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ADVOGADOS QUEREM SACERDÓCIO FEMININO
2002-06-08 11:01:29

A Ordem dos Advogados defendeu ontem que o sacerdócio feminino na Igreja católica contribuiria para dignificar o papel da mulher na sociedade e, com isso, reduzir a violência doméstica.


A Comissão dos Direitos Humanos (CDH) da Ordem, que ontem apresentou um relatório sobre violência doméstica, prisões e imigrantes, defendeu que a Igreja deve empenhar-se em combater o aumento de agressões às mulheres, crianças e idosos.

"A Igreja católica ainda lê textos aos seus fiéis [do apóstolo São Paulo] que referem a obediência da mulher ao marido, o que não dignifica a condição feminina", defendeu o presidente da CDH, António Marinho e Pinto.

O relatório elaborado pela CDH conclui que a violência doméstica "tem aumentado nos últimos anos" no seio das famílias portuguesas e que a abordagem pela via piedosa da caridade religiosa, embora com mérito, não é suficiente.

"Pelo peso que a Igreja tem entre os portugueses, é fundamental que ganhe coragem para contribuir para uma mudança interna e dos seus fiéis. O facto de não haver acesso das mulheres ao sacerdócio não dignifica o papel das mulheres na sociedade", afirmou Marinho e Pinto.

A CDH realça que o problema da violência doméstica tem profundas raízes na cultura do povo português, que ao longo dos tempos subalternizou a mulher ao ponto de a considerar propriedade do homem.

"As soluções da lei não contribuem para resolver o problema. Somos contra o facto de certas formas de violência doméstica e familiar serem crime público", lê-se no documento.

"É necessário que as vítimas possam desistir do processo quando quiserem, desde que não o façam sob coacção, e que a iniciativa de abertura do processo pertença à vítima", acrescenta o relatório.


Fonte CM

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