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PARÓQUIA CRIA HOSPITAL NO CAMPO GRANDE
2000-11-09 22:01:13

A paróquia do Campo Grande está a negociar com o Ministério da Saúde a construção de um hospital de cuidados continuados, que preste assistência, essencialmente, a pessoas idosas.

"O conselho paroquial decidiu avançar com a construção de uma unidade de saúde deste tipo e para levarmos a efeito esse objectivo estamos em conversações com o Governo", confirmou ao Correio da Manhã Vítor Feytor Pinto, padre daquela paróquia de Lisboa. O pároco adiantou que em estudo está a hipótese de aproveitar um dos pavilhões devolutos do Hospital Júlio de Matos que, a ser cedido pelo Ministério, seria transformado em hospital de retaguarda. Segundo Vítor Feytor Pinto a paróquia organizou-se de forma a poder arcar com todas as despesas, que podem ascender a mais de 100 mil contos. "Temos um corpo de pessoas que se responsabiliza pela construção do hospital", esclareceu referindo-se a engenheiros, construtores civis e restantes profissionais necessários à execução do projecto. Ao Ministério da Saúde Feytor Pinto só pede instalações e pessoal especializado, ou seja, médicos e enfermeiros. Todo o restante pessoal necessário será também "fornecido" pela paróquia que recorrerá aos voluntários que ali prestam os serviços mais variados. "Só na área da acção social temos 220 voluntários", explicou. Todavia, caso o pavilhão não seja cedido, a comunidade encetará conversações com outras entidades, nomeadamente a junta de freguesia e a câmara municipal, com vista à cedência de um local onde implantar de raiz aquela unidade de saúde. A ideia de construir um hospital de cuidados continuados surgiu através do trabalho desenvolvido pelo observatório da paróquia; um grupo de trabalho que detectou a existência na freguesia de muitos idosos a viverem isolados e em condições difíceis, a não disporem de ajuda familiar nem de apoio especializado que os ajude em alguns cuidados de saúde. Refira-se que "a construção do hospital surge no seguimento de uma outra iniciativa da paróquia do Campo Grande, que respeita ao realojamento do Bairro das Murtas, situado junto ao Hospital Júlio de Matos, cujos habitantes têm sido acompanhados e apoiados", lembrou Vítor Feytor Pinto. Os residentes nas barracas daquele aglomerado serão realojados durante o mês de Dezembro, pela Câmara Municipal de Lisboa, confirmou o CM junto do pelouro da Habitação. O processo de realojamento será concretizado antes do Natal, altura em que os 122 fogos dos três edifícios em construção serão ocupados pelos residentes nas barracas, que serão demolidas de seguida. Trata-se de um realojamento local.

Fonte CM

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