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Adeus ao Pároco de Sacavém
2001-12-05 09:42:18

Um sentimento de dor profunda e perda irreparável encheu ontem a igreja de Sacavém, com milhares de pessoas presentes no último adeus ao padre Filinto Ramalho, que faleceu tragicamente, vítima de um incêndio em sua casa, no dia 1 de Dezembro.

E foram os Bombeiros Voluntários de Sacavém, os mesmos que combateram as chamas, que transportaram, com todas as honras, o pároco de Sacavém até à sua última morada. A urna seguiu a bordo de uma viatura antiga, de 1938, numa sentida homenagem dos soldados da paz aquele que sempre considerou e ajudou os bombeiros. Na hora do adeus, a comunidade chorou a perda de um sacerdote que se entregou de corpo e alma durante 59 anos a Sacavém e às suas gentes. Neste dia de luto, também a gente de Fataunços, Vouzela, terra natal de Filinto Ramalho, marcou presença. “Ele nunca esqueceu a sua terra e deu um valioso contributo para o Centro Social, que está em construção. O padre Filinto está no nosso coração”, adiantou ao CM o pároco de Fataunços, Francisco Marques.

'Vai fazer muita falta'

“Ele era um santo. Uma pessoa muito simples, que não aparentava o valor que tinha”, contou, entre muitos soluços, Maria da Graça, 60 anos, que foi empregada do padre Filinto. Com uma igreja demasiado pequena para acolher tanta gente, muitos paroquianos aguardavam, no átrio, a saída do cortejo fúnebre. “Ele deixa aqui uma grande obra, vai fazer muita falta”, disse, entre lágrimas, ao CM, Maria de Lurdes, 69 anos. “Ele chorou no dia em que o Centro Social foi inaugurado. E disse à frente de toda a gente que vendeu o carro para poder arranjar dinheiro para esta obra”, lembrou Adelaide de Jesus, 77 anos. Na homilia, proferida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, o mais alto dignatário da Igreja católica portuguesa lembrou que o padre Filinto sempre deu prioridade aos pobres e que “passou por nós fazendo o bem”. Por seu turno, o padre Catarino, substituto temporário do pároco de Sacavém, frisou que, na hora do adeus, a melhor maneira de homenagear o padre Filinto era “imitá-lo no amor a Deus e serviço aos irmãos”. “Ele era um homem de fé e acção, nunca cruzou os braços”, realçou.

Fonte CM

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