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Cardeal Ratzinger lamenta descuido na leitura da "Dominus Iesus"
2000-10-09 22:42:30

Com a declaração Dominus Iesus, "cuja redação seguiu fase por fase com muita atenção", o Papa "quis oferecer ao mundo um grande e solene reconhecimento de Jesus Cristo como Senhor no momento culminante do ano Santo, pondo com firmeza o essencial no centro desta ocasião, sempre sujeita a exteriorizações". Assim afirmou recentemente o Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em declarações ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" e reproduzidas parcialmente ontem pelo L' Osservatore Romano.

Em suas palavras, o Cardeal Prefeito disse que a polêmica surgida depois da apresentação do documento descuidou os conteúdos do texto, cujo sentido profundo não foi entendido nem enfrentado. Muitas destas críticas, afirmou, "se repetem uma e outra vez, independentemente do argumento de que se trate. Eu me pergunto por qual motivo não pensam nunca em algo diferente".

Durante a entrevista, o Cardeal lembrou também que a Igreja não é uma soma de fragmentos. "Se assim fosse, se consagraria ao subjetivismo: então cada um deveria compor seu próprio cristianismo e no final resultaria determinante o gosto pessoal". Por outro lado, destacou a unidade existente entre o Concílio Vaticano II e a Declaração Dominus Iesus. "Queria que não houvesse necessidade de precisar que a Declaração somente repetiu os textos conciliares e os documentos pós-conciliares, sem adicionar nem tirar nada", disse a respeito.

"A dureza de certas reações", afirmou posteriormente o Cardeal Ratzinger ao analisar a oposição surgida em alguns setores, se explicaria também "pelo fato de que os teólogos se sintam ameaçados em sua liberdade acadêmica e querem intervir em defesa de sua missão intelectual". O Prefeito da Congregação que publicou o documento a pedido do Papa João Paulo II também disse que "a verdade sempre dá fastio e nunca é cômoda. As palavras de Jesus são com freqüência terrivelmente duras e formuladas sem tanta diplomacia".

"Hoje, nos discursos gerais, a fé em Cristo corre o risco de desvigorar-se e extraviar-se em conversas". Diante disto, destacou o Purpurado, o documento "quer ser um convite a todos os cristãos a se abrirem novamente ao reconhecimento de Jesus Cristo como Senhor e a conferir assim ao Ano Santo um significado profundo".

Fonte Zenit

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