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Contra o mau uso dos avanços tecnológicos
2001-12-03 16:58:50

Os avanços tecnológicos e o uso que se faz de novos conhecimentos e instrumentos foi o tema central da mensagem do Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, aos Muçulmanos, para o fim do Ramadão (tempo que o mundo Islâmico guarda para a oração e o jejum).


No texto, o Cardeal Francis Arinze interpela o mundo muçulmano para que este se una aos cristãos na luta pelos valores, direitos e dignidade humana que podem estar em risco perante alguns avanços tecnológicos e que “constantemente mudam a face da terra” . O Cardeal Francis Arinze aponta a genética como “o mais excitante mas também o mais controverso campo da tecnologia”, salientando o “risco da própria vida humana e do respeito que lhe é devido”, quando o homem tenta perscrutar os mistérios da vida com a ajuda da tecnologia. Outro campo mencionado nesta mensagem é a Internet, agradecendo a Deus, o Cardeal Francis Arinze, “o génio humano que inventou este meio de informação, educação e comunicação”.
Recordando que a Bíblia se refere ao ser humano como “experimentador de tentação e pecado”, o Cardeal Francis Arinze frisa que “as relações humanas não podem deixar de ser afectadas por esta situação”.
A mensagem levanta, então, algumas questões. Que podem fazer cristãos, muçulmanos, pessoas de outras religiões e pessoas de boa vontade, para “garantir o bom uso dos meios ao nosso dispor?”. E será que não podem todos trabalhar em conjunto, “para proteger os valores humanos, ameaçados por uma contínua mudança no mundo?”. Para o Cardeal Francis Arinze a resposta encontra-se “na protecção da vida humana desde a sua concepção até à sua morte natural”, e na “defesa da dignidade do homem, dos direitos que daí advém, e que todos devem promover”.
A mensagem levanta ainda a questão de se saber como “proteger e promover os valores da paz, liberdade e justiça social, nesta era tecnológica”. A resposta, encontra-a o Cardeal Francis Arinze num “diálogo que vise sobretudo as dimensões éticas de novas descobertas”. “Todos são chamados – pode ler-se na mensagem – a dar a sua contribuição de acordo com as suas responsabilidades e capacidades”. E nesta missão, o Cardeal Francis Arinze aponta ainda “a referência constante a Deus e busca contínua da Sua vontade” como elementos de “importância capital nos nossos esforços para promover os valores humanos”.
A mensagem recorda ainda “os acontecimentos dramáticos, que o nosso mundo vive, que afectam em particular o coração dos crentes das religiões monoteístas”, ficando sublinhado que “os fiéis adoradores do Deus Único são chamados a ser artesãos de uma sociedade fundada nos valores da paz e da justiça, da unidade e do amor, do diálogo e da liberdade, da cooperação e da fraternidade”.

Fonte Ecclesia

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