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IGREJA APELA À PREGAÇÃO DO AMOR
2002-02-14 09:24:46

"Numa sociedade inebriada de vaidades", o Cardeal Patriarca de Lisboa que ontem presidiu, na Sé de Lisboa, à Cerimónia de Cinzas propôs como tema para "a caminhada quaresmal deste ano a "evangelização do amor".

A quarta-feira de cinzas significa o início da Quaresma, um período que para todos os cristãos serve de preparação para o grande advento da Páscoa, celebração máxima entre os cristãos. "Escutar a Palavra de Deus e recorrer a todos os meios da graça para purificar as expressões do nosso amor humano, tantas vezes ainda manchado pelos nossos pecados e abrirmo-nos ao dom do Espírito, que derrama o amor de Deus nos nosso corações", foram as palavras proferidas pelo Cardeal Patriarca na sua homilia para explicar a "evangelização do amor" proposta. D. José Policarpo recordou que este "é o apelo que Deus nos faz através do Profeta Joel : "Voltai para mim de todo o coração, com jejuns, lágrimas e lamentações. Rasgai o vosso coração e não as vossa vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus". O Cardeal Patriarca perante os fiéis considerou existir nas palavras do profeta "uma urgência e ela é a própria urgência de Deus". "Na Páscoa celebramos o momento em que um homem, Jesus Cristo, acolheu totalmente essa voragem de amor de Deus Seu Pai. E no coração verdadeiramente novo de Jesus Cristo está a esperança de uma total e profunda resposta dos homens ao amor de Deus", precisou. "Segundo a mensagem do Profeta, este voltar o coração para Deus é feito com "jejuns, lágrimas e lamentações", reforçou o Bispo de Lisboa. "A penitência do cristão tem uma dupla dimensão: unir-se ao sofrimento de Cristo, que dá ao meu sofrimento a capacidade de me redimir; mas também participar na fecundidade do seu sofrimento inocente, que merece aos pecadores a graça de encetarem o caminho da redenção", explicou.

A penitência "purifica tudo o que são critérios mundanos: o parecer bem, o dar nas vistas, o gostar de ser considerado ou elogiado", defendeu o Cardeal Patriarca. "Numa sociedade inebriada de vaidades, retalhada por dissenções, magoada por egoísmos e violências, esta humildade silenciosa pode ser portadora de uma fecundidade salvífica", acrescentou. No final da cerimónia D. José Policarpo lançou o desafio para que "durante a Quaresma sejamos esse povo humilde e penitente, que merece para a nossa sociedade a graça da conversão". Recordando o Cardeal Patriarca que "a penitência coloca-nos despojados perante Deus". Terminada a homilia, teve início o momento de impor cinzas nas cabeças dos crentes. Acrescentando D. José Policarpo que as "cinzas que vamos impor sobre as nossas cabeças é em sinal de penitência".

Fonte CM

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