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Papa preocupado com Médio Oriente
2000-12-26 23:25:06

O Papa João Paulo II celebrou ontem, pela primeira vez na história, a Missa do Galo ao ar livre na Praça de S. Pedro, Vaticano, sob chuva inclemente. Na altura, o Santo Padre expressou a sua preocupação pela situação nos Lugares Santos, no Médio Oriente, e fez um apelo à paz naquela região.

Na praça do Vaticano, sede da Igreja Católica, toda iluminada e com o Portal de Belém em tamanho natural, dezenas de milhar de fiéis assistiram à missa celebrada pelo Sumo Pontífice.

Com aspecto fatigado e articulando por vezes as palavras com dificuldade, os músculos do rosto paralisados devido à doença de Parkinson que o afecta, João Paulo II, que conta 80 anos, recordou que fez ontem um ano que abriu a Porta Santa da Basílica de S. Pedro, dando início ao Grande Jubileu do ano 2000 e que essa é a "porta da graça, aberta a todos de par em par".

O Papa sublinhou que o nascimento de Cristo marcou um novo início da história, que o Natal é a festa da vida, e recordou, comovido, a peregrinação que realizou à Terra Santa em Março deste ano.

"Penso com preocupação nos Santos Lugares e sobretudo em Belém, onde, devido à difícil situação política, não poderão ser celebrados, infelizmente, os ritos de Natal com a serenidade habitual. Quero neste momento expressar àquelas comunidades cristãs a total solidariedade de toda a Igreja", afirmou.

O Papa concluiu a Missa do Galo, recordando que o Grande Jubileu entra agora na sua recta final. Terminará no Dia de Reis, a 6 de Janeiro, com o encerramento da Porta Santa da basílica do Vaticano.

João Paulo II pediu a Deus que a luz desta noite, "mais resplandecente do que o dia", se projecte sobre o futuro e oriente os passos da humanidade para os caminhos da paz neste terceiro milénio".

O Sumo Pontífice denunciou a tentação do homem de se assumir como árbitro da vida, através da prática do aborto e da eutanásia. "Não podemos, afirmou, deixar de nos lembrarmos hoje que trevas de morte ameaçam a vida do homem em cada uma das suas etapas, especialmente no começo e no declínio natural". Adiante concluiu: "Estamos perante sintomas alarmantes da "cultura da morte", que constituem uma séria ameaça para o futuro".

O chefe da Igreja Católica exprimiu solidariedade com "as crianças agredidas, humilhadas e abandonadas", as "mulheres violadas e exploradas", os "jovens, adultos e idosos excluídos", as "filas intermináveis de exilados e refugiados", as "vítimas da violências e guerrilhas em tantos pontos do planeta".

Fonte DN

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