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Padre recusa missa ao sábado
2001-11-16 14:29:58

A Comissão de Festas de Nossa Senhora do Carmo, na Chiqueda, diz-se "traída" pelo padre da paróquia de Aljubarrota, que se recusa a celebrar missa aos sábados há largos meses, como era hábito, na capela local.


A situação agrava-se, no entender dos populares, pelo facto de terem sido investidos largos milhares de contos no restauro, ampliação e modernização do templo, que agora está "sempre fechado", só funcionando em "casamentos, baptizados e funerais".

"Disseram-nos que o padre Ramiro já tinha a ideia de deixar de dar missa ao sábado, mesmo quando andávamos a fazer as obras, mas não nos disse nada", avança José Luís, um dos populares revoltados. "Se soubéssemos que era assim, não tínhamos gasto tanto dinheiro, bastava pôr uma cobertura nova. Sentimo-nos traídos", remata.

A renovada capela, inaugurada em Março de 2000, implicou gastos na ordem dos 20 mil contos, comparticipados pela junta de freguesia e pela câmara municipal. Para fazer face à sua parte das despesas, a própria Comissão endividou-se à banca e recorreu a um peditório junto dos habitantes. Agora, "a população está revoltada connosco porque deu o dinheiro e não tem igreja", sintetizam os membros da Comissão.

Além do restauro, as obras contemplaram a ampliação das antigas instalações, com a construção de salas para a catequese. No entanto, as crianças não enchem esse espaço porque, como não há missa, também não há catequese.

Na origem deste problema está a alegada recusa do padre da paróquia de Aljubarrota em celebrar missa aos sábados, como era hábito até à inauguração da capela, alegando não existir um número suficiente de fiéis.

A contraproposta de realizar a celebração durante um dia da semana não foi bem recebida pela população, que preferia uma missa dominical.

Sensível às reivindicações dos populares está o presidente da Junta de Freguesia de Prazeres. De acordo com José Lourenço, a autarquia contribuiu "com materiais e mão-de-obra" para a reconstrução da capela, "que estava completamente em ruínas". "É uma obra muito bonita e é pena estar fechada", considera o presidente que, contudo, prefere manter-se à margem da polémica. "O padre Ramiro lá terá as suas razões", afirma.

O DN tentou, sem sucesso, contactar o padre Ramiro sobre o assunto.


Fonte DN

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