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Perdão é pessoal, confissão também o deve ser
2002-05-08 09:28:19

A confissão individual e íntegra e a absolvição são “o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja”. A Carta Apostólica, sob forma de “Motu Proprio”, “Misericordia Dei”, apresentada dia 2 de Maio no Vaticano, frisa que o perdão de Deus a cada homem é uma questão pessoal. “Deus não nos trata como partes de um colectivo”, afirmou o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, na apresnetação da Carta Apostólica.

“Ele conhece cada um pelo nome, chama-o pessoalmente e salva-o, se caiu em pecado”, sublinhou o Cardeal Joseph Ratzinger.
“O dever da confissão é instituído pelo próprio Senhor – recordou o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé – e constitui sacramento, não deixado à disposição da Igreja”, pelo que “a Igreja não tem o poder de substituir a confissão pessoal pela absolvição geral”.
A Carta Apostólica prevê que apenas “a impossibilidade física ou moral”, permite “obter-se a reconciliação por outros meios”, que não a confissão pessoal. Assim, a absolvição geral “reveste-se de carácter excepcional”, sublinha o Papa, sendo que são excepções à confissão pessoal “a iminência de perigo de morte”, “a grave necessidade, isto é, quando, dado o número de penitentes, não houver sacerdotes suficientes para, dentro de prazo razoável, ouvirem devidamente as confissões de cada um”. No entanto, o Papa frisa que este último caso refere-se a “territórios de missão ou em comunidades de fiéis isolados, onde o sacerdote só pode passar uma ou poucas vezes ao ano” e não a uma “mera grande afluência de penitentes”.
João Paulo II apela ainda aos sacerdotes para que se mostrem sempre “plenamente dispostos a administrá-lo (ao sacramento da reconciliação) todas as vezes que os fiéis o peçam razoavelmente”, uma vez que “a falta de disponibilidade para acolher as ovelhas feridas (...) e reconduzi-las ao aprisco seria um doloroso sinal de carência de sentido pastoral”.
A Carta salienta ainda, nas disposições para os penitentes, que uma vez recebida uma absolvição geral, estes devem, se possível e o mais cedo possível, recorrer à confissão pessoal. A importância desta Carta Apostólica foi referida pelo Cardeal Joseph Ratzinger ao explicar que a absolvição geral “era considerada cada vez mais uma forma normal do sacramento, o que contribuiu para a progressivo desaparecimento em algumas partes da Igreja”, da confissão pessoal.

Fonte Ecclesia

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