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Pároco sugere feriado em honra a S. Gonçalo
2002-06-04 14:16:50 O pároco de Amarante quer que o concelho ofereça o feriado municipal a S. Gonçalo. O santo padroeiro de Amarante foi, anteontem, evocado por milhares de fiéis devotos nas festas de Junho, mas manda o calendário litúrgico que o dia de S. Gonçalo, seja celebrado,oficialmente, a 10 de Janeiro.
O padre Amaro Gonçalo deu, recentemente, conhecimento da sua pretensão aos órgãos autárquicos do concelho. Mas a ideia não é nova: há oito anos, em 1994, foi assumida por Francisco Assis, então presidente de Câmara Municipal de Amarante, que enviou uma carta a
Celso Freitas, presidente da Assembleia Municipal. Porém, continua sem resposta.
Um dia só dele
O feriado municipal é comemorado no dia 8 de Julho e assinala a elevação de Amarante à categoria de cidade.
O padre Amaro Gonçalo tem outra opinião e defende que o feriado, por coincidir com o Verão, passa ao lado da vida das pessoas e a figura de S. Gonçalo perde a projecção que tem no município. "Merecia outro respeito, um dia só para ele", explica.
Na carta dirigida a Celso Freitas, sob o título, "O santo é nosso, o feriado é vosso", a que o JN teve acesso, pode ler-se que só compreende que a Assembleia Municipal não considere" tal proposta se quiser fazer justiça ao provérbio que diz: santos da casa não
fazem milagres".
Endossando responsabilidades para o poder autárquico, o padre conclui que já viu demais e que não precisa "de estar à espera de um milagre, para acreditar que "o Santo é nosso e o feriado é vosso". Apesar da insistência, não é conhecida qualquer posição da classe política.
O JN tentou obter um comentário, nomeadamente de Celso Freitas, mas o autarca esteve incontactável.
Assim, o santo padroeiro irá continuar a ser festejado, apenas pela Igreja, a 10 de Janeiro e nas ruas pela população nas festas do concelho, que acontecem todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Junho. Daí a designação Festas de Junho.
As festividades voltam a repetir-se domingo, onde, na romaria, milhares de fiéis prestarão tributo ao «santo casamenteiro».
Fonte JN
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