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Jovens ensaiam sinais de esperança
2001-12-31 11:45:22

Setenta mil jovens, de todos os países da Europa Oriental e Ocidental, incluindo portugueses, e também de outros continentes, estão a participar no 24º Encontro Europeu de Jovens, animado pela Comunidade de Taizé, de anteontem até depois de amanhã, em Budapeste (Hungria).



Numa carta dirigida aos jovens com o título "Ama e di-lo com a tua vida", que é utilizada como base de reflexão durante as reuniões do encontro, o fundador de Taizé, irmão Roger, interroga: "Hoje mais do que nunca, cresce um apelo à abertura de caminhos de confiança, mesmo nas noites da Humanidade. Pressentiremos nós esse apelo? Há pessoas que, pelo dom de si próprias, testemunham que o ser humano não está condenado ao desespero. (...) Por muito poucos meios que possamos ter, não seremos chamados a transmitir à nossa volta, com as nossas vidas, um mistério de esperança?"

Sentinelas

João Paulo II também enviou uma mensagem aos jovens, encorajando-os "a ser sentinelas da aurora, particularmente numa altura em que o Mundo, dilacerado, presa da violência e do medo, procura sinais de esperança."

Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, escreve: "Numa altura em que alguns tentam dividir a família humana, é reconfortante saber que tantos de vós - de diferentes regiões, nacionalidades e culturas - estão unidos no mesmo desejo de se encontrarem e de partilharem. Vieram até esta linda cidade de Budapeste para reflectir juntos sobre a essência da vossa fé e do vosso compromisso para com a Igreja e para com os outros. Neste combate por um Mundo melhor, cada um de nós tem um papel para desempenhar."

Foram enviadas ainda mensagens do patriarca Alexis II de Moscovo e do arcebispo de Cantuária.

Recorde-se que, em 1970, o irmão Roger lançou a ideia de um concílio de jovens, no qual a reunião principal teve lugar em 1974. Num período em que a juventude conhecia o desânimo e se afastava da Igreja, o concílio de jovens provocou a esperança de a juventude tomar parte activa na reconciliação dos cristãos e na construção da paz. Suspenso provisoriamente em 1979, para um tempo de amadurecimento, podendo ser retomado mais tarde, o concílio de jovens deu origem a Òuma peregrinação de confiança através da terra".

Essa peregrinação de confiança não organiza os jovens num movimento em torno de Taizé, mas estimula-os a tornarem-se nos locais onde moram criadores de paz, portadores de reconciliação na Igreja e de confiança sobre a terra, comprometendo-se no seu bairro, na sua cidade, na sua paróquia, com todas as gerações, desde as crianças até às pessoas de idade.

Para apoiar a peregrinação, o irmão Roger escreve cada ano uma "Carta", que é traduzida em 60 línguas.

Primavera

No final de cada ano, um encontro europeu reúne, durante alguns dias, várias dezenas de milhar de jovens, numa cidade da Europa de Leste ou Ocidental. Taizé anima também encontros de jovens noutros continentes, na Ásia, na América do Norte, em África.

O primeiro Encontro Europeu - lembre-se - decorreu em Paris, em 1978. Depois, em Barcelona, 1979; Roma, 1980; Londres, 1981; Roma, 1982; Paris, 1983; Colónia, 1984; Barcelona, 1985; Londres, 1986; Roma, 1987; Paris, 1988; Wroclaw, 1989; Praga, 1990; Budapeste, 1991; Viena, 1992; Munique, 1993; Paris, 1994; Wroclaw, 1995; Estugarda, 1996; Viena, 1997; Milão, 1998; Varsóvia, 1999; Barcelona, 2000; e, de novo, em Budapeste, 2001.

Taizé procura gestos e sinais que, para lá das dificuldades, evoquem a espera por uma Primavera da Igreja, uma Igreja que seja, no coração da Humanidade, um lugar de solidariedade e um fermento de reconciliação.


Fonte JN

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