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João Paulo II beatificou um casal
2001-10-23 20:55:30

Luigi Beltrami e Maria Corsini, marido e mulher, foram beatificados no último Domingo por João Paulo II. É o primeiro casal beatificado em toda a história da Igreja.

Em Dia Mundial das Missões e no vigésimo aniversário da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, a Igreja apresenta assim, um casal, uma família, como modelo de santidade para o homem contemporâneo.
Trata-se de uma família comum que apenas procurou viver da melhor forma o apelo do Evangelho e as exigências de se ser cristão. Na Itália da primeira metade do século XX, Luigi Beltrami e Maria Corsini constituíram um casal que, sem gestos espectaculares, viveu o essencial da fé que soube transmitir aos filhos. Filhos que foram quatro, e três dos quais participaram nesta beatificação. Dois deles, sacerdotes, concelebraram com João Paulo II, Mons. Tarcisio Beltrami e o Pe. Paolino Beltrami, também presente nesta beatificação a filha do casal ainda viva, Enrichetta Beltrami.
Uma ocasião que João Paulo II declarou não poder ser mais feliz e repleta de significado. A beatificação de um casal quando se celebrava também os 20 anos da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, um facto a manifestar o valor do matrimónio e os deveres da família chamada a um empenho particular no caminho da santidade, ao qual os esposos estão chamados em virtude da graça sacramental que um dia receberam.
“Escutando a palavra de Deus e o testemunho dos Santos, os beatos esposos viveram uma vida ordinária de uma forma extraordinária. Entre as alegrias e as preocupações de uma família normal, souberam concretizar uma existência extraordinariamente rica de espiritualidade” afirmou o Papa.
A frequência quotidiana da Eucaristia e a grande devoção à Virgem Maria, invocada com o Rosário recitado em cada final de dia, fizeram desta família um exemplo para todas as famílias cristãs. “Caras famílias temos hoje uma singular confirmação, de que o caminho da santidade percorrido em conjunto, como casal, é possível, é belo, é extraordinariamente fecundo e é fundamental para o bem da família, da Igreja e da Sociedade” acrescentava João Paulo II.
Numa celebração que contou com a presença do Presidente da República de Itália e da Rainha da Bélgica, o Papa exortou todos os cônjuges a assumirem plenamente o seu papel e as suas responsabilidades. “Renovai em vós próprios, o empenho missionário fazendo das vossas casas lugares privilegiados para o anúncio e acolhimento do evangelho, num clima de oração e no exercício concreto da solidariedade cristã.
Já no final desta beatificação que ocorria em Dia Mundial das Missões, João Paulo II sublinhou ainda que a Missão ad gentes para todos os povos é hoje mais actual do que nunca. O Papa apresentou o Evangelho como essa Boa Nova capaz de trazer a Paz a um mundo ameaçado pela guerra e pela violência.
Foi há 75 anos que o Papa Pio XI instituía o Dia Mundial das Missões. Uma chamada de atenção que recordava a todos os cristãos a actualidade e importância da actividade missionária da Igreja. No último Domingo, e antes de proferir a oração do Ângelus, João Paulo II voltou a reafirmá-lo: A missão ad gentes é hoje mais actual que nunca... e isto porque o Papa identifica sinais preocupantes que ameaçam a estabilidade da comunidade dos homens. O Papa manifestou a sua tristeza pela violência registada em Belém e por todo o Médio Oriente. “Em nome de Deus repito uma vez mais que a violência é para todos, apenas um caminho de morte e de destruição, que desonra a santidade de Deus e a dignidade do homem. Exprimo às famílias vítimas da violência, a minha proximidade na dor, na oração e na esperança. Elas têm a honra de viver na Terra Santa, Santa para os hebreus, para os cristãos e para os muçulmanos. Deve ser empenho de todos torná-la terra de Paz e de Fraternidade.
Perante os sinais negativos que se manifestam no mundo, a Igreja responde reforçando o empenho para anunciar Cristo, esperança do homem e esperança do mundo. Depois de ter beatificado o primeiro casal, João Paulo II salientou que a família desempenha um papel primordial nesta missão de esperança. “A família anuncia a esperança porque é o lugar no qual se esboça e cresce a vida, no exercício generoso e responsável da paternidade e da maternidade. Uma família autêntica, fundada no matrimónio, é em si mesma uma boa notícia para o mundo”.


Fonte Ecclesia

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