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"Um Crime e Um Terrível Pecado"
2002-04-24 15:37:34

Alguns excertos do discurso do Papa:

1. (...) Eu também estou profundamente consternado com o facto de padres e religiosos, cuja vocação é ajudar as pessoas a viver vidas santificadas aos olhos de Deus, tenham eles próprios causado tanto sofrimento e escândalo aos jovens.


Por causa dos grandes danos causados por tantos padres e religiosos, a Igreja é ela mesma olhada com desconfiança e muitos estão ofendidos com o modo como os seus responsáveis actuaram neste assunto. O abuso que causou esta crise é, sob todos os pontos de vista, errado e justamente considerado pela sociedade como um crime; é também um terrível pecado aos olhos de Deus. Às vítimas e às suas famílias, onde quer que estejam, expresso o meu profundo sentido de solidariedade e preocupação. (...)

3. O abuso de um menor é um grave sintoma de uma crise que afecta não só a Igreja, mas a sociedade no seu conjunto. É uma profunda crise da moral sexual, mesmo das relações humanas, e as suas primeiras vítimas são as famílias e os jovens. Ao enfrentar o problema dos abusos com clareza e determinação, a Igreja ajudará a sociedade a compreender e tratar a crise que existe no seu seio.

Deve ser absolutamente claro para os fiéis católicos, e para a restante comunidade, que os bispos e superiores estão preocupados, mais do que ninguém, com o bem espiritual das almas. As pessoas devem saber que não há lugar, no sacerdócio e na vida religiosa, para aqueles que poderão vir a maltratar os menores. Eles têm que saber que os bispos e os padres estão completamente comprometidos com a plenitude da verdade católica em questões de moral sexual, uma verdade essencial para a renovação do sacerdócio e do episcopado, tal como o é para a renovação do casamento e da vida familiar.

4. (...) Tanta dor, tanto sofrimento devem levar-nos a um sacerdócio mais santo, um mais santo episcopado e uma Igreja mais santa. Só Deus é a fonte da santidade e é para Ele, acima de tudo, que nos devemos voltar para perdoar, para curar e, pela sua graça, ir ao encontro deste desafio com coragem intransigente e unidade de propósitos. Como o bom pastor do evangelho da Última Ceia, os pastores [bispos] devem continuar entre os seus padres e o povo como homens que inspiram uma confiança profunda e os conduzam a águas cristalinas (Salmo 22, 2). (...)

Fonte Público

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