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Autarcas e Santuário Contra Exposição de Artigos na Rua
2000-11-09 22:17:33

Em Fátima, a exposição pública nos passeios de artigos religiosos e de outros géneros por parte de muitos comerciantes com lojas no centro da cidade está a preocupar autarcas locais, responsáveis turísticos e a própria reitoria do santuário.

Há dois anos atrás, a proliferação de artigos fora de portas levou à intervenção de autarcas e autoridades, que conseguiram impor aos comerciantes recolha dos produtos expostos. Mas nos últimos meses terços, imagens religiosas, azulejos com dísticos e muitos outros artigos voltaram para a rua, provocando reacções entre os responsáveis locais.

A primeira queixa pública sobre a situação partiu da reitoria do Santuário de Fátima, que lamenta "a desordem provocada pelos artigos, religiosos e outros, que voltam a ocupar as ruas da Cova da Iria". A instituição religiosa elogia os comerciantes que, "ao acatar a decisão autárquica, honraram e engrandeceram o bom nome de Fátima, merecendo o aplauso das instituições públicas e privadas locais e também dos milhares de peregrinos que visitaram a cidade". Mas reconhece que agora a desordem está de novo instalada e apela para o regresso do bom senso.

O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Júlio Silva, diz que foi no interior do edifício João Paulo II, com condomínio privado, que a regra de manter os artigos dentro das lojas começou a ser desrespeitada. Segundo Júlio Silva, a actuação da Câmara Municipal de Ourém não foi nessa altura suficientemente "enérgica e eficaz" e a lógica da concorrência levou muitos outros comerciantes a trazer os seus artigos para a rua.

"Em 1998 o presidente da junta, a PSP e a câmara intervieram no problema, tendo havido mesmo apreensão de artigos e um processo de contra-ordenação. Depois houve uma trégua, os comerciantes comprometeram-se a tirar os artigos da rua, mas agora parece que alguns se esqueceram do compromisso e o estão a desrespeitar", observa o presidente da autarquia, David Catarino. O autarca adianta que a fiscalização municipal vai começar por avisar os lojistas. Depois irá "actuar a sério, porque o problema é também uma questão de criar um melhor ambiente urbano".

Quanto ao interior do edifício João Paulo II, David Catarino frisa que se trata de um espaço privado onde a câmara não pode intervir. O autarca reconhece que "é compreensível" que os outros comerciantes tenham imitado os daquele espaço comercial, mas apela ao bom senso e à valorização da Fátima como espaço de recolhimento.

Fonte Público

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