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Que papel têm os religiosos na Pastoral da Igreja?
2002-01-22 21:37:03

Os religiosos são detentores de um carisma próprio. Não têm barreiras, nem devem ter limitações uma vez que a sua função é servir a Igreja.

A sua missão é de âmbito universal - não têm as limitações nem os condicionamentos do clero secular em que o seu espaço de acção é mais de âmbito paroquial e diocesano.
Os Religiosos têm uma missão mais universal, mais missionária, mais rica no termo de relação à missão de Cristo universal.
Segundo o carisma de cada Ordem, Congregação e Instituto Religioso, uns mais vocacionados para a educação, para a saúde, para a cultura, para as comunicações... porém, nunca perdendo de vista as vertentes: religiosa e humana, e o objectivo de informar o mundo, um espírito humanista - numa dimensão religiosa com horizontes de abertura à dimensão universal, em perspectiva ecuménica, para unir esforços em opções e projectos comuns. Da multiplicidade à unidade...
Cabe aos Religiosos um testemunho de interesse no âmbito do ecumenismo que se pode partilhar o que há em comum e de bom com outras dimensões religiosas. Umas mais próximas outras mais distantes; umas mais abertas, outras mais reservadas. Os Religiosos poderão ser um meio eficaz de informação para um testemunho vivo contra o radicalismo.
Os Religiosos têm uma função concreta em fazer entender aos cristãos o valor da oração - sem os querer transformar em Frades ou Freiras, nem os pôr a ler o Breviário - mas uma oração comum a todo o povo de Deus. Respeitar as marcas específicas do Leigo e o que é específico do Religioso.
A intervenção dos Religiosos e da própria Igreja numa formação e sensibilização, para uma possível acção interventiva dos Leigos na tridimensão: humana, política e económica, torna-se imperativa.
A evangelização neste âmbito não tem sido muito cuidada, é necessário que os Religiosos abram caminho para uma vivência da fé - concretizando-a no campo político-social e económico. O ser-se cristão - é a primeira atitude do Religioso - implica compromisso com as realidades temporais. Tem que ser uma expressão de fé - na gratuidade - senão, nós os Religiosos corremos o risco de viver uma fé descarnada de conteúdo.
Os Religiosos hoje - séc. XXI - têm uma tarefa muito importante e exigente no campo da solidariedade, numa abertura ao problema da imigração - situações concretas que têm um nome e um rosto - Povos do Leste e das ex-colónias portuguesas. Assim como tornar-se presença junto das vítimas da droga e da sida.
Segundo muitos autores o séc. XXI, já é considerado o século da Mulher. Sendo o maior índice das Congregações existentes - femininas; como mulheres e religiosas que resposta estaremos nós a dar à sociedade e à Igreja? Que resposta pontual daremos nós a este desafio? Que planos elaboraram as nossas Congregações perante esta inquietação gritante? Hoje, mais do que nunca, os Religiosos têm que ter a audácia de saber ler os sinais dos tempos para melhor agirem como agentes de intervenção social e religiosa.
Jamais os Religiosos poderão permanecer numa atitude de “oferta” - excepto os Religiosos de Vida Contemplativa - em tempos passados eram os conventos que acolhiam, hoje tem que ser a Comunidade que precisa deixar os Conventos e pôr pé no caminho e partir ao encontro da humanidade, numa atitude de oferta de si próprios na gratuidade.

Irmã Bernardete Gaspar
Dominicana

Fonte Ecclesia

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