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Lenços Brancos no Vaticano
2000-10-09 22:23:33

A emoção dominou ontem a Praça de São Pedro, quando o Papa procedeu a cerimónia do acto de entrega do Terceiro Milénio ao Coração Imaculado de Maria, perante a imagem da Virgem de Fátima. Dezenas de milhares de peregrinos testemunharam a fé pessoal de João Paulo II na Senhora de Fátima, a qual, segundo ele, lhe salvou a vida no atentado que sofreu nesta mesma praça a 13 de Maio de 1981.

Depois de ter estado três vezes em Portugal, Karol Woijtila conseguiu o máximo para Fátima, tendo-a feito superar os influentes santuários de Lourdes, em França, e de Czestoshova, na Polónia, ao trazer a imagem da Cova da Iria ao coração da Igreja Católica.

Estiveram presentes na cerimónia 80 cardeais e mais de 1500 bispos, dos quais 20 portugueses, que vieram ao Vaticano celebrar com o Papa o Grande Jubileu do ano 2000. Esta foi a maior reunião episcopal da Igreja Católica depois do Concílio Ecuménico Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII em 1962.

Estima-se que, nestes dias de evocação de Fátima, tenham estado no Vaticano cerca de 600 portugueses vindos especialmente das dioceses de Lisboa e de Leiria-Fátima. Entre os peregrinos contam-se 146 funcionários do Santuário de Fátima que viajaram no mesmo avião que a imagem da Virgem.

Na despedida da Senhora de Fátima da Praça de São Pedro levantaram-se lenços brancos e bandeiras nacionais, e ouviram-se os cânticos das peregrinações da Cova da Iria. À passagem da imagem, os fiéis comoveram-se, numa réplica do que acontece nas peregrinações do Santuário de Fátima.

Na homilia, o Papa propôs aos bispos o exemplo dos prelados mártires da fé, tendo feito referência explícita à China, aos campos de extremínio nazis, à guerra civil espanhola e "ao longo inverno do totalitarismo comunista". Por outro lado, o Pontífice chamou a atenção dos bispos para a exigência de uma maior unidade doutrinal numa sociedade onde a cultura contemporânea "é dominada pelo relativismo e pelo subjetivismo". O Papa deixou um último aceno aos bispos perseguidos, presos e impedidos de exercerem o seu múnus pastoral.

Fonte Público

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