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Bispo atento a falso sacerdote
2001-11-17 09:58:19

A Diocese do Algarve está preocupada com a proliferação de "falsos padres" que, a coberto de "uma igreja ou religião", invadem os templos da Igreja Católica e falam aos fiéis. O bispo diocesano diz que estas situações "não são assim tão raras". No caso do Algarve, "já aconteceu por três vezes".

E esclarece: "Nos meios grandes, onde o anonimato é maior, pode ser mais frequente o aparecimento destes falsos padres".

Maior atenção
Pedindo "muita atenção", não só aos católicos como, também, aos sacerdotes, D. Manuel Madureira Dias esclarece que estas situações "só acontecem porque nós somos condescendentes. E isso não pode continuar a acontecer". Segundo o bispo, "todos os sacerdotes têm um cartão com um selo branco da sua diocese, que é colocado anualmente". Esse cartão, "quando solicitado, pode ajudar a distinguir o verdadeiro do falso padre. Basta que, para isso, comece a ser pedido o cartão com frequência, quando se desconfia de algo".
A preocupação do bispo do Algarve surge após a presença de um "falso padre", que "presidiu a uma «missa» numa das igrejas de Faro".
"Este homem tinha vestes especiais de índole religiosa, que parecia um manto típico de um monsenhor, e um crucifixo ao pescoço. Na Igreja, fez um ritual próprio, que espantou os fiéis que ali se encontravam. No final, disse às pessoas que se encontrava hospedado num hotel da cidade e que dava consultas", explicou o prelado. "Houve até quem julgasse que ele era bispo".

"Charlatão"
Segundo D. Manuel Madureira, esse falso padre "deverá ser um médium" e a sua prática "à base do espiritismo". Condena as pessoas que "se servem de um certo protagonismo que têm ou que inventam que têm para enganar as pessoas" e diz que esse homem mais não é que "um charlatão, que mete no mesmo saco o cristianismo, o budismo, o espiritismo, o panteísmo, a astrologia e quejandos".
E para que situações dessas não voltem a acontecer, o bispo do Algarve decidiu escrever uma nota pastoral que deu a conhecer aos fiéis e aos sacerdotes da sua diocese. "Perigos à nossa espreita", é o título dado ao pequeno texto, no qual D. Manuel Madureira esclarece que esse falso padre "vem do Brasil. "Fala "em nome de Deus, invoca o nome de Jesus, aplica frases do Evangelho e atrai pessoas, ditas cristãs, em busca de cura de alguns males".

Situações pouco frequentes
Segundo D. Tomás Nunes, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, situações destas "não são muito frequentes" na Igreja em Portugal, mas, "às vezes, acontece". "Há alguns alertas quando se desconfia de alguma situação, mas não é muito frequente", garante o prelado.

Fonte JN

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