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Bispos Têm Que "Substituir" Ministro 2002-04-08 19:30:56 A assembleia da Conferência Episcopal Portuguesa que amanhã começa em Fátima terá que escolher um novo presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).
O actual, António Bagão Félix, tinha-se disponibilizado há um mês para um terceiro mandato mas agora, depois de tomar posse como ministro da Solidariedade e de já se ter declarado "triste" por ter de abandonar aquele organismo, os bispos têm mesmo que o substituir.
Entre os nomes que correm nos bastidores, estão os de Francisco Sarsfield Cabral, jornalista, ex-director do PÚBLICO, a economista Manuela Silva, Alfredo Bruto da Costa (ambos autores dos estudos pioneiros sobre a pobreza em Portugal) e Acácio Catarino, ex-presidente da Cáritas Portuguesa e actual assessor da Casa Civil da Presidência da República.
Mais do que os nomes, no entanto, há quem chame a atenção para a necessidade de dar à CNJP mais eficácia na intervenção pública e política. Durante os seis anos dos dois mandatos de Bagão Félix, a comissão tornou-se mais mediática, publicou 62 notas e quatro livros, organizou 18 conferências e colóquios e criou uma página na internet.
O elevado número de membros continua, no entanto, a ser apontado por algumas pessoas como um óbice a uma acção mais eficaz e interventiva. Um responsável católico que pede para não ser identificado diz que a comissão deveria, entre outras coisas, dar expressão pública às instituições da Igreja que trabalham na área social.
Elaborar um diagnóstico anual da situação social e política do país, onde se apresentassem, também, propostas de solução, deveria ser outra opção, diz a mesma fonte, retomando uma prática que a Comissão já teve, há uma década. Nessa altura, sob a responsabilidade de Manuela Silva, que integrava a CNJP, foram publicados textos sobre questões relacionadas com o desenvolvimento económico do país.
Também o actual assistente eclesiástico da CNJP, padre Jardim Gonçalves, chefe do gabinete do patriarca, terá que ser substituído. O assistente anunciou, no último plenário da comissão, que não pretendia ser reconduzido, o que obriga os bispos a escolher um novo nome para este lugar.
Fonte Público
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