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BISPOS REZAM PELA PAZ NA PALESTINA
2002-04-14 12:38:43

Uma missa pela paz na Palestina foi celebrada ontem de manhã, por todos os bispos portugueses e mais de duas dezenas de padres, na Capelinha das Aparições, em Fátima, em resposta a um apelo do Papa João Paulo II.

Foi a primeira vez que os bispos em conjunto tornaram pública a sua mágoa pelos dramáticos acontecimentos na Palestina, um exemplo de "como não basta ter alguma razão para agredir o semelhante", porque todos têm "alguma razão" e "graves responsabilidades", como destacou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo. Em união com "todos os povos que sofrem pela guerra", o presidente da CEP lembrou que na Palestina se cruzam diferentes religiões, raças e povos e são estes que "mais sofrem". Sem querer fazer "análise da guerra", por não ser "o momento", o presidente da CEP disse que "não há paz enquanto não houver um rebate interior no coração, enquanto uma luz interior não surgir". "Só a luz pode vencer as trevas" e "só há paz onde triunfar o amor", foram as frases repetidas por D. José Policarpo, que se referiu ainda às dificuldades da construção da paz. "A paz, como a justiça, são conquistas duma luta, duma determinação, não se pode estar à espera que seja feita pelos outros", referiu. D. José Policarpo referiu-se ainda aos "mártires da paz", afirmando que "o seu testemunho é uma voz que se levanta no meio da violência".

Vocações

Após a cerimónia e no encerramento dos trabalhos da Conferência Episcopal Portuguesa, que esteve reunida esta semana em Fátima, D. José Policarpo revelou que os candidatos ao sacerdócio aumentaram nos últimos dez anos, mas o número de ordenações é inferior aos que vão desaparecendo. De acordo com os dados estatísticos sobre as vocações sacerdotais nos últimos dez anos, que foram analisados na assembleia plenária da CEP, houve um "acréscimo" de candidatos e também de ordenações, o que D. José Policarpo considerou "positivo". O presidente da CEP disse que "o sentido global é de um ligeiro crescimento", o que "aconselha" a insistir numa nova pastoral das vocações "mais adaptada à fisionomia espiritual das comunidades cristãs e ao comportamento da juventude". Apesar do crescimento, mantém-se a crise de vocações, na medida em que "a Igreja está longe de ter resolvido esse problema", porque "os sacerdotes que se estão a ordenar não cobrem sequer as baixas daqueles que vão falecendo", explicou o cardeal patriarca de Lisboa. Para D. José Policarpo, o aumento estatístico significa que "não há razão para posições derrotistas" e mostra que "uma pastoral profunda de educação na fé faz com que alguns jovens continuem a escolher vocações de radicalidade", o que é "muito positivo". "Estava-se a criar um certo desânimo, como se fosse um anacronismo falar numa vocação religiosa e isso está desmentido pela evolução das coisas e merece a pena continuar a acreditar que o espírito de Deus continua a chamar os jovens para coisas bonitas e radicais", salientou o presidente da CEP.

Fonte CM

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