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Natal ortodoxo comemorado na sé catedral de Aveiro 2002-01-07 13:04:27 A Paróquia da Glória, em Aveiro, assinalou ontem o Natal da Igreja Ortodoxa com um serviço religioso dobrado em russo, a que assistiram mais de 500 imigrantes de países do Leste europeu.
A celebração, designada "Teofania (revelação, aparecimento) de Nosso Senhor Jesus Cristo" e realizada na Sé Catedral, durou pouco mais de uma hora. "Foi idêntica a uma missa católica, mas sem as partes da consagração e da comunhão", explicou à Lusa o padre João Gonçalves.
Celebrar o Natal do povo ortodoxo, que se comemora neste dia, e aproximar as comunidades foram os objectivos da iniciativa, que surgiu de uma ideia do Conselho Pastoral da Paróquia da Glória, e que foi dinamizada em colaboração com meia dúzia de imigrantes de Leste.
Segundo o padre João Gonçalves, actualmente existe na zona de Aveiro uma grande comunidade de imigrantes oriundos de Leste e "alguns participam habitualmente nas missas católicas".
Durante a homilia desta celebração bilingue, o sacerdote falou no sentido da comunhão à volta de Jesus Cristo e das preocupações resultantes da guerra.
Leu ainda um excerto da mensagem de Natal de Paulo VII, bispo ortodoxo de Alexandria, e uma mensagem para a paz do papa João Paulo II.
Os participantes na celebração rezaram o Pai Nosso, primeiro na língua portuguesa, e depois em russo.
A escolha deste idioma é justificada pelo padre João Gonçalves por ser o dominante entre os imigrantes de Leste radicados na região de Aveiro.
A leitura dos textos do Evangelho também foi feita nas duas línguas.
Na opinião do padre João Gonçalves, esta iniciativa "vai marcar algum ritmo de maior disponibilidade dos serviços que a Igreja Católica possa prestar a esta comunidade".
Recentemente, o bispo de Aveiro, D. António Marcelino, admitiu a hipótese de contratar padres do Leste europeu, mas, como a maioria tem família constituída, o prelado receou que não pudessem assegurar, em Portugal, os necessários meios de sobrevivência. A iniciativa da Paróquia da Glória surge, assim, como a alternativa possível à vontade do bispo católico.
Fonte DN
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