicos "não admitir regularizar os imigrantes é, mais uma vez, penalizar o mais pequeno (o trabalhador) que se encontra no elo mais baixo da cadeia social, e continuar a deixar impunes os grandes (as grandes empresas) que, por cumplicidade e enércia do Estado, contornam a lei e a justiça provocando ilegalidade no mercado de trabalho".

Neste sentido, faz-se um apelo para que o "mecanismo de "responsablidade solidária" - considerado inovador no combate às fraudes no trabalho - seja aplicado com mais celeridade e justiça, salvaguardando e protegendo o trabalhador injustiçado". Caso contrário, afirma-se, "continua-se a contribuir para sustentar situações de dependência em relação às entidades empregadoras e intermediários também eles na ilegalidade: advogados, funcionários da administração pública, senhorios e agências".

Os vários grupos signatários do documento não têm dúvidas: "O País continua a ser lentíssimo no legalizar e promete ser rápido no expulsar." E, conforme se sublinha, isso não está correcto. Lembra-se, nesse sentido, que a imigração, em si mesma, já é "denúncia da falta de paz, liberdade e vida digna nos países de origem, e é um teste, talvez o mais transparente e evidente, à prática democrática e ao sentido de solidariedade do país e da Igreja que acolhe".

Para estes católicos, o anunciado repatriamento voluntário ou involuntário dos cidadãos estrangeiros que se encontrem na ilegalidade - na sequência da Cimeira do Conselho Europeu de Sevilha - contraria toda e qualquer vontade de bondoso e generoso acolhimento para os que hão-de vir".

Neste contexto, desafia-se a que se cumpra o que já está estipulado no programa do Governo: "O caminho deve ser o da inclusão e não o da marginalização."

Fonte DN

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