paroquias.org
 

Notícias






Padres Casados Aguardam por Mudança da Igreja Católica
2002-02-13 23:14:34

Os padres casados, sacerdotes dispensados do ministério, reclamaram em Fátima autorização da Igreja Católica para retomarem as suas actividades pastorais.

Reunidos, no sábado, em Fátima para discutir a possibilidade de alargar as actividades pastorais no seio da Igreja Católica, cerca de uma centenas de padres casados disseram pretender que se efectuem alterações no direito canónico, que consagre a actividade destes religiosos.
Filipe Marques Figueiredo, sacerdote-assistente destes encontros, salientou, em declarações à agência Lusa, que estes padres podem "fazer tudo menos celebrar e administrar os sacramentos". Contudo, mesmo estas actividades podem ser desempenhadas "em caso de absoluta necessidade", destacou este sacerdote que acompanha, há mais de uma década, as actividades do movimento português "Fraternitas", que reúne cerca de uma centena de padres casados.
"De um momento para o outro" a Igreja "pode mudar", afirmou Filipe Marques Figueiredo, considerando que a hierarquia eclesiástica deve aceitar de novo no seu seio os padres casados que pretendam voltar a celebrar.
"Há muitos que estão disponíveis", afirmou, acrescentando que estes sacerdotes não estão ostracizados pelo restante clero, já que "fora" dispensados de comum acordo da Igreja e contraíram um matrimónio religioso".
Em Fátima, iniciou-se no sábado o nono encontro nacional da associação Fraternitas, desta vez dedicado ao tema "Fé e profecia, aqui e agora", orientada pelo teólogo Manuel Morujão. "Penso que está tudo muito mais aberto", notou Filipe Figueiredo, revelando ainda que Portugal foi o "primeiro Episcopado do mundo a aprovar uma associação deste tipo".
Esta posição é subscrita pelo presidente da Associação Portuguesa de Padres Casados, considerando que a formação destes sacerdotes "não está a ser devidamente aproveitada" pela igreja católica na acção pastoral. Para João Simão, os padres católicos são cristãos com formação superior e têm disponibilidades, em muitos casos, para a acção pastoral".

Fonte Público

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia