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Guterres em Congresso dos Bispos Europeus
2002-05-13 15:26:34

O ex-primeiro-ministro português António Guterres, o actual chefe do Governo espanhol, José María Aznar, e o ex-Presidente do Chile Patricio Aylwin Azócar participam esta manhã num congresso promovido pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (Comece) e pelo Conselho Episcopal da América Latina (Celam).

Dedicado ao tema da cooperação entre a Europa e a América Latina, o congresso ouvirá Guterres a fazer a primeira intervenção de fundo, dedicada ao tema "Relações entre a América Latina e a União Europeia (UE) - Uma parceria para um melhor governo mundial".

Com esta iniciativa, a Comece e o Celam, que congrega todos os bispos do sub-continente, pretendem debater como é que a Igreja pode "contribuir para a parceria social e cultural" entre os dois continentes, como diz John Coughlan, porta-voz da Comece. Mas a este objectivo genérico terá uma tradução prática: no final, deverá ser aprovada uma mensagem que será enviada aos líderes políticos que, nos dias 17 e 18 (sexta e sábado próximos), se reunirão em Madrid para a cimeira de chefes de Estado da UE, América Latina e Caraíbas, um momento alto da presidência espanhola da UE.

O convite a António Guterres deve-se ao papel que, a nível europeu, o ex-primeiro-ministro português teve na obtenção do Acordo de Lisboa, que consagra um conjunto de reformas sociais no quadro da UE, conforme explica Coughlan. Também a realização da primeira cimeira entre a União Europeia e a África, durante a presidência portuguesa da UE, e a ideia de uma cimeira semelhante com a América Latina, que só não se fez por uma questão de calendário, contaram nas razões deste convite.

No congresso, que decorre no Escorial e tem a colaboração da Conferência Episcopal Espanhola, participam, entre um total de cerca de 160 pessoas, vários destacados bispos latino-americanos, entre os quais o cardeal Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), além de vários especialistas em matérias como a economia política, o desenvolvimento, a cultura, os direitos humanos e a integração regional. Entre os conferencistas, não há nenhum brasileiro - o Brasil é o maior país católico do mundo -, uma situação que John Coughlan explica com a responsabilidade do Celam na escolha dos intervenientes latino-americanos.

Fonte Público

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