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Portugal unido entre religiões
2002-01-25 13:43:46

Portugal não quis faltar ao "espírito de Assis". Respondendo ao apelo do Papa, milhares de portugueses rezaram pela paz um pouco por todas as dioceses do país, incluindo as ilhas.

E se uns optaram por vigílias de oração, outros preferiram peregrinações até igrejas matriz ou santuários. Mas o ponto alto foi seguramente a celebração ecuménica que encheu a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa.
Sob "o espírito de Assis", o cardeal patriarca D. José Policarpo presidiu à oração, associando-se depois ao encontro inter-religioso que decorreu no salão paroquial da igreja.
A celebração contou com as presenças dos representantes das confissões cristãs Idalina Citanela, pastora da Igreja Presbiteriana, Eudoro Vieira, pastor da Igreja Lusitana, Alexandre Bonito, padre da Igreja Ortodoxa, e o bispo Sifredo Teixeira, da Igreja Metodista.
Num sinal de "comunhão alargada à volta do Santo Padre", o cardeal patriarca de Lisboa não quis deixar de sublinhar o que já havia sido afirmado em Assis. Que "Deus não pode ser invocado em vão ou em nome de qualquer violência".

Dom de Deus
Para o representante máximo da Igreja Católica portuguesa, "a humanidade está cada vez mais bipolarizada sob o aspecto religioso". Por isso, os cristãos devem mostrar que estão unidos, e, "sendo a paz um dom de Deus, todos os que acreditam em Deus devem estar ao serviço da paz".
Sem referir directamente os acontecimentos de 11 de Setembro, D. José Policarpo lembrou como "o Mundo está violento" e "só pela oração" poderá ser invocada a paz para o Mundo inteiro".
Mais a Norte, a basílica do Santuário de Fátima também foi pequena para acolher as cerca de 600 pessoas de várias religiões que ali acorreram para rezar pela paz.
Para além da missa, os peregrinos foram convidados a participar, ontem à noite, também na Basílica, na recitação do terço e adoração do Santíssimo.

Rezar pelas crianças
A cerimónia repetiu de certa forma a que anteontem à noite se celebrou na Sé Catedral de Leiria, onde centenas de fiéis, alguns de lágrimas nos olhos, pediram pela paz "e pelas crianças que morrem devido às guerras".
Com bandeiras brancas e archotes na mão, deslocaram-se a pé até ao Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, rezando o terço, dando sentido às palavras do bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva. "O sentido da espiritualidade é cada vez mais necessário" e "uma das chaves da paz é o perdão".

Fonte JN

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