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Santa Sé propõe Aliança Internacional
2002-06-11 21:29:36 “Mais do que nunca, é urgente que a solidariedade se converta em critério inspirador de toda a forma de cooperação nas relações internacionais”. Esta é uma das afirmações a ser ouvidas pelos participantes na Reunião Mundial sobre Alimentação, que se realiza, de 10 a 13 de Junho, em Roma, Itália, na sede da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
A afirmação é de João Paulo II que enviou àquela reunião uma mensagem, divulgada, dia 10 de Junho, pela Sala de Imprensa da Santa Sé, em que deixa frisado que, “se os objectivos da Reunião de 1996 não estão a ser alcançados, pode ser por falta de uma cultura de solidariedade e porque as relações internacionais se têm marcado, muitas vezes, por um pragmatismo carente de fundamento ético-moral”. Por isso, o Santo Padre considera “preocupantes algumas estatísticas, segundo as quais, nos últimos anos, as ajudas aos países pobres, em vez de aumentar, têm diminuído”.
Além disto, o Papa recorda que “a pobreza e a fome (...) constituem uma ameaça concreta para a paz e para a segurança internacional”. Assim, na sua mensagem à Reunião Mundial da FAO, João Paulo II convida a um esforço de solidariedade, “capaz de reduzir para metade, no ano de 2015, o número de pessoas desnutridas”, a meta a que se propuseram os Estados em 1996: reduzir de 800 para “apenas” 400 milhões, os desnutridos.
Assim, de acordo com a Agência ZENIT, o Representante da Missão de Observação Permanente da Santa Sé na FAO vai propôr, na Reunião, “a criação de uma Aliança no sector da cooperação para o desenvolvimento”. No entanto, D. Agostino Marchetto frisou que para ser eficaz, (esta Aliança) deve ser percebida “não tanto como um novo compromisso mas antes como uma estratégia de intervenção para eliminar a fome”.
Sublinhando que este objectivo é “indispensável e possível”, D. Agostino Marchetto reconheceu que “só uma capacidade de estímulo e pressão positiva das opiniões públicas pode garantir um concreto, contínuo e vigilante empenho governamental”.
Antes da Oração do Angelus, dia 9 de Junho, o Papa pediu a Deus “que ilumine os responsáveis das nações”, para que surja desta Reunião “um novo impulso para a luta da comunidade internacional contra a fome”. João Paulo II recordou depois “a querida população angolana (...) que tem de enfrentar uma dramática crise humanitária por falta de alimentos e de cuidados médicos elementares”, pedindo a Deus que ilumine “todos os que têm possibilidade de contribuir para a superação desta tragédia”.
Fonte Ecclesia
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