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influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de October de 2005 01:18

Permitam-me algum diletantismo, a verdade é que não sou nenhum especialista nisto mas cá vai.

Como disse alguem que conheço Jesus foi o primeiro dos comunistas.

Foi-o porque recomendou a partilha, em nome de um sentir do próximo como um irmão, um igual perante Deus.
É celebre a frase Se queres ser perfeito, vai vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e segue-me
E ainda "felizes os pobres"... o cristianismo tem uma visão positiva dos desfavorecidos, ao contrario de outras religiões

Para a génese do marxismo são cruciais estes 2 pontos, o sentir todos os homens como iguais e sentir que é bom que exista um justo equilíbrio na distribuição dos bens, de cada um segundo a sua possibilidade a cada um segundo a sua necessidade.
Mas relembremos que Cristo deixa isto como recomendação para ser livremente seguida pelos homens, o marxismo resultou em regimes que pretendiam impor um igualitarismo pela força.

Seguindo o mandamento de Cristo as ordens religiosas que pretendiam procurar seguir Cristo com de forma mais perfeita foram quase sempre exemplo de comunidades "comunistas". Nas comunidades religiosas tudo era comum e idealmente não tinham mais bens o superior ou os noviços.

São Tomas More, santo inglês morto por se recusar a abandonar a fé católica, no seu livro "Utopia" propunha uma economia comunista.

Aliás em toda a idade média existiram muitos terrenos comunitários cuja produção revertia fraternalmente para a aldeia, não recebendo mais o chefe da aldeia, frequentemente o pároco, que os outros habitantes. Um gérmen de comunismo plantado pela influencia cristã.

Nas reduções jesuítas da América latina também a economia comunitária tinha um peso preponderante, era uma economia que se aproximava bastante do comunismo, mas não era, nem de perto tão opressora como os totalismos comunistas do século 20.

Marx era de uma família judia mas seu pai converteu-se ao cristianismo um ano antes de marx nascer. Provavelmente uma conversão de fachada porque senão não poderia continuar a exercer advocacia mas a sua mãe converteu-se quando marx tinha 7 anos e marx andou numa escola luterana, vivia num pais em que quase toda a população era cristã, logo recebeu desde o berço significativa influencia dos valores cristãos.

O comunismo tem tido também mais facilidade em conseguir cativar a população nas zonas de influencia cristã. Exemplo significativo disso é a Índia. Segundo li na Índia o partido comunista só tem votações significativas nas zonas de influencia cristã. A crença no karma, na retribuição dos actos, nesta ou noutra vida torna os hindus bastante indiferentes perante o sofrimento alheio, afinal se sofre é porque pecou, nesta ou noutra reencarnação.
No Japão o partido da direita ficou mais de 50 anos seguidos no poder.

O cristianismo por favorecer uma visão do bem comum, do espirito fraternal, colectivo, ajuda a que as pessoas valorizem politicas que promovam a solidariedade com as franjas mais fracas da sociedade.
A noção de poder como serviço é também muito especifica do cristianismo. Naturalmente ninguém pensaria que o maior, aquele que manda está em realidade ao serviço dos outros. É um contributo original do cristianismo.

Mas não é a Igreja associada maioritariamente a partidos de direita?
Talvez mas existem razões históricas para isso. Nos séculos passados frequentemente eram os reis que escolhiam os bispos que muitas vezes residiam na corte e não na diocese, muitos bispados eram dados a filhos de famílias influentes. Assim como o homem tende a reflectir a visão do mundo do meio de onde veio o episcopado ficou demasiado associado à nobreza e à monarquia. É o fermento de Herodes.
Depois o marxismo arrastou os partidos de esquerda para um combate à religião, para a promoção do ateísmo. Isso historicamente marcou quer a igreja quer os partidos de esquerda, principalmente os comunistas. Na visão comunista a religião origina-se como alienação provocada pela dor da injustiça de uma sociedade opressora, a sua existência num regime comunista denuncia então a imperfeição desse regime ou a falsidade da visão marxista. Daí o feroz ataque à religião nesses regimes.

Actualmente a defesa do aborto ajuda a que muitos cristãos, principalmente católicos, se mantenham afastados de partidos de esquerda. Entre a defesa da vida do ser humano por nascer e uma maior solidariedade social muitos cristãos tendem a optar pela primeira.

Associando a religião a partidos de direita muitos militantes em partidos de esquerda vejam com bons olhos o enfraquecimento da fé religiosa. Muitos vêm a legalização do aborto como um sinal disso mesmo e logo como um bom sinal.
Mas acho que é um erro crasso. É antes um sinal do crescimento do individualismo associado ao enfraquecimento da fé cristã.
A religião cristã tem em si uma mensagem que valoriza fortemente a solidariedade. O crescimento do individualismo acompanhará inevitavelmente o declínio da fé religiosa.
Esse individualismo é contrario a políticas económicas de esquerda. A esquerda provavelmente verá aprovadas medidas sociais que julgará expressarem vitorias suas, a legalização do aborto, eutanásia activa, adopção de crianças por homossexuais, etc. Em realidade são vitorias do individualismo. O que a esquerda não verá será o desenvolvimento de políticas económicas solidarias, o individualismo é contrario a isso.

Mas para que não fiquem confusões sobre a linearidade das tendências "esquerdizantes" do cristianismo devo dizer que se Jesus Cristo indica os valores a promover não deixou nenhum manual de ciência económica. Logo as medidas económicas devem ser implementadas de forma racional e muitas vezes essa pode ser a forma proposta por partidos de direita. Pessoalmente acho que a seguir ao 25/4/1974 foram cometidos muitos excessos que prejudicaram a economia do país e cujos efeitos ainda hoje perduram.

Católico significa universal, para todos, daí eu ser europeista e até "universalista", defender a existência de um directório mundial para promover o bem comum que geralmente não é o resultados da soma dos interesses e poderes de cada pais.

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 25 de October de 2005 20:31

Camilo, entenda a pedagogia de Jesus em seu tempo... segundo padre Rubio- livro O encontro com Jesus Cristo Vivo- pg59 a 65.

"Entre os beneficiários do Reino, sempre gratuito, estão os pobres.Não devido a algum mérito especial deles, porém pela situação de injustiça em que se encontram faz com que o Deus do Reino intervenha em seu favor, assim como pelas crianças e mulheres naquela tempo.
Jesus quis dizer que não participarão do Reino aqueles que marginalizam, que permitem que outros sejam injustiçados ou que simplesmente se omitem diante da injustiça."
Lc 6,24;16,19-31.Tg4,13-5,6
A riqueza leva facilmente a uma falsa segurança( Lc 12,16-21)e a idolatria( Mt6,24)
Se o Deus do Reino for aceito de verdade ,a riqueza não poderá ser o objetivo prioritário.
Uma vez acolhido o Deus do Reino a pessoa vai aprendendo a partilhar e a colocar-se a serviço das outras.
A pessoa fechada em sua riqueza, pode até ser muito religiosa, mas não em relação ao Deus do Reino, pois se fecha ao dom do Reino.
Sendo assim a riqueza é vista por Jesus como um tremendo obstáculo á salvação: Mt 19,23-36.
Jesus viveu a pobreza não com agressividade ou ressentimento, mas simplesmente como expressão de sua liberdade e de sua opção pelo serviço ao Reino de Deus.Igual a sua opção celibatária.
Ao rico que se abre á proposta do Reino e vai aprendendo a colocar a sua riqueza a serviço dos empobrecidos e marginalizados Mt 5,3 a um recado.
Pobres em espírito são as pessoas que vão se esvaziando do orgulho e da autojustificação para viver a confiança no amor e misericórdia de Deus.Realidade interior profunda que expressa-se nos compromissos vividos a serviço dos pobres e injustiçados tanto no plano da ajuda concreta prestada a pessoas, quanto no plano estrutural ( luta para transformar estruturas economicas, sociais, politicas... que marginalizam e imnpedem a humanização de pessoa).
Veja a conversão de Zaqueu . Lc 19,8.
Deve haver um compromisso não apenas assistencial , mas concreto com a transformação das estruturas que criam a pobreza e a marginalização. Só assim o rico passa a viver a bem-aventurança.
LC 16,9 - Jesus contrasta o uso da riqueza por parte dos " filhos do mundo" e o uso que deve ser feito pelos discípulos, os " filhos da luz".Os primeiros representados pelo administrador desonesto, procuram a acumulação de bens a serviço do próprio interesse.
Os segundos são convidados a usar a riqueza para viver a solidariedade, a serviço dos pobres.
Toda riqueza é injusta , pois os modelos que temos geram pobreza e marginalização crescente para a maioria da população, enquanto possibilitam o fácil enriquecimento de uma minoria.
Diante do Deus do Reino estamos vivendo uma situação objetivamente injusta.
Injustiça objetiva e estrutural, que acontece independentemente da bondade ou maldade subjetiva da pessoa beneficiária das estruturas injustas.

Reconhecer que num sentido teológico profundo, somos detentores de riquezas injustas, neste nosso mundo concreto com suas estruturas, é um passo necessário para que nos convertamos á proposta do Reino.

Pouco adianta lamentar-se, angustiar-se, discutir eternamente a situação do país, etc.

Fazei amigos com essa riqueza injusta, já!
Colocai essa riqueza, quer seja muita, quer seja pouca, a serviço dos empobrecidos!
Trata-se do serviço prestado ás pessoas concretas e do serviço vivido no compromisso com a mudança das estruturas injustas.

Bem- aventurados os mais pobres entre os pobres, aqueles que , por doença ou por pesados condicionamentos psicológicos ou sociais, são incapazes de responder com responsabilidade á interpelação do Reino de Deus.Estes são convidados com total gratuidade a fazer parte do Reino.

Bem- aventurados os pobres que podem responder á interpelação do Reino.São milhões de homens, mulheres e crianças, deixados de lado pelo desenvolvimento unilateral tecnocrático.Se lhes solicita a resposta ao convite do Reino se abrindo ao dom de Deus e o compromisso do amor-serviço incluindo a prática da justiça.

Bem - aventurados os que não sendo pobres, optam pelos realmente pobres e se colocam a seu serviço, com sua riqueza, seu poder político, seus estudos, etc.
São convidados a participar do Reino igualmente com gratuidade, desde que sirvam."

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 26 de October de 2005 01:43

Camilo:

Prometo que vou pensar sobre este tópico. Tocaste numa parte substancial do meu âmago!


Sabes, quando eu tinha 15 anos, um dia ao jantar e a propósito de reportagem do Carlos Fino na Rússia, comecei a defender a boa prática das “Comunas agrícolas” e de como este sistema veria ser implementado no mundo inteiro, até porque, dizia eu, “Jesus também pedia que dividíssemos os nossos bens com os irmãos”! Bem, moral da estória, o meu pai ficou quase 2 semanas em estado de choque a achar que a filha era comuna. Mais tarde a minha irmã, na fase da adolescência, teve umas tiradas semelhantes, apesar de um pouco mais bloquistas!!!!

Enfim, foi na minha adolescência que a celebre frase - “O JC foi o 1º grande comuna” me fez imenso sentido, enfim…

Houve um estadista, creio que americano, já não sei com exactidão qual deles, que disse algo do género: na adolescência somos comunistas, na idade adulta somos tecnocratas e de direita e na velhice voltamos às ideologias por vezes de esquerda. Não sei com exactidão a frase, nem me lembro quem o disse, se alguém souber, seria interessante que a reproduzisse.

Se calhar o Freitas do Amaral encaixa nesta lógica…

Também consta que “todo o bom Social Democrata foi comuna na adolescência”!!!!!!! Se isto for verdade, ainda que uma verdade relativa, e atendendo a que o PSD é o partido com mais militantes no país, já imaginam a quantidade de “comunas” de provecta idade que vai haver Portugal? ehehhehehe

Brincadeiras à parte…prometo que vou reflectir, em profundidade e extensão, sobre o que disseste.

Mas Mudando de assunto, como é no “teu” “directório mundial” aplicas o bem comum, sem que este seja o somatório dos “interesses e poderes de cada pais”? Como é que ultrapassas o problema da soberania?








Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 27 de October de 2005 01:31

Camilo: encontrei estes textos de António Marujo sobre o Congresso Deus no Século XXI e o Futuro do Cristianismo, os textos foram copiados da edição impressa do Jornal Público on line e o congresso terminou a 11 de Setembro de 2005

[quote]As coincidências de Karl Marx com a Bíblia[/quote]
António Marujo

[quote]"Enrique Dussel diz que exploração e domínio exercidos pelos países ricos são uma forma de sacrifícios humanos

Karl Marx não fez mais, em algumas das sua análises económicas, do que repetir afirmações bíblicas, nomeadamente sobre a situação das camadas mais pobres, defendeu ontem o filósofo político Enrique Dussel, mexicano, durante uma das sessões do congresso Deus no século XXI e o futuro do cristianismo.
Perante uma plateia que, no final, se manifestou entusiasmada com a sua intervenção, Dussel fez um percurso histórico pelo processo da globalização, afirmando que os descobrimentos foram um reconhecimento das descobertas antes feitas pelos chineses. O filósofo condenou ainda o eurocentrismo do pensamento dominante e defendeu que as primeiras críticas à modernidade foram feitas por vários membros da Igreja - entre os quais, o frade dominicano Bartolomeu de las Casas.
Entre a vasta obra e a meia centena de livros que já publicou, Dussel escreveu um comentário às quatro redacções de O Capital, a obra principal de Marx, bem como uma História da Igreja na América Latina e uma Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. "Figura de renome mundial", foi como Anselmo Borges, organizador do congresso, se lhe referiu.

O filósofo que já foi carpinteiro
Entre 1959 e 1961, o filósofo esteve em Belém, na Terra Santa, a trabalhar como carpinteiro. Nascido na Argentina há 70 anos, Dussel sofreu, em 1973, um atentado à bomba, no período da ditadura militar. Exilou-se no México, acabando por se naturalizar. Foi também professor de Oscar Romero, o bispo de El Salvador assassinado há 25 anos, e de vários teólogos da libertação, a corrente que defende uma intervenção da Igreja a partir dos mais desfavorecidos.
Com uma intervenção situada entre a filosofia, a política, a teologia e a economia, Enrique Dussel recordou que, em 1421, o centro do mundo estava na China, então com 150 milhões de pessoas (60 milhões na Europa): a economia, o papel, a indústria da porcelana, tudo vinha de lá. O mundo muçulmano estendia-se entretanto da Península Ibérica às Filipinas e a Europa era "periférica".
Por isso, hoje, volta a ser preciso de novo ter atenção ao gigante asiático, diria ao PÚBLICO, referindo-se não só às questões económicas como também à vasta cultura chinesa.

"Quem não paga o justo salário é um homicida"
O filósofo cita depois uma passagem do livro bíblico do Eclesiástico: "O pão dos indigentes é a vida dos pobres; quem o tira é um homicida, quem não paga o justo salário é um homicida." Foi este texto que, lido por Bartolomeu de las Casas, o converteu num defensor dos índios, contra o invasor espanhol.
Seria influenciado também por textos como este que Karl Marx escreveria várias das suas obras, disse Dussel. "O Eclesiástico e Marx coincidiam", mas os cristãos estavam rendidos ao fetichismo do capital, afirmou.
O problema actual, entretanto, é que a Europa se constituiu no centro do mundo e "fez do resto do mundo as periferias". Exploração e domínio são palavras usadas por Dussel para definir a relação que a Europa e os Estados Unidos mantêm com o resto do mundo.
Há como que um sacrifício humano aos ídolos, diz o filósofo. Partindo das expressões judaicas para trabalhar a terra (que significa produzir ou fazer um serviço) e para ser humano (carne e sangue), Dussel diz que os dominadores, tal como os conquistadores do século XV, exploram os que trabalham a terra, oferecendo-os no altar do capital.



[quote]Teologia deve partir da ciência[/quote]

[quote]"A ciência explica o mundo a nível empírico e físico, e a teologia deve partir daí e não lutar contra isso", disse ontem ao PÚBLICO o teólogo galego Andrés Torres Queiruga à margem do congresso Deus no século XXI, que hoje termina em Valadares, Gaia. A teologia deve mesmo compreender "que tudo o que funciona no mundo funciona por leis internas e não por intervenções sobrenaturais, sejam malignas e demoníacas, sejam benignas e divinas", acrescentou.
Ontem, além de uma intervenção de Adriano Moreira, no fim do dia, sobre as religiões e as estratégias político-militares, boa parte do tempo foi dedicada ao debate sobre religião e ciência, com Torres Queiruga e os portugueses Joaquim Fernandes, Alexandre Castro Caldas e Rui Coelho. No início da manhã de hoje, Fernando Regateiro e Daniel Serrão abordarão questões relativas à bioética e aos "genes, humanismo e transcendência". Na sua intervenção de ontem, sobre fé e ciência, Torres Queiruga afirmara ser necessário "tomar a ciência a sério como plataforma para compreender melhor a fé". Admitindo que ainda há gente que "não aceita a evolução científica", referiu que a mudança cultural da modernidade foi o "terramoto" que obrigou a alterar os modos de ler a Bíblia. Num aparente paradoxo, "hoje temos uma leitura muito mais espiritual e religiosa da Bíblia" do que no século XIX.
Queiruga advoga o diálogo entre os dois universos, no respeito mútuo. "A ciência tem também o perigo de achar que sabe tudo, que tem razão em tudo. Mas não: a ciência tem razão no seu campo. Há aspectos da vida que a ciência não pode abordar. Trata-se de distinguir os campos, para os colocar em diálogo. E a fé ficará a ganhar."
O congresso, que assinala os 75 anos da Sociedade Missionária da Boa Nova, uma congregação católica fundada em Portugal, tem sido louvado pela generalidade dos participantes pelo seu elevado nível científico. Na manhã de hoje, falarão ainda o espanhol Juan Masiá Clavel, sobre Diálogo inter-religioso a partir de baixo, e o dominicano português Bento Dominges, acerca de uma "moratória para as missões"
A terminar, o alemão Johann Baptist Metz abordará o futuro do cristianismo na Europa do século XXI. Metz foi impedido pelo então arcebispo de Munique, Joseph Ratzinger - o actual Papa Bento XVI - de ensinar teologia na universidade católica. Os dois homens estão entretanto reconciliados."[/quote]

A.M.

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 27 de October de 2005 23:13

Tony
Seria interessante um aprofundamento numa globalização derrubando velhos paradigmas históricos como amigo- inimigo e alicerçado numa Hospitalidade Maior.
Quem conhece a CARTA Da TERRA de 2000?
Chris

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 27 de October de 2005 23:23

Chris

"CARTA Da TERRA de 2000", Boa!

Podes colocá-la aqui? Seria óptimo voltar a lê-la.

È pena que tenha ficado no plano dos princípios e boas intenções.

Vês algumas mudanças fruto destes princípios?

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 27 de October de 2005 23:47

Mas Mudando de assunto, como é no “teu” “directório mundial” aplicas o bem comum, sem que este seja o somatório dos “interesses e poderes de cada pais”? Como é que ultrapassas o problema da soberania?


Eu defendo que a soberania dos paises não deve ser um direito absoluto. Na teoria isso já está previsto pela ONU, a possibilidade de intervir em casos de genocidio mas na pratica nem no evidente genocidio ruandes a ONU interveio.

Discute-se nas instanciais internacionais algumas limitações que devem ser feitas ao direito de soberania dos estados para evitar graves abusos sobre a sua propria população. Eu não tenho nenhuma solução milagrosa mas defendo que a nivel mundial devemos seguir o caminha que a UE já está a seguir, em que um orgão internacional tem mais poderes para promover o bem comum.

É certo que os estados perdem soberania mas essa perca deve beneficiar quase todos a longo prazo.

Re: influencias cristãs na genese do marxismo
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 27 de October de 2005 23:55

Camilo:

vou rezar para que o teu directório mundial se torne uma realidade…e depois vou sonhar com ele…porque “sempre que o homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida por entre as mãos de uma criança”. António Gedeão



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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