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Parcerias contra o paroquialismo
2001-11-14 20:19:55 As Cáritas paroquiais tiveram, dia 10 de Novembro, em Fátima, o seu I Encontro Nacional. Apesar de cada Cáritas diocesana ser autónoma, “há experiências diferentes no campo social e pastoral, há vários ritmos de trabalho e há condições jurídicas diferentes”, explicou, à Agência Ecclesia, o Presidente da Cáritas Nacional, justificando a relevância deste encontro.
Assim, estiveram presentes mais de uma centena de participantes, representando 10 dioceses, para partilhar experiências e alinhar algumas normas de conduta, principalmente no que respeita às parcerias que se devem estabelecer entre as Cáritas paroquiais e outras entidades paroquiais, ou não. “As Cáritas paroquiais não podem ter a veleidade de querer resolver os problemas sozinhas”, sublinhou Eugénio da Fonseca. “Há ainda algum espírito de paroquialismo; a paróquia é o que deve preocupar mas não em exclusivo”, frisou o Presidente da Cáritas Nacional. “A Cáritas paroquial – continuou – deve estar aberta a trabalhar com todos os que podem interferir no social”. É assim objectivo saído deste Encontro, integrar uma rede de solidariedade estruturada e organizada com profissionalismo, desde as bases.
Outra prioridade para que as Cáritas paroquiais foram sensibilizadas foi a “pobreza envergonhada”. “Há muitas pessoas que vivem em condições difíceis e que não o deixam transparecer, de uma forma ou de outra, por uma razão ou por outra”, explica Eugénio da Fonseca. Mas “a pobreza maior – sublinha – é não reconhecer a sua própria dignidade e são estas pessoas que devem ser as primeiras a ser ajudadas”.
O Encontro Nacional de Cáritas paroquiais deverá ter outras edições, pelo menos uma vez por ano, e sempre com a dupla finalidade de formar em assuntos comuns, como objectivos gerais e fundamentos do trabalho da Cáritas, e partilha de experiências e confronto de aspectos positivos e negativos.
Fonte Ecclesia
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