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Igreja Católica Portuguesa para 2002
2002-01-03 20:49:15

No início de um novo ano civil (que não corresponde ao começo de um ano pastoral), a Agência ECCLESIA quis saber quais os projectos que a Igreja Católica, nas diferentes áreas pastorais, aponta como prioritárias para o ano que se estreia.

Foi essa a questão colocada a Presidentes ou Secretários de diferentes Comissões Episcopais da Conferência Episcopal Portuguesa.
D. Serafim Ferreira e Silva, apontou 3 áreas às quais a Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, dará especial atenção: Voluntariado, Educação e Família. Segundo o Presidente desta Comissão, “depois das comemorações do Ano Internacional é preciso incentivar a um voluntariado livre e gratuito”. Por outro lado, na linha da Carta Pastoral dos Bispos Portugueses sobre Educação, a Acção Social e Caritativa “tem um papel importante nesta área, uma vez que o seu papel não se limita a dar o peixe, mas a ensinar a pescar”. Para D. Serafim, a Cáritas é disso “exemplo, constituindo uma escola permanente, aberta e plural na área da cidadania e da partilha de valores. Por fim a atenção à família, porque “ela é uma célula vital da sociedade e requer uma reanálise ou reavaliação com muita urgência”.
O Clero, Seminário, Vocações e o Diaconado Permanente, são as 4 áreas da Comissão Episcopal presidida por D. Gilberto Canavarro Reis. Para Setembro, está prevista a realização de um Simpósio subordinado ao tema: “Oração na vida e no ministério do presbítero”. Segundo D. Gilberto esta é uma temática que “faz muito sentido, quando o mundo está absorvido pelas coisas do dia a dia”. Por outro lado, “vai crescendo a consciência vocacional, no entanto, ainda se está longe de perceber que em cada baptizado há uma vocação”. O Diaconado Permanente é outra das prioridades desta Comissão Episcopal, uma vez que não tem parado de aumentar, é “é necessário consultar as várias dioceses no sentido de saber o que é pedido aos diáconos permanentes e que tipo de formação pode ser prestada aos mesmos”.
As Comemorações do 20º Aniversário da “Familiaris Consortio” de João Paulo II, será o grande momento da Comissão Episcopal da Família, em 2002. Para D. António Monteiro, Presidente da Comissão, “há a necessidade da família ser cada vez mais protagonista dela própria”. Há 20 anos atrás o papa já tinha chamado à atenção para esta necessidade, dedicando uma parte da Instrução pastoral à acção da família na sociedade e na Igreja. Passadas duas décadas, alerta D. António, “é preciso lançar as famílias para esta missão e que nós ainda não quisemos fazer”. Hoje, a família ”está demasiado clericalizada, tirando-lhe uma dimensão que é sua: a intervenção social”.
Na área cultural, a Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja, procurará dar seguimento ao projecto de imple-mentação dos Arquivos Diocesanos. Segundo o Secretário desta Comissão, o Pe. Nuno Filipe Aurélio, o que se pretende é dar sequência ao trabalho desenvolvido no ano anterior, para além da constituição da Associação de Museus Pertencentes à Igreja. Esta Associação tem por objectivo “partilhar experiências e convergir nos desejos e necessidades dos vários museus, no sentido de que estes possam ser capazes de cumprir a sua missão”.
No Apostolado dos Leigos é preciso “fortalecer os movimentos apostólicos e a sua inserção nas dioceses e paróquias”. Segundo D. Maurílio de Gouveia “é necessário que os movimentos se abram às comunidades eclesiais e estas se abram aos movimentos”. Por outro lado é necessária uma presença “mais qualificada e mais empenhada dos cristãos leigos na sociedade, de modo a ultrapassar a actual crise de civilização e valores”. A Juventude é a terceira prioridade da Comissão Episcopal do Apostolado dos Leigos. No ano em que, em Toronto, se realiza o Encontro Mundial da Juventude, “é importante promover uma sólida formação dos jovens, de modo a torná-los protagonistas dum novo empenho evangelizador”.
No respeitante à Educação Cristã, D. Manuel Pelino falou da necessidade de “defender o estatuto da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) na escola pública, que se “encontra ameaçada por algumas correntes”. Também os elementos de apoio, como livros e catecismos urgem uma revisão, estando já formadas equipas de trabalho, não se prevendo, no entanto, uma data para a publicação dos novos manuais. Por fim, O Presidente desta Comissão Episcopal referiu a formação de catequistas e de animadores de catequese de adultos.
No “mundo” da comunicação social, a prioridade vai para a formação dos técnicos desta área. Segundo o Cón. João Lavrador, Secretário da Comissão das Comunicações Sociais, “há que responder às necessidades de formação dos jornalistas que trabalham nos órgãos da Igreja e nos laicos”. Mais no plano orga-nizativo, salienta-se a revitalização das várias Comissões Diocesanas das Comunicações Sociais, que “existem mas não tem o papel que podiam ter”.
Também a Comissão Episcopal das Migrações e Turismo sente esta necessidade de “fortalecer e criar, no caso das dioceses onde não exista, as respectivas Comissões Diocesanas”. Para D. Januário Torgal Ferreira há que “servir os objectivos de acolhimento da imigração em colaboração com as dioceses e com a Cáritas”. A determinação de um delegado para os territórios de emigração de Inglaterra, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, bem como a realização de um estudo sobre a emigração, são outras das prioridades. D. Januário considera que este estudo irá “permitir fazer um ponto da situação do actual estado da emigração que, em muitos aspectos, vai escapando à Comissão Episcopal”. No horizonte está também a publicação de duas notas sobre a condição da Pastoral dos Ciganos e do Apostolado do Mar.

Fonte Ecclesia

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