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Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 07 de May de 2004 16:51

Mas mesmo assim tem muita dificuldade em aceitar plenamente os direitos humanos...

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 08 de May de 2004 00:08

Albino,

Uma coisa é o "conceito" de direitos humanos assim formulado, outra coisa é o que eu disse sobre as conquistas dos direitos humanos.

Esses direitos humanos estão contidos na mensagem cristã, desde o seu anúncio por Cristo. Fazem parte da Escritura e da Tradição cristãs.

Referes a seguir a questão da Igreja pré-conciliar. Sucede que essa Igreja NÃO estava lá muito próxima da Sagrada Tradição e da Sagrada Escritura. O que é um outro problema. E tens razão quando dizes que havia nalguns "ensinamentos" uma propensão para o medo do diabo, inferno com caldeirões e afins. Era a "catequese do terror".

Mas isso só acontecia porque tinha havido um afastamento da mensagem central do Evangelho, que o 2º Concílio do Vaticano corrigiu.

Os direitos humanos estão todos no Evangelho. Ao serem reconhecidos nas Nações Unidas, demonstram a universalidade da mensagem cristã.

João (JMA)

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 18 de May de 2004 00:17

Falando do "desafinado" que referi na minha mensagem de 30/04/04 12:19, e que ainda não foi aqui referido: Jacques Gaillot.

Noutros tópicos colei textos dele. Disse na sua última homilia como bispo de Evreux (22 Janeiro de 1995): "Pela minha parte, em comunhão com a Igreja, continuarei o meu caminho para levar a Boa Nova aos pobres."
retrospectiva

Não houve qualquer tentativa de dissidência. Seguiu o caminho em comunhão com a Igreja.

"Jacques Gaillot tornou-se "um bispo diferente", inventando o caminho, com a paixão do Evangelho fora de muros. Trabalha em Paris com os estrangeiros sem papéis, as famílias sem abrigo, os jovens sem trabalho. Partenia, diocese sem fronteiras, tornou-se um espaço de liberdade para os "sem".
Em Maio de 2000, depois de cinco anos de afastamento, os bispos de França reconhecem o seu trabalho. Jacques Gaillot é um bispo diferente mas em comunhão com eles. O seu caminho é outro mas permanece em ligação com o episcopado. Este reconhecimento tem muito valor para os cristãos que vivem nas fronteiras da Igreja."
História de Partenia

Mesmo não concordando, o nosso lugar é na Igreja. Dizia de Lubac "Afinal, ela é a nossa Mãe".

João (JMA)

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de September de 2004 16:10

Ainda a propósito de "desafinados" ou "desalinhados"...

Alef

Bispo Demitido pelo Vaticano Vem Hoje a Lisboa


O futuro da Igreja Católica é o tema da conferência que o antigo bispo de Évreux (França), Jacques Gaillot, demitido em 1995 pelo Vaticano, fará hoje em Lisboa. Com posições pouco ortodoxas sobre temas como a ordenação de homens casados ou o uso do preservativo, o bispo foi nomeado naquela ocasião como titular de Parténia, uma diocese no território da actual Argélia, há muito extinta. Essa nomeação serviu-lhe para criar uma diocese virtual na internet (www.partenia.org), que o próprio intitula "diocese sem fronteiras", onde responde a perguntas e faz comentários bíblicos ou de actualidade sobre os mais diversos temas.

Não é a primeira vez que o bispo de Parténia vem a Portugal - a convite do movimento Nós Somos Igreja, com a colaboração do Centro Nacional de Cultura (CNC). Em Setembro de 1997, Gaillot esteve em Lisboa e no Porto, participando em dois debates sobre o diálogo na Igreja Católica. Nessa altura, em entrevista ao PÚBLICO, o bispo não teve dúvidas em afirmar que a sua demissão tinha origem política: o então ministro francês do Interior, Charles Pasqua, preparava leis restritivas sobre imigração, que mereceram severas críticas do bispo e que terão levado o Governo francês a manifestar o seu desagrado junto do Vaticano.

O ministro "ficou descontente e dirigiu-se ao episcopado francês para saber o que os bispos pensavam do livro", disse na altura Jacques Gaillot. "O episcopado deixou-me um pouco abandonado. E também interveio em Roma, junto da Secretaria de Estado [do Vaticano]. E foi esta intervenção que despertou o descontentamento generalizado contra mim", disse então.

Em Paris, Jacques Gaillot continua a intervir em questões sociais - desempregados, imigrantes, doentes de sida, desalojados - e no espaço mediático. Aliás, a sua presença no espaço mediático é também um dos factores que incomoda muitas pessoas na Igreja. Em diversas ocasiões, por exemplo, Gaillot defendeu que o preservativo "é um meio de luta contra a sida". E que os homossexuais deveriam ter o seu lugar na Igreja, para não se sentirem excluídos.

Actualmente com 69 anos, autor de vários livros - alguns publicados em português -, Gaillot tem-se debruçado sobre temas como a guerra no Iraque, o conflito no Médio Oriente, a pobreza ou o racismo. Sobre a polémica do véu islâmico nas escolas francesas, escrevia que a lei "não resolverá a questão da integração [dos muçulmanos] e da vida em conjunto", trazendo "o risco de atirar a religião para a esfera privada e de contribuir para o desespero de uma população que já é marginalizada".

A conferência decorre no CNC (Largo do Picadeiro, 10), a partir das 18h30.

Por ANTÓNIO MARUJO
«Público», Sexta-feira, 24 de Setembro de 2004
[jornal.publico.pt]

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 24 de September de 2004 22:36

Aqui têm uma personagem interessante. Visitem o site da sua diocese, atribuida pelo Vaticano a este bispo católico: [www.partenia.org] (site em português) ou [www.partenia.org] (em francês)

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de September de 2004 07:46

Já agora...

Bispo Gaillot Defende em Lisboa Atenção Aos Mais Pobres


A Igreja Católica só poderá existir, no futuro, com cristãos livres e libertos do medo, disse o bispo francês Jacques Gaillot, numa conferência em Lisboa. Em Janeiro de 1995, Gaillot foi demitido pelo Vaticano da sua diocese de Évreux (França), alegadamente por pressão do Governo conservador da época, por causa das leis de imigração a que o bispo se opunha.

"As pessoas têm medo de perder amigos ou o emprego", exemplificou Gaillot na sua conferência, sexta ao fim da tarde, no Centro Nacional de Cultura, a convite do grupo português do movimento internacional Nós Somos Igreja. "É preciso haver coragem para se exporem e ficarem libertas do medo."

Numa intervenção com um tom intimista, perante uma plateia atenta de algumas dezenas de pessoas, Gaillot referiu várias características do que considera dever ser a Igreja Católica do futuro - esse era o tema da intervenção em Lisboa, nesta segunda visita a Portugal depois da demissão forçada de Évreux.

"A Igreja é dos pobres e de todos os cristãos, sejam eles presos, imigrantes ou doentes de sida", afirmou. Jacques Gaillot, que reside em Paris, apoia pessoas em situações marginais e de necessidade, incluindo infectados com HIV. E, nas intervenções públicas que levaram à sua demissão, assumiu posições pouco coincidentes com a doutrina oficial católica, em temas tão diferentes como a homossexualidade ou a ordenação de homens casados.

Contando pequenas histórias pessoais, o bispo insistiu na ideia de que a missão da Igreja Católica é, antes de mais, a de situar-se em cada tempo e "levar a esperança aos pobres", às pessoas sós, aos "excluídos, aos sem papéis ou sem país".

Depois de ter sido demitido, o Vaticano nomeou Gaillot, actualmente com 69 anos, para bispo de Parténia, antiga diocese, já extinta, situada no actual território argelino. A nomeação levou-o a criar uma diocese virtual na Internet, com o endereço [www.partenia.org], que Gaillot apresenta como a diocese sem fronteiras e onde faz comentários e reflexões sobre a actualidade ou a Bíblia.

António Marujo
«Público», Terça-feira, 28 de Setembro de 2004
[jornal.publico.pt]

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 01 de October de 2004 22:33

Já agora a entrevista ao Diário de Notícias do Bispo Jacques Gaillot

Termina dizendo:
"O que Deus pode, pode através de nós: com amor no coração pode-se fazer muita coisa."



João (JMA)

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: kiko 4 Amial PT (IP registado)
Data: 22 de December de 2004 14:21

Acho engraçado que se façam alguns juizos de valor em relaçao a grupos e movimentos da igreja católica, ainda por cima misturando-os com outros que a ela não pertecem ( sta ladeira), sem qualquer conhecimento de causa. Como é que alguém pode ter a lata de apelidar "O Bispo do Porto (foi só uma provocação),O Padre João Seabra (outra provocação),A Opus Dei,Os encontros Taizé, O Bispo Raposo, O movimento Nós Somos Igreja,O movimento CL, Os Quicos (caminho neocatecumenal)" de desalinhados?? Não os conheco a todos, mas tenho a certeza de que em primeiro lugar um bocado mais de respeito não ficava nada mal, dps se o Papa reconhece a enorme importância de alguns dos referidos em várias vertentes na igreja, 'meus senhores', considero que estes não devem suscitar nem ser algo de tamanha depreciação. Quem não conhece em profundidade, não pode falar apenas porque ouviu dizer ou porque leu qualquer coisa a cerca de...

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 22 de December de 2004 15:25

Caro Quico:

Que eu saiba , o Bispo do Porto não é nenhum "movimento" nem se enquadra em nenhum movimento...... Nem sequer o Pdre J.Seabra é um Movimento....embora controle um determinado tipo de "Movimento" em lisboa e arredores...
Convém não confundir as pessoas com as instituições ou com as ideologias que lhes estão subjacentes...

Tens toda a razão quando dizes que a maior parte dos católicos não conhece em profundidade os vários "movimentos" (eu chamar-lhes-ia outra coisa) que existem dentro da Igreja.

ESTE DESCONHECIMENTO RESULTA DE VÁRIOS FACTORES, MAS O MAIS IMPORTANTE É QUE ESTES "GRUPOS" TENDEM A COMPORTAR-SE DE UMA FORMA FECHADA, SECTáRIA, NA SUA ORGANIZAÇÃO E utilizam SISTEMAS DE RECRUTAMENTO DE NOVOS ASSOCIADOS que não são transparentes.

Fazem uma criteriosa selecção em que procuram novos associados que lhes tragam mais vantagens - em termos de poder, influência e dinheiro...
Estes grupos mais influentes, do ponto de vista económico e de PODER, têm agendas políticas muito bem definidas, e os seus fins últimos raramente estão em consonância com os Evangelhos.

Por exemplo. Como funciona a Opus dei?
Como funciona o MCL?
Como funciona o M neocatecumenal??
Como se fazem o recrutamento de novos asociados??
O que lhes exigem em troca?
Quais as cerimónias privadas que realizam?
Que mecanismos utilizam para manipular e controlar as consciências dos seus associados?
Quais as suas contas bancárias?
Quanto custa por anpo estar inscrito ou pertencer a esses movimenstos?
Quais as benesses têm os associados?
Que influências políticas ou económicas controlam??


E depois há aqueles movimentos "populares", que surgem duma espiritualidade pagâ e que podem ou não ser aproveitados pelas estruturas religiosas. A Sta da Ladeira, a Sãozinha, o Pdre Pio, o Doutor Sousa Mendes, A maria adelaide, a beata alexandrina, sei lá mais ,só em Portugal deve haver dezenas destes "movimentos" religiosos...

Alguns deles são reconhecidos pelo vaticano, outros não.


Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: kiko 4 Amial PT (IP registado)
Data: 22 de December de 2004 16:07

Caro CP.

Claro que o Bispo e o Padre acima referidos não são movimentos...toda a gente sabe, mas pronto.é que do que li nas msg anteriores, pude observar que alguem os queria colocar num "(o tal jardim zoológico do forum paróquias)" juntamente com os outros grupos... situação lamentável, que só mostra desrespeito e acima de tudo falta de tolerância. Em relação às questões que levantou, não duvido que sejam fundadas. Admito que por de trás de alguns estejam pessoas com o simples intuito de fazer $$ e outras coisas + . No entanto grupos que funcionam apenas pelo $ extinguem-se muito rapidamento, pelo contrário movimentos como o Taizé, a Opus Dei e o Caminho neocatecumenal, como sabemos, mantêm-se com grande força e duvido que o façam por dinheiro. Mas tb temos de ter em conta uma coisa, quem não sabe do que fala, ou se informa ou então fica calado. Ha muita gente que fala, fala,fala...e não diz nada...é pena que às vezes isso aconteça aqui nos foruns ( não falo especificamente de si!). "ESTE DESCONHECIMENTO RESULTA DE VÁRIOS FACTORES, MAS O MAIS IMPORTANTE É QUE ESTES "GRUPOS" TENDEM A COMPORTAR-SE DE UMA FORMA FECHADA, SECTáRIA, NA SUA ORGANIZAÇÃO E utilizam SISTEMAS DE RECRUTAMENTO DE NOVOS ASSOCIADOS que não são transparentes." Até parece que fala da máfia. Dos grupos que conheço, estas palavras não se aplicariam. Para concluir, queria só dizer que acho positivo que discuta vários temas, mas tenha sempre presente que tudo deve ser dito para construir e não destruir de uma forma barata. Não encare as minhas palavras como um contra ataque ou como isto fosse um jogo em que alguem tem de ficar por cima, ok?

A Paz esteja Contigo!

Re: Os desafinados da Igreja
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 23 de December de 2004 11:02

Taize não é um Movimento.....

mas fala então dos movimentos a que pertences, dá o teu testemunho....

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