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Muçulmanos e católicos exigem paz na Terra Santa
2002-04-21 12:23:05

É uma Terra Prometida que não encontra a paz. Árabes e judeus enfrentam-se desde há meio século num interminável conflito, que alcança agora níveis de tensão sem precedentes nos últimos 20 anos.
Israelitas respondem sem dó nem piedade à vaga de atentados palestinianos e lançam ataques contra os territórios ocupados, estreitando o cerco a Yasser Arafat.


denunciam as acções israelitas, por alegadamente ultrapassarem os limites, e exigem o fim da violência da parte dos palestinianos
Na passada Páscoa, João Paulo II alertava: "Declararam guerra à paz na Terra Santa! Nada se resolve pela guerra que somente traz sofrimento e mortes. Nem retaliações ou represálias resolvem coisa alguma".

Tragédia
"O que aconteceu e ainda está a acontecer na Terra Santa não pode deixar ninguém indiferente" - diz a declaração do Comité de Ligação Islâmico-Católico.
A declaração foi assinada, em Roma, pelo presidente do Fórum Internacional Islâmico para o Diálogo, prof. Hamid A. al-Rifaie, e pelo secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, Michael L. Fitzgerald.
"Muçulmanos, cristãos e judeus, bem como pessoas que amam a paz e homens e mulheres de boa vontade - acrescenta a declaração - são chamados a uma acção comum, tendo em vista o fim desta terrível tragédia, e a trabalhar em conjunto para o estabelecimento de uma paz justa e duradoura. Assim:
"1. Apelamos a um imediato cessar-fogo e à retirada das máquinas de guerra, para que se salvem vidas humanas, especialmente as de pessoas inocentes, em particular crianças, mulheres e idosos.
"2. Apelamos ao fim da destruição de propriedade, sejam moradias ou edifícios, à destruição de plantações e de outros meios de sobrevivência.
"3. Apelamos ao respeito pelos direitos humanos de civis numa situação de guerra; ninguém deve ser impedido de ter acesso a água, comida, tratamentos médicos e a todas as necessidades da vida. Condenamos a recusa desse acesso, usada como arma neste conflito.
"4. Apelamos ao respeito pelo carácter sagrado do locais santos, cuja integridade devia ser garantida.
"5. Estamos convencidos que a violência desperta violência. O circulo de violência tem de ser travado. Confirmamos e afirmamos que o diálogo é a única saída para o presente impasse. Pedimos, pois, negociações que conduzam a uma paz justa e duradoura entre israelitas e palestinianos, permitindo-lhes viver em liberdade, segurança e paz dentro dos seus respectivos Estados independentes.
"6. Como crentes no Único Deus, nós cristãos e muçulmanos reconhecemos que a paz é, em primeiro lugar, um dom do Todo-poderoso. Pedimos oração constante pela paz e apoiamos todas as iniciativas nesta linha, bem como outras iniciativas do seio da região ou de outros locais a favor de uma solução pacífica para o conflito".

Oração
A pedido de João Paulo II, todo o mundo católico tem feito jornadas de oração pela paz na Terra Santa.
O Papa pediu para que os católicos implorem por "uma especial intervenção no coração de quantos têm o poder e a responsabilidade de dar os passos necessários, ainda que custosos", para que se encontre um acordo de paz que seja "justo e dignificante para todos".
O que se passa na Palestina - lembra João Paulo II -, é "uma situação dramática" e, por isso, "uma hora grave para toda a Humanidade".


Fonte JN

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