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Toda a vocação cristã é um caminho de amor
2002-03-25 15:47:25

"Amor e vocação" foi o tema ontem abordado por D. José Policarpo, na sé de Lisboa, no âmbito da Catequese do Domingo de Ramos.

"Falar dos caminhos cristãos do amor é, necessariamente, falar de vocação", ou seja, a "convergência entre a natureza e a graça", entre "as capacidades naturais de amar e o chamamento de Deus a um amor maior, cuja possibilidade não depende, apenas, da nossa natureza, mas do dom do Espírito Santo, que nos é dado a partir da nossa relação com Cristo, desde o baptismo", começou por referir o cardeal-patriarca de Lisboa.

"Deus atrai-nos, revela-se-nos e mostra-nos o Seu desígnio, de Quem nos criou para atingirmos a perfeição do amor, na caridade, e a plenitude da comunhão com Ele e com os irmãos", adiantou, para logo frisar: "Porque nos atrai, nos interpela e nos chama, os caminhos do amor são uma vocação e toda a vocação cristã é um caminho de amor. Foi por isso que escolhi este tema da vocação como ponto de chegada da nossa caminhada quaresmal".

"A vocação cristã é participação na vocação de Jesus Cristo, que encarna na Sua vida as exigências do amor de Deus Pai pelos homens, e que sacrifica a Sua vida à realização desse desígnio de amor", lembrou D.José Policarpo. "E continua a ser assim: aceitar uma vocação é dar prioridade absoluta, na nossa vida, à realização do desígnio de Deus e isso só nos é possível participando da fidelidade de Jesus Cristo".

Em seu entender, "seguir uma vocação é deixar-se atrair por Jesus Cristo, não um Cristo imaginado por nós, mas o Cristo realisticamente concreto da Páscoa. Segundo as suas próprias palavras é segui-Lo como discípulo, começando por abraçar, com amor, a própria Cruz", sendo "a atracção da Cruz a paixão por esse rosto novo da humanidade, o convite a deixar morrer em nós o "homem velho" e construir a nossa vida com a novidade pascal da confiança e da fidelidade".

Após enumerar e explicitar os desafios da santidade cristã, o cardeal-patriarca referiu-se aos "caminhos em que os cristãos procuram realizar esta universal vocação à santidade", tendo sublinhado o "matrimónio como caminho de santidade" - "esse é o chamamento da natureza, comum a todos os homens e mulheres" - e "o sentido em que o matrimónio pode ser uma vocação cristã".

Fonte DN

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