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Bispo e Líderes Timorenses recebem Honoris Causa
2000-10-30 12:56:55

As três figuras mais ilustres de Timor-Leste, Xanana Gusmão, o bispo salesiano dom Ximenes Belo e Ramos-Horta, são doutoradas "Honoris Causa" na terça-feira pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, um dia depois de encontros com o primeiro-ministro e Presidente da República. Xanana Gusmão chega hoje a Lisboa, após a visita oficial a Cabo Verde.

A vinda de Ramos-Horta e de D. Ximenes Belo está marcada apenas para a próxima segunda-feira, quando na Assembléia da República será lançado o livro "Os 25 anos da questão de Timor-Leste no Parlamento Português". Porém é o doutoramento o principal motivo da visita dos três dirigentes, dois políticos e o bispo. Xanana Gusmão terá como padrinho o primeiro-ministro, António Guterres, D. Ximenes Belo o patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e José Ramos-Horta o presidente do PSD, Durão Barroso. O presidente do Conselho Nacional da Resistência Timorense/Congresso Nacional chega na manhã de sábado a Lisboa e tem durante a tarde um encontro com a comunidade timorense, reservando para domingo uma ida à cidade de Torres Novas, onde participa numa sessão solene organizada pelo município e na inauguração da "Avenida Xanana Gusmão". Segunda-feira, já com a presença de José Ramos-Horta, e depois de uma audiência com o ministro das Relações Exteriores, Xanana Gusmão participa na cerimônia de lançamento do livro que o Parlamento elaborou sobre Timor-Leste, na verdade dois volumes de um total de quatro sobre todo o trabalho feito pela Assembléia da República ao longo dos 25 anos da ocupação do território pela Indonésia. Os livros são da responsabilidade da 8ª Comissão Eventual de Acompanhamento da Situação em Timor-Leste. O final da tarde de segunda-feira, quando deverá já estar em Portugal também o bispo de Díli, ficou reservado para uma audiência com o primeiro-ministro. À noite os três e respectivos padrinhos jantam no Palácio de Belém com o Presidente da República. Xanana Gusmão deixa Portugal na quarta-feira de manhã, rumo à Coreia do Sul, numa visita não oficial de menos de 48 horas, durante a qual receberá o prémio Kwangju, que lhe foi atribuído no ano passado. Ramos-Horta parte um dia antes para Washington, para fazer uma intervenção na Universidade de Harvard. A visita dos dirigentes timorenses, agora longe da euforia que rodeou as vindas a Portugal do ano passado, quando os acontecimentos de Setembro ainda estavam "quentes", surge poucos dias depois de Portugal ter divulgado a ajuda que vai prestar ao território no próximo ano, já conhecida mas só agora oficializada: 15 milhões de contos. Uma verba com a qual representantes do CNRT/CN concordam, considerando que Portugal tem feito o que pode por Timor-Leste e que vai continuar a fazer.





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