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Um livro actual sobre cristianismo
2002-01-05 11:52:03

O cristianismo suscita hoje algum interesse? Tem ele alguma coisa de inovador, de pertinente sobre a espiritualidade e o futuro das nossas sociedades? Foi precisamente para responder a esta e muitas outras questões que René Rémond, presidente da Fundação de Ciências Políticas, de França escreveu "O cristianismo no banco dos réus", dado à estampa pelas Edições Poseidon.


René Rémond parte do pressuposto de que "uma religião com 20 séculos de história não pode deixar de suscitar, no decorrer dos tempos, adesões, dúvidas, incertezas, apologias e polémicas".
O método escolhido pelo ensaísta para responder à maioria das interrogações que muitas pessoas formulam sobre o cristianismo, e muito especialmente sobre o catolicismo foi o de um diálogo aberto entre ele e o director literário da editora, Desclée de Brower.
À forma incisiva de muitas perguntas o autor de "Religião e sociedade na Europa" respondeu com a profundidade dos seus conhecimentos de religião e de história, estabelecendo bem a separação entre o fundamental e o acidental, em termos claros.
O bispo emérito de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins, diz, a propósito deste livro, que ele tem em vista "responder à situação religiosa que se vive presentemente em França, mas tal situação repete-se em Portugal e na Europa". Diz D. Manuel da Silva Martins que "pretende-se fazer crer que o catolicismo está em vias de extinção, até a partir do generalizado interesse dos intelectuais que, quando muito, se debruçam sobre ele como fonte criadora de nacionalidades e inspiradora de preciosas obras em todos os domínios da arte". E prossegue adiantando que "talvez seja verdade que alinhamos um pouco neste movimento de alguma suspeita ao cristianismo e à Igreja, esquecendo-nos que um e outra estiveram e estão na alma da civilização e de uma cultura de cidadania, de respeito peladignidade e pelos direitos fundamentais da pessoa humana. O cristianismo e a Igreja estão hoje em tribunal. Estiveram sempre. E o que se torna particularmente significante neste processo é que nós entramos nele como acusadores e como réus".

Fonte JN

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