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Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 19:19


O Santo Sudário de Turim é tomado por muitos como uma relíquia falsa, igual às demais da mesma época. Isto considerado por muitos devido à mediatização de um estudo de 1988 em que, através da datação do Sudário por Carbono-14, o contextualizou como tendo sido criado por volta dos séculos XIII-XIV. Muito menos mediatizados foram os estudos subsequentes, bem como as críticas desde logo instauradas quanto à validade do próprio método de datação.

Mas existem pormenores muito mais surpreendentes acerca do Sudário, do que a simples contestação de uma datação. De facto, foram os resultados da datação que saltaram fora do contexto, já que todas as evidências encontradas apontam uma séria indicação para a autenticidade, de que foi aquele o pano em que Jesus Cristo foi envolvido após a morte, encontrando-se nele registos até hoje inexplicados de uma forma de radiação que nos é desconhecida e que se teria criado no momento exacto do fenómeno da Ressurreição. Cientistas dizem que fé e ciência nunca estiveram assim tão intimamente ligadas...

Entre os (pouquíssimos e cada vez mais contraditos) argumentos contra, há a registar também o peso do estudo de um investigador reconhecido na área da Microscopia, Walter McCrone, que afirmou ser o Sudário composto por pigmentos. [www.mcri.org]
Hoje, perante argumentos na área da Física, Química, Biologia, Medicina e Arte, esta conclusão também não subsiste.

Fica aqui uma explicação (Português do Brasil) que dá a entender sucintamente o que se passou com o Sudário nos tempos modernos (desde o séc. XIX), incluindo a desmistificação da datação de 1988. É um assunto apaixonante, intrigante e actual! :o)

Será esta a fotografia da Ressurreição do Filho de Deus? Nada aponta o contrário... Mas cautelosamente e por estar fora do seu domínio, a ciência nada pode afirmar (por enquanto...) de teológico...

«.Desenvolvimentos modernos

O interesse no Sudário renovou-se em 1898 DC, quando foi exposto para adoração em celebração do qüinquagésimo aniversário da constituição italiana. Durante essa exposição Secondo Pio, um fotógrafo profissional, fez uma série de chapas fotográficas do Sudário. Quando ele revelou as fotos, a imagem exposta não era um negativo, como seria esperado, mas ao invés uma imagem positiva. O que pareceu serem marcas sem conexão no Sudário revelou ser a imagem inconfundível de um homem! Uma avaliação subseqüente das imagens em 1902 DC por Yves Delage, professor de anatomia comparativa na Sorbonne, avaliou a imagem do corpo e posição das feridas tão anatomiamente precisas, que seria virtualmente impossível a um artista criá-las.

Em 1931 DC permitiu-se a Giuseppe Enrie fotografar o Sudário com equipamento fotográfico mais avançado e sem ter que bater as fotos através de um vidro protetor. Estas fotografias enfatizaram os detalhes do homem crucificado mais dramaticamente que as fotografias anteriores de Pio. Mais tarde, autoridades médicas que efetuaram avaliações com o auxílio de cadáveres constataram que as imagens são totalmente consistentes com a crucificação. Em 1973 DC, o Vaticano permitiu que se extraísse uma minúscula amostra do tecido do Sudário para avaliação. O estudo microscópico confirmou que o Sudário foi feito de linho, tecido em padrão espinha-de-peixe 3x1, com traços de algodão. O Dr. Max Frei-Sulzer, criminologista suíço, havendo analisado partículas de pó e pólen extraídas da superfície do Sudário, encontrou que parte do pólen que pode ser isolado pertencia a plantas exclusivas da área em torno do Mar Morto. Esses resultados conduziram à formação da equipe do Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim, num esforço para avaliar sistematicamente o Sudário, segundo uma metodologia científica moderna. Foram publicados os resultados finais do estudo da equipe PPST em 1981 DC. As conclusões oficiais a seguir foram reproduzidas literalmente daquele relatório:

"Não foram encontradas pinturas, tinturas ou manchas nas fibras. Radiografia, fluorescência e microquímica aplicadas às fibras excluíram a possibilidade de pintura como método de criação da imagem. Avaliação por raios ultra-violeta e infra-vermelhos confirmam estes estudos".

"Definição da imagem por computador e análise por um dispositivo conhecido como analisador de imagem VP-8 revelaram que a imagem tem codificada em si informação tridimensional, sem igual".

"A avaliação microquímica não indicou qualquer evidência de especiarias, óleos ou elementos bioquímicos conhecidos passíveis de serem produzidos pelo corpo em vida ou na morte. Está claro que houve um contato direto do Sudário com um corpo, o que explica certas características, como marcas de açoite e de sangue ".

"Entretanto, enquanto este tipo de contato poderia explicar algumas das características do torso, é totalmente incapaz de explicar a imagem da face com a alta resolução amplamente demonstrada através de fotografia".

"O problema básico, do ponto-de-vista científico, é que algumas explicações sustentáveis do ponto-de-vista químico são impedidas pela Física. Ao reverso, certas explicações físicas que podem ser atraentes são completamente impedidas pela Química. Uma explicação satisfatória para a imagem do Sudário tem que ser cientificamente razoável do ponto-de-vista físico, químico, biológico e médico. No presente, esse tipo de solução não parece estar ao alcance da equipe que estuda o Sudário. Além disso, experiências realizadas em física e química com linho velho não têm sido capazes de reproduzir adequadamente o fenômeno do Sudário de Turim. O consenso científico é que a imagem foi produzida por algo que resultou em oxidação, desidratação e conjugação da estrutura polissacarídica das microfibras do próprio linho. Tais mudanças podem ser reproduzidas no laboratório por certos processos químicos e físicos. Um tipo semelhante de mudança em linho pode ser obtido com ácido sulfúrico ou calor. Porém, nenhum método químico ou físico conhecido pode responder pela totalidade da imagem, nem o pode qualquer combinação de circunstâncias físicas, químicas, biológicas ou médicas adequadamente".

"Assim, a resposta para a pergunta de como a imagem foi produzida ou o que produziu a imagem permanece agora, como no passado, um mistério. Podemos concluir por ora que a imagem do Sudário é a real forma humana de um homem açoitado e crucificado. Não é o produto de um artista. As manchas de sangue são compostas de hemoglobina e também foram positivadas em teste para albumina de soro. A imagem é um mistério contínuo e até que sejam feitos estudos químicos adicionais, talvez por este mesmo grupo de cientistas ou talvez por cientistas do futuro, o problema permanece não solucionado ".

A pergunta principal que remanesce sem resposta, além de como a imagem no Sudário foi criada, tem a ver com a datação do Sudário: quão velho é o próprio linho? Em 1988 DC, o Vaticano permitiu que fossem extraídas pequenas amostras do tecido do Sudário para datação por Carbono.

.Datação do Sudário por Carbono - Observação e Erro

A datação por Carbono-14 realizada em 1988 DC por de três laboratórios independentes, concluiu que o tecido do Sudário datava aparentemente de 1260-1390 DC. Infelizmente, os laboratórios envolvidos pareceram menosprezar os efeitos químicos das condições às quais o Sudário havia sido exposto ao longo sua existência, ...incluindo fogo e água em 1532 DC. Tanto o fogo como o modo como o Sudário foi mantido pediam uma limpeza cuidadosa das tramas do tecido da amostra com solventes especializados... mas aparentemente só foram realizadas limpezas comuns. Como resultado, a avaliação por Carbono-14/Carbono-12 foi distorcida pela presença de elementos biogênicos que levaram os resultados a indicar uma data mais recente do que de fato era o caso. Realmente, os Drs. Garza-Valdes e Mattingly, da Universidade do Texas, examinaram várias amostras do Sudário em 1995, utilizando técnicas de avaliação microscópicas, e acharam o Sudário coberta com biovernizes... como indicação de dificuldades potenciais com datação por Carbono.

E mais, a presença de fogo, água e prata fundida num recipiente semi-fechado deveria ter constituído uma "luz vermelha" quanto à confiabilidade do processo de datação. Tal combinação de reagentes químicos indica aqueles produtos combustíveis na hora do fogo poderiam ter interagido química ou fisicamente com Carbono no linho, por uma série de reações que, gerando um mecanismo cruzado, poderiam distorcer as concentrações relativas de isótopos de Carbono e criar grupos de carboxyl na superfície do Sudário. Estes processos sozinhos poderiam distorcer a taxa Carbono 14/Carbonoo 12 em 10-20%, resultando na dedução duma data muito mais recente, pelo processo de datação com Carbono, que a que era de fato o caso. Os Drs. Dmitri Kouznetsov e Andrey Ivanov do Laboratório de Pesquisa Biopolymer Sedov de Moscou executou uma série de experiências em 1994 DC e 1995 DC, as quais parecem confirmar esta observação.

Os efeitos combinados de verniz biogênico e da troca de Carbono induzida pelo fogo interfeririam dramaticamente na datação da amostra do Sudário, tornando-o muito mais velho do que a datação por Carbono em 1988 DC indicariam caso contrário. Além disso, antes destes testes, pequenas amostras residuais de "sangue" retiradas do Sudário na área da cabeça foram testadas pelos Drs. Alan Adler e John Heller, da equipe PPST. Os resultados destes testes foram publicados no Jornal da Sociedade Canadense de Ciência Forense, Vol.14, No.3 (1981). Os resultados dos testes revelaram uma dúzia de notáveis indicadores positivos para presença de sangue humano na amostra do Sudário examinada. Qualquer uma dessas é aceita como prova forense da presença de sangue. Combinadas, as provas são irrefutáveis.

Mais ainda, há evidências na imagem do Sudário de 120 marcas de açoite, alguns só visíveis sob luz Ultra-violeta, localizados no torso e pernas. Além disso, as feridas ao redor da cabeça, nos pés, logo acima dos pulsos e no lado esquerdo do corpo, entre as costelas, correspondem completamente com a descrição da crucificação de Jesus nos Evangelhos. As feridas do pulso são particularmente notáveis, pois uma ferida como essa secionaria o nervo que controla o posicionamento do polegar, fazendo-o dobrar-se para dentro da palma da mão... precisamente o que pode ser observado no homem no Sudário!!»


Isto é parte de um artigo que encontrarão na íntegra em:

[www.jesuscristo.kit.net]

A não perder!

Aconselho também, vivamente, os seguintes sítios:

[www.shroud.com]

[www.shroudstory.com]

Existe um relato extraordinariamente elucidativo e contada de forma muito agradável, que nos possibilita uma visão global da questão sob todos os pontos de vista. Se não lerem mais nada sobre este assunto, leiam isto:

[www.shroudstory.com]

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 19:22


«A datação científica final do Sudário terá ainda de ser realizada, uma vez que o Vaticano tem que aprovar a extração de amostras adicionais a serem usadas para datação radiométrica ou qualquer outro método que venha a ser considerado útil na averiguação da idade correta do Sudário.

Porém, pode-se definitivamente afirmar que o Sudário contém a imagem de um homem crucificado exatamente da mesma maneira que Jesus de Nazaré; está encrustado com sangue humano - tipo AB - e frações sangüíneas, inclusive pigmentos de bílis e albumina; revela indicações visíveis e invisíveis de açoites; e de alguma maneira a imagem foi criada por um processo tridimensional que ainda é desconhecido em 1996AD.

O Sudário não é uma pintura de tipo algum, não é uma forma primitiva de fotografia e não exibe qualquer evidência de ter sido feita por mãos humanas.

É um enigma principalmente por causa da controvérsia que cerca a datação por Carbono e a maneira desconhecida pela qual a imagem foi impressa no tecido... Se for provado que o tecido data do primeiro século, subseqüentemente a isso será demonstrado que se trata do pano funerário de um homem do Oriente-Próximo - quase certamente um judeu - severamente açoitado e depois crucificado, que foi embrulhado num pano de linho não lavado, de acordo com o Halachah, e foi realizado em rígido acordo com a Lei judaica; que usava um rabo-de-cavalo, símbolo de resistência contra ocupação romana na Palestina do primeiro século; que teve feridas profundas nos pulsos e pés; que feridas de perfuração cercam a fronte dele; que há uma ferida profunda no lado esquerdo, entre as costelas mais baixas, mostrando evidência de sangue e fluido; e um homem cuja imagem foi impressa no Sudário de um modo que até hoje desafia explicação.

Será que a tecnologia científica moderna, o resultado-último do materialismo racionalista, está a ponto de tornar conhecido ao mundo, ao término do vigésimo século, o fato de que a crucificação e Ressurreição de Jesus Cristo não é um mito antigo???..... Que a Ressurreição de Jesus Cristo é uma realidade física!

Não é interessante que só agora, no final do vigésimo século, a tecnologia humana possa descobrir o fato de que a imagem do Sudário tem características tridimensionais sem igual, que o Sudário contém sangue humano masculino tipo AB, que a pessoa foi açoitada 120 vezes por dois flagrum romanos e que a imagem aparece como que se tivesse sido impressa no tecido por uma energia ou erupção de substância química do corpo que conteve - num processo que ainda é desconhecido! Talvez o Sudário tenha sido destinado justamente a este tempo..... uma testemunha para nos despertar para a realidade da Ressurreição!»


[www.jesuscristo.kit.net]


João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 20:07

Vamos tentar ser racionais e científicos.

1 - O processo de datação por carbomo 14 é um processo aceite pela comunidade científica como váilido. Ao fazerem a primeira investigação científica autorizada pelo vaticano, os cientistas utilizaram os procedimentos de rigor que implicam tal processo. Tratou-se de três laboratórios independentes, habituados a datar materiais, inclusive tecidos, submetidos a fogo e a imtempéries.AS conclusões foram as referidas - A datação por Carbono-14 realizada em 1988 DC por de três laboratórios independentes, concluiu que o tecido do Sudário datava aparentemente de 1260-1390 DC. lOGO, DO PONTO DE VISTA CIENTÍFICO AQUELE NÃO pODIA SER O sUDÁRIO QUE ENVOLVEU jESUS.
2 - Se alguém coloca em dúvida estes resultados, a solução seria fácil - repetir o processo de datação. Ora o Vaticano não tem autorizado fazê-lo. Talvez porque se considere suficientemente esclarecido sobre esses aspecto e não tenha dúvidas.

2 - O processo de morte por cruxificação é um facto histórico... Milhares de judeus morreram e foram sepultados dessa forma. Quanto ao penteado em rabo de cavalo, parece não ser esse o que a imagem em negativo sugere, mas isso é uma questão menor.
3 - Ainda hoje, e estamos no século XXI, por alturas da Páscoa algumas pessoas num impulso místico autodestrutivo reproduzem em simesmas a crucificação, fazendo-se açoitar, pregar na cruz e usando coroas de espinhos... Portanto uma das hipóteses possíveis é a do sudário ser de um autêntico crucificado dos seculos XIII onde as autoflagelações e automutilações religiosas aliadas aum profundo misticismo eram frequentes.
4 - O facto de haver sangue humano no sudário não é uma prova científica da sua veracidade enquanto sudário de Jesus.

5 - Durante toda Idade Média proliferaram as falsas relíquias, aliás objecto de comércio rentável. Algumas fazem-nos sorrir pela sua ingenuidade, mas outras eram bastante elaboradas e implicavam manuseamento de produtos químicos e técnicas de impressão em tecidos. Éxistiram vários sudários de jesus, que se perderam nos tempos, mas este teve alguma notoriedade apenas por causa das técnicas fotográficas usadas e da imagem revelada. Se lerem lerem " A relíquia" do nosso Eça ou o livro "Baudolino" de umberto eco, vão encontar descrições engraçadas de como se fabricavam "relíquias verdadeiras".

& - A morte de jesus pode ser considerado um facto alvo de investigação hsitórica. A ressurreição de Jesus é uam questão de Fé!!!

ana

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 20:48


Já agora, uma advertência: os argumentos que criticam a datação de 1988 são muitas vezes mal focados. Uns apontam um certo descuido propositado da parte dos investigadores, outros para a validade das experiências do Dr. Dmitri Kouznetsov, outros ainda para a possibilidade da amostra extraída ter sido dum remendo realizado em tempos medievais. Estas razões devem ser consideradas como superficiais e infundadas.

Vejam este artigo, que é uma apresentação em relação à situação actual da discussão sobre o Sudário, como se podem enterrar as divergências do passado e continuar em frente com os estudos. O autor, Ian Wilson, que acredita na autenticidade do Sudário, expõe com toda a imparcialidade e honestidade como se situa a questão particular da datação de 1988 nas mentalidades actuais.

O argumento, bastante discernido e amadurecido, apresentado para a falibilidade das conclusões às quais se chegaram, aponta o facto da amostra recolhida ser de uma área extremamente manuseada, por onde se chegava a pendurar o Sudário nas exposições ao longo da sua história, comportando portanto um alto risco de contaminação microbiológica. Também existem falhas na documentação fotográfica das amostras, incompleta nos três estudos realizados (Oxford, Zurique e Arizona), que representa uma falha metodológica grave neste tipo de estudo arqueológico. Faltou também uma análise química. No processo de datação, as amostras são destruídas e seriam necessárias fotografias de ambas as faces para estudo posterior, bem como os dados químicos para a avaliação e apuramento das conclusões. É que, sendo destruídas todas as provas do material em estudo, as conclusões do estudo são a palavra final, com toda a autoridade. Não havendo fotografias nem dados acerca da constituição química do material analisado, fica-se de mãos atadas e apenas se pode duvidar da veracidade das conclusões que se alcançou, entrando numa controvérsia sem resolução. Até que se faça um novo estudo, desta vez aproveitando todo o conhecimento alcançado entretanto, a controvérsia manter-se-á. É que houveram descobertas realmente revolucionárias: os estudos do Dr. Garza-Valdes acabaram por modificar o modo como a comunidade científica olha para a datação por Carbono-14...

Podemos sintetizar assim: a superfície do Sudário tem uma cobertura bioplástica constituída por uma camada transparente de contaminantes microbiológicos acumulados com espessura suficiente para causar um erro de 1300 anos na datação do Sudário. Isto está corroborado por investigações realizadas por Garza-Valdes, o Prof. Mattingly e a egiptóloga Dra. Rosalie David, bem como pelo Prof. Harry Gove, co-inventor do mesmo método de datação AMS que foi usado para a datação do Sudário em 1988 e que tomou com séria consideração os argumentos de Garza-Valdes. Eles levaram a cabo uma importante experiência com uma múmia e os seus panos de linho envolventes, encontrando uma cobertura bioplástica similar à do Sudário, mas significativamente menos espessa, e que revelou uma discrepância de 550 anos na datação em relação aos resultados obtidos anteriormente pelo Carbono-14... Por extrapolação e por estudos em amostras do Sudário, que infelizmente, por não terem sido uma investigação com o devido reconhecimento oficial (conduzindo tecnicamente à falta de credibilidade devido à falta da validação que deve acompanhar os estudos), considera-se que a maior espessura da cobertura encontrada no Sudário leve à conclusão de que este seja cerca de 1300 anos mais antigo do que é considerado desde datação de 1988. O que seria um grande revês na sua popularidade, devido às implicações teológicas que envolvem toda a questão... Resta-nos esperar que desta vez lhe seja dada a mesma cobertura mediática...

Enfim, foram estas omissões (a par com aquilo que não se sabia) que levaram a muito escárnio por parte de quem acredita na autenticidade, que viu a sua posição absolutamente posta em causa e desacreditada, e cujos ressentimentos se procura agora apaziguar.

De momento, investiga-se e aperfeiçoa-se ainda em múmias egípcias antigas e os seus linhos envolventes o método pelo qual se pode excluir a influência que a cobertura bioplástica tem nos testes de datação. Antes de uma nova datação do Sudário, deverá haver suficiente documentação científica, pois uma nova exposição do Sudário é altamente indesejável, por motivos de conservação. No entanto, amostras extraídas em 1988 e que ainda hoje existem talvez sejam suficientes, não sendo nem necessário um novo "assalto" ao Sudário. Fiquemos à espera dos desenvolvimentos...

[www.shroud.com]


João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 21:19


Ana, espero que esta última mensagem, acompanha por uma actualização dos teus conhecimentos em relação a este assunto (que podes realizar visitando os dois sítios que citei - [www.shroud.com] & [www.shroudstory.com] , mas em especial [www.shroudstory.com] ), seja esclarecedora acerca das "certezas" que se tinha e ainda se tem em relação ao Santo Sudário. Para além do mais, serão certamente surpreendentes para ti, como para toda a gente que disso sabe com isenção, os resultados interdisciplinares que refutam TOTALMENTE a hipótese de fabricação humana. Aliás, essa é uma das poucas conclusões a que os estudiosos mais próximos já chegaram EM CONSENSO! Sabes porquê? É que nem hoje se consegue produzir algo de semelhante em todos os aspectos, quanto mais nos séculos XIII ou XIV, significativamente antes de uma pintura tão realista como aquela que estaria no Sudário ser desenvolvida!! Antes de se saber o que era o negativo de uma fotografia e tantos pormenores circunstanciais que nenhum falsificador PRECISARIA criar para convencer toda a gente da sua autenticidade, DE FORMA ALGUMA, tanto mais quanto só recentemente se poderia averiguar tal autenticidade...

ACHAS INCRÍVEL?? POIS É DISSO MESMO QUE ESTAMOS A FALAR...! Por isso é que é um assunto tão interessante e cativante, devido às implicações que tem! Embora poder vir a ser uma confirmação extremamente significativa na historicidade da própria Ressurreição, esta nunca deixará de ser um "acontecimento para a fé", pois como sabemos sempre se inventam as mais fabulosas alternativas a milagres, sendo este o maior de todos. Certamente que não lhe vão faltar críticas e perspectivas alternativas. No entanto, é deslumbrante considerar que este assunto é ainda amplamente discutido entre os estudiosos... que, MUITO PELO CONTRÁRIO, não consideram os resultados obtidos em 1988 como satisfatórios, mas continuam a procurar coerência entre tudo aquilo que já conhecem sobre o Sudário, necessitando de uma nova datação, que tenha em conta os cuidados que citei anteriormente. Por outro lado, a Igreja tem grandes reservas para com as exposições do Sudário, já que o tem EM GRANDE CONTA, e não como uma mera peça como qualquer outra. No entanto, ninguém reconhece "oficialmente" a sua autenticidade, e não me parece que tal suceda mesmo depois dos testes que o hão-de contextualizar no I séc., pois tal é verdadeiramente desnecessário e em certa medida redutor do mistério da Ressurreição.

Realmente, estamos perante um daqueles casos sobre os quais afirmou David Hume, que "[…] nenhum testemunho é suficiente para demonstrar um milagre, a não ser que o testemunho seja de natureza tal que a sua falsidade seja mais milagrosa do que o facto que tenta demonstrar". David Hume, «Dos Milagres» (1748)

Neste caso, temos implicações muito objectivas, contrárias àquelas que Richard Dawkins atribui ao "Sol" no milagre de Fátima (cf. [www.criticanarede.com] ), ainda que não tenha consciência da interpretação subjectiva de quem explicou o fenómeno (resta salientar que houveram outras perspectivas e explicações complementares, mas isso é outra conversa).

Obrigado Ana, por seres aqui como que o "advogado do diabo"... ;o) Mas deixa-me que te diga que é muito reprovável comentar de forma tão negativa e descridibilizadora algo que, ao certo, muito pouco se sabe, como é certamente o teu caso. O Santo Sudário de Turim é uma peça arqueológica única, diferenciando-se de todos esses outros "sudários" (que "por acaso" são todos inspirados neste!!!) de forma extremamente distinta e ainda muito incompreendida.

Este assunto é realmente actual pois entre Junho e Julho deste ano o Sudário foi submetido a um restauro profundo.

Os resultados podem ser observados aqui:

[www.shroud.com]

[www.sindone.org]

No entanto, os investigadores comentam que houveram mazelas terríveis no Sudário durante a restauração, o que está em discussão em:

[www.shroud.com]


João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 21:31

Como já disse noutro site, o que caracteriza o conhecimento científico é a mudança.
Mas se o vaticano não admite nova investigação deve ter razões ponderosas para o fazer...
Mais que uma falsa relíquia, estamos perante uma falsa questão. A falta de autenticidade do Sudário não põe em causa a crença dos cristão na Ressurreição de Jesus!!
Mesmo que tivesse sido demonstrado que o Sudário é autêntico ( e , repito, não foi), isso apenas provaria que jesus existiu, que a sua morte na cruz corresponderia á descrição do evangelho e que foi sepultado segundo os rituais judaicos. Não seria prova histórica de mais nada....

Muito menos da ressurreição!!!!!!!

Essa é uma questão de FÈ!! E não depende de crenças em bocados de tecido....


ana

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 21:46


Ó Ana, muito antes de vermos demonstrada a verdade em que acreditamos há quase 2000 anos, já ela era proclamada, defendida e morria-se por ela.

O Sudário não vem modificar o conteúdo da fé, senão apenas introduzir mais conhecimentos históricos acerca de quem foi Jesus, como viveu e como morreu.

Não, esta não é uma "falsa questão" porque temos o Sudário em mãos. Ninguém inventou nada. E é precisamente aí que está o deslumbramento da descoberta! Tu que louvas tanto o conhecimento científico apesar de qualquer sentimento interior de desadequação àquilo que é moralmente aceitável, privas agora a ciência de explorar o mais enigmático artefacto de todos os tempos??? Tens medo das conclusões? Tens medo do que não sabes nem queres saber? Se não medo, o que há a temer?

A questão mais problemática é a de que a datação que resultou do teste por Carbono-14 é CONTRADITÓRIA com os dados das várias disciplinas que investigam o próprio Sudário. Esse é que é o problema. E se a próxima datação nos indicar que ele é realmente do I séc., ainda restaria a dúvida acerca da natureza da imagem no Sudário e o fenómeno desconhecido e provavelmente irrepetível que o criou!!

Parece-me que ainda não pensaste bem nisto... É que as evidências são avassaladores!! Informa-te melhor, pensa livre mas conscientemente sobre o assunto e depois comenta com mais propriedade...

Leiam lá o [www.shroudstory.com]

Penso que isso seja suficiente como introdução, cultura geral embora já bastante aprofundada, escrita de forma leve, sobre tudo o que rodeia o Sudário, indo directamente à questão essencial: será esta a prova física da Ressurreição? Não desafia tal prova as concepções menos "físicas", "reais", "históricas" da própria Ressurreição que vários teólogos "revisionistas" propõem e gostam de imaginar hoje em dia?

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 21:51

", ma in mancanza di prove noi crediamo che la Sindone sia un'icona di Cristo e la sua immagine evochi la passione e la morte di Cristo. La Sindone è dunque via di contemplazione, nella fede. " - Fonte -vaticano

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 22:00


Sim, é o que se pode dizer desde já: que o Santo Sudário de Turim é um ícone (sem se apontar a origem - isso já seria intrometer-mo-nos em domínios científicos) e a sua imagem evoca a Paixão e a Morte de Cristo. É uma via para a contemplação, na fé.

E...? Poderia-se acrescentar que também "evoca" a própria Ressurreição.

Mais valioso testemunho deu João Paulo II, quando referiu que o Sudário é um "desafio à inteligência":

ADDRESS OF HIS HOLINESS POPE JOHN PAUL II

Domingo, 24 Maio 1998

«Dear Brothers and Sisters,

1. With my gaze turned to the Shroud, I would like to extend a cordial greeting to you all, the faithful of the Church of Turin. I greet the pilgrims who have come from every part of the world at the time of this public exposition to look at one of the most unsettling signs of the Redeemer's suffering love.

As I entered the cathedral, which still shows the scars of last year's terrible fire, I paused in adoration before the Eucharist, the sacrament which is the focus of the Church's attention and, under humble appearances, contains the true, real and substantial presence of Christ. In the light of Christ's presence in our midst, I then stopped before the Shroud, the precious Linen that can help us better to understand the mystery of the love of God's Son for us. Before the Shroud, the intense and agonizing image of an unspeakable torment, I wish to thank the Lord for this unique gift, which asks for the believer's loving attention and complete willingness to follow the Lord.

2. The Shroud is a challenge to our intelligence. It first of all requires of every person, particularly the researcher, that he humbly grasp the profound message it sends to his reason and his life. The mysterious fascination of the Shroud forces questions to be raised about the sacred Linen and the historical life of Jesus. Since it is not a matter of faith, the Church has no specific competence to pronounce on these questions. She entrusts to scientists the task of continuing to investigate, so that satisfactory answers may be found to the questions connected with this Sheet, which, according to tradition, wrapped the body of our Redeemer after he had been taken down from the cross. The Church urges that the Shroud be studied without pre-established positions that take for granted results that are not such; she invites them to act with interior freedom and attentive respect for both scientific methodology and the sensibilities of believers.

3. For the believer, what counts above all is that the Shroud is a mirror of the Gospel. In fact, if we reflect on the sacred Linen, we cannot escape the idea that the image it presents has such a profound relationship with what the Gospels tell of Jesus' passion and death, that every sensitive person feels inwardly touched and moved at beholding it. Whoever approaches it is also aware that the Shroud does not hold people's hearts to itself, but turns them to him, at whose service the Father's loving providence has put it. Therefore, it is right to foster an awareness of the precious value of this image, which everyone sees and no one at present can explain. For every thoughtful person it is a reason for deep reflection, which can even involve one's life. The Shroud is thus a truly unique sign that points to Jesus, the true Word of the Father, and invites us to pattern our lives on the life of the One who gave himself for us.

4. The image of human suffering is reflected in the Shroud. It reminds modern man, often distracted by prosperity and technological achievements, of the tragic situation of his many brothers and sisters, and invites him to question himself about the mystery of suffering in order to explore its causes. The imprint left by the tortured body of the Crucified One, which attests to the tremendous human capacity for causing pain and death to one's fellow man, stands as an icon of the suffering of the innocent in every age: of the countless tragedies that have marked past history and the dramas that continue to unfold in the world. Before the Shroud, how can we not think of the millions of people who die of hunger, of the horrors committed in the many wars that soak nations in blood, of the brutal exploitation of women and children, of the millions of human beings who live in hardship and humiliation on the edges of great cities, especially in developing countries? How can we not recall with dismay and pity those who do not enjoy basic civil rights, the victims of torture and terrorism, the slaves of criminal organizations? By calling to mind these tragic situations, the Shroud not only spurs us to abandon our selfishness but leads us to discover the mystery of suffering, which, sanctified by Christ's sacrifice, achieves salvation for all humanity. Death is not the ultimate goal of human existence

5. The Shroud is also an image of God's love as well as of human sin. It invites us to rediscover the ultimate reason for Jesus' redeeming death. In the incomparable suffering that it documents, the love of the One who "so loved the world that he gave his only Son" (Jn 3: 16) is made almost tangible and reveals its astonishing dimensions. In its presence believers can only exclaim in all truth: "Lord, you could not love me more!", and immediately realize that sin is responsible for that suffering: the sins of every human being.

As it speaks to us of love and sin, the Shroud invites us all to impress upon our spirit the face of God's love, to remove from it the tremendous reality of sin. Contemplation of that tortured Body helps contemporary man to free himself from the superficiality of the selfishness with which he frequently treats love and sin. Echoing the word of God and centuries of Christian consciousness, the Shroud whispers: believe in God's love, the greatest treasure given to humanity, and flee from sin, the greatest misfortune in history.

6. The Shroud is also an image of powerlessness: the powerlessness of death, in which the ultimate consequence of the mystery of the Incarnation is revealed. The burial cloth spurs us to measure ourselves against the most troubling aspect of the mystery of the Incarnation, which is also the one that shows with how much truth God truly became man, taking on our condition in all things, except sin. Everyone is shaken by the thought that not even the Son of God withstood the power of death, but we are all moved at the thought that he so shared our human condition as willingly to subject himself to the total powerlessness of the moment when life is spent. It is the experience of Holy Saturday, an important stage on Jesus' path to Glory, from which a ray of light shines on the sorrow and death of every person. By reminding us of Christ's victory, faith gives us the certainty that the grave is not the ultimate goal of existence. God calls us to resurrection and immortal life.

7. The Shroud is an image of silence. There is a tragic silence of incommunicability, which finds its greatest expression in death, and there is the silence of fruitfulness, which belongs to whoever refrains from being heard outwardly in order to delve to the roots of truth and life. The Shroud expresses not only the silence of death but also the courageous and fruitful silence of triumph over the transitory, through total immersion in God's eternal present. It thus offers a moving confirmation of the fact that the merciful omnipotence of our God is not restrained by any power of evil, but knows instead how to make the very power of evil contribute to good. Our age needs to rediscover the fruitfulness of silence, in order to overcome the dissipation of sounds, images and chatter that too often prevent the voice of God from being heard.

8. Dear brothers and sisters: your Archbishop, dear Cardinal Giovanni Saldarini, the Pontifical Guardian of the Holy Shroud, has offered the following words as the motto of this Solemn Exposition: "All will see your salvation". Yes, the pilgrimage that great throngs are making to this city is precisely a "coming to see" this tragic and enlightening sign of the Passion, which proclaims the Redeemer's love. This icon of Christ abandoned in the dramatic and solemn state of death, which for centuries has been the subject of significant representations and for 100 years, thanks to photography, has been so frequently reproduced, urges us to go to the heart of the mystery of life and death, to discover the great and consoling message it has left us.

The Shroud shows us Jesus at the moment of his greatest helplessness and reminds us that in the abasement of that death lies the salvation of the whole world. The Shroud thus becomes an invitation to face every experience, including that of suffering and extreme helplessness, with the attitude of those who believe that God's merciful love overcomes every poverty, every limitation, every temptation to despair.

May the Spirit of God, who dwells in our hearts, instil in everyone the desire and generosity necessary for accepting the Shroud's message and for making it the decisive inspiration of our lives.

Anima Chrisi, sanctifica me! Corpus Christi, salva me! Passio Christi, conforta me! Intra vulnera tua, absconde me!»

[www.vatican.va]

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 22:01

Consultado o arqueólogo da família a - licenciado pela vetusta Universidade de Coimbra - desejaria acrescentar alguns aspectos sobre a datação em carbono 14 - os referidos erros de datação ( devido á exposição aocalor) não eram desconhecidos em 1988. Os laboratórios escolhidos fo ram especialmente referenciados como sendo os melhores! As conclusões foram iguais, o que não é coincidência... AS inexactidões da datação, a existirem, seriam oscilações de décadas a um ou dois séculos no máxino e não de doze ou treze séculos....
Qualquer dia, estão apor em causa as datações doszz fósseizzzzzz... EZE;EZE Não havia nexexidaede zzz.......

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 04 de November de 2002 22:35

O joão gosta de personalizar as questões. è uma questão narcísica , pronto, responderei então personalizadamente.
"! Tu que louvas tanto o conhecimento científico apesar de qualquer sentimento interior de desadequação àquilo que é moralmente aceitável, privas agora a ciência de explorar o mais enigmático artefacto de todos os tempos??? Tens medo das conclusões? Tens medo do que não sabes nem queres saber? Se não medo, o que há a temer?"

1 - O João acha que o conhecimento científico deve ser guiado por sentimentos interiores de adequação ou desadequação ao que é moralmente aceitável. Ora claro que não és investigador nem nunca fizeste investigação... Se não saberias que o conhecimento científico( no caso em que estamos a falar)não se identifica com "sentimentos interiores" mas com dados objectvos, experimentalmente validados.
Sobre o que tu consideras moralmente aceitável em ciência a discussão iria ainda mais longe... Imagino as descobertas que nunca poderiam ter sido feitas por serem moralmente inadequadas... a começar pela dissecação de cadáveres....
2- Meu caro, eu não privo a ciência de nada.. quem sou eu!!!! O Vaticano é que não parece disposto a autorizar nova investigação!!!!! Nessa perspectiva, o Vaticano estará a" privar a ciência de explorar um enigmático artefacto". Ainda bem que usaste esse termo, pois trata-se precisamente disso - de um artefacto ( vai lá ver ao dicionário, e já agora aproveita para ver a raíz etimológica da palavra). "POrque será?
Terá medo das conclusões?" Penso que não.
3 - Perante este artefacto, pode haver duas atitudes - a científica e a pseudocientífica. A primeira afirma - vamos lá examinar cuidadosamente este artefacto, sem pressupostos nem ideias PRECONCEBIDAS E AVALIAR OS RESULTADOS. QUE DEPOIS TÊM DE SER VALIDADOS.
Uma atitude não científica utiliza este mecanismo - eu já sei o que isto é - vamos lá a ver se encontro resquícios de evidências de possam provar o que quero provar a priori.
4 - Como afirma o vaticano, trata-se de um ícone ( também te aconselho a consulta do dicionário) que evoca ( e não demonstra ou comprova cientificamente) a paixão e morte de Cristo.
Merece-me por isso todo o respeito, mas a minha fé em Cristo não depende dele.

ana

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 14:41

"Durante a Idade Média houve relatos de mais de 40 "sudários" em várias partes da Europa, seja como lembranças simbólicas ou como representações artísticas do enterro de Cristo. Além da mortalha funerária, havia também o pano que foi usado para cobrir a face do homem crucificado. Este pano, às vezes chamado "Vero Ícone" (verdadeira imagem), pode ser um pano que hoje se acha em Oviedo, Espanha. Sua história pode ser seguramente traçada até pelo menos o sétimo século e ele exibe cerca de 130 marcas em comum com a Mortalha de Turim. O outro pano constante dos registros de Constantinopla em 1201 DC parece haver-se perdido"

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 18:38


Eu não "personalizei" a questão... Só não entendo porque é que, com o teu desconhecimento da questão e do próprio "arqueólogo de família" (não é com certeza nenhum sindonologista nem deve estar muito dentro da complexidade do assunto para dizer coisas dessas), te prestas a negações tão veementes. Só pode ser por uma tua "motivação interior", um qualquer mecanismo de negação.

Pois bem, eu não "queria" que o Sudário fosse autêntico; fui ler a fundo o que os cientistas mais especializados no assunto dizem e a resposta é unânime: não se sabe o que tenha criado a imagem, não se sabe como é que tantos registos autênticos apontam para uma datação do I séc. se a datação é mesmo do séc. XIII-XIV, mas sabe-se uma coisa com toda a certeza - QUE A IMAGEM GRAVADA NO SUDÁRIO NÃO É UMA OBRA DE ARTE E NÃO FOI CRIADA POR NENHUM "MÉTODO" CONHECIDO. Nem a Física, Química, Biologia, Medicina e Arte conseguiram explicar o Sudário na sua totalidade.

Nada no meu deslumbramento é "a priori" mas muito pelo contrário, "a posteriori". A única coisa que vejo aqui é o teu preconceito em acção.

Logo, muito menos preconceituoso que tu, ponho a hipótese: uau, quer dizer que a probabilidade de ser autêntico é muito elevada?? Isso é fantástico! Tu, por outro lado, negas até as próprias conclusões objectivas a que os cientistas já chegaram.

Falas de "calor". Pois bem, já tinha feito essa advertência mas aparentemente não te apercebeste. Pergunta ao teu arqueólogo se ele conhece o trabalho do Dr. Garza-Valdes e do Prof. Mattingly. Pergunta-lhe também se ele sabe que falta "documentação fotográfica das amostras, incompleta nos três estudos realizados (Oxford, Zurique e Arizona), que representa uma falha metodológica grave neste tipo de estudo arqueológico. Faltou também uma análise química." "Podemos sintetizar assim: a superfície do Sudário tem uma cobertura bioplástica constituída por uma camada transparente de contaminantes microbiológicos acumulados com espessura suficiente para causar um erro de 1300 anos na datação do Sudário."

Será que te deste ao trabalho de ler sobre este assunto? Parece que não. Se queres apresentar todo o tipo de argumento que já está refutado, só te peço para leres [www.shroudstory.com] para ficares mais baralhada.

O Vaticano não está a privar a ciência de nada! O Sudário não é propriedade "da ciência" nem vai ser manipulado assim que surge uma nova proposta. Para além disso, não há pressa nenhuma. Está a ser cuidadoso com o Sudário e se tivesses lido aquele artigo de que falei ( [www.shroud.com] ), de 1999, terias ficado a saber o seguinte: "on his visit to this very city, His Holiness Pope John Paul II positively indicated his willingness for the Shroud to be made available in the event of what clearly need to be the right sort of fresh scientific procedures".

Quanto ao "artefacto", ainda que tenha sido um pano de linho feito à mão, já o seria. Não caiu do céu. Até enrolar alguém morto num pano de linho pode ser uma obra de arte. Mas o "esquisito" aqui é o Sudário não só ser do I séc. (sendo a única "prova" em contrário, amplamente discutida pela sua discrepância com todas outras observações e testes, uma datação de 1988) mas também de uma época em que pouquíssimos dos pormenores encontrados seriam necessários ou sequer possíveis de produzir. Mais incompreensível é a forma como alguém conseguiu seja como for gravar a imagem que está no Sudário, que ninguém consegue reproduzir com as mesmas características.

VAI LÁ VER O QUE JÁ SE ENCONTROU NO SUDÁRIO E PERGUNTA-TE SINCERAMENTE COMO É QUE ALGUÉM PODERIA TER FEITO ALGO ASSIM NO SÉC. XIII (ou pior, do séc. VI para trás)! Pergunta-te também sinceramente COMO É QUE ALGUÉM PODERIA HÁ TANTO TEMPO ATRÁS FABRICAR ALGO QUE É IMPOSSÍVEL DE REPRODUZIR HOJE!

Leste bem, Ana? Não se conseguem reproduzir todas as características do Sudário, em particular no que diz respeito à imagem nele gravada. Não se consegue. É que não se consegue. Não se consegue. Vê lá se é preciso repetir...

Ninguém diz que a tua fé em Cristo dependa dele, pois até são felizes o que acreditam sem terem visto, disse Jesus a Tomé. Lembras-te? Por isso, fazemos todos bem em acreditar na ressurreição

Mas se o Sudário é realmente o de Cristo e contém a impressão da sua Ressurreição, então é o mais precioso "artefacto" à face da Terra. E nada disso deve ser desprezado como o estás a fazer.

Isso é que é inquietante e é isso que não deixas inquietar-te.

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 18:47


Desculpa Ana, mas mais triste que os preconceitos é a cegueira: e não vou usar provérbios, pois também eles são preconceituosos.

Citas o último parágrafo de uma não pequena lista de referências históricas, apenas para indicar que haveriam muitos mais "sudários". Curiosamente, nenhum deles igualava este. Este, que existe desde o I séc.. Este, do qual imitaram todos os outros.

Aqui fica uma parte significativa daquele artigo, referências aceites indiscutivelmente pelos historiadores. Resta relacioná-las com o actual Sudário, o que é amplamente credível.

«O pano mais longo, outros dos atavios funerários, é mencionado pela primeira vez por Nicephorus Callistus. Ele escreveu em sua história eclesiástica que no ano 436 DC a Imperatriz Pulcheria fez construir em Constantinopla a basílica de Santa Maria de Blachernae, onde manteve o linho funerário de Jesus Cristo.

Em 525 DC, Edessa sofreu uma inundação terrível, que danificou grandes seções da cidade e matou quase metade da população. Durante o processo de reconstrução da cidade, descobriu-se uma câmara desconhecida sobre o portão da parede ocidental, que a lenda local afirmava ter sido o portão pelo qual Tadeu havia entrado na cidade. Naquela câmara foi encontrada uma arca contendo um dos panos funerário de Jesus, aparentemente intocado pela inundação. Esse pano foi chamado o Mandylion - uma famosa relíquia Cristã, impressão da face de Cristo num pedaço de pano. É interessante notar que justamente nessa época começaram a aparecer nas regiões cristãs do Oriente-Próximo ícones da cabeça de Jesus que o representam com cabelo longo e várias outras características sem precedentes. Antes desse tempo, Jesus era retratado como imberbe e com cabelo curto, ao estilo das tradições romanas e gregas.

A próxima referência para o próprio pano de envoltura longo vem do abade beneditino de Iona, Adamnan, que escreveu a respeito de um Bispo Arculphus que, no ano 640 DC, enquanto peregrino em Jerusalém, viu e beijou a imagem de Nosso Senhor, colocada acima de sua cabeça sepulcro.

A mortalha é mencionada num sermão dado por Papa Estêvão III em 769 DC. Ele declarou que a Imagem na mortalha (Sudário) é a do corpo de Jesus Cristo:

"Pois o Mediador entre Deus e homem... estendeu o Seu Corpo inteiro no pano branco como neve, no qual a Imagem gloriosa da a Face de Senhor e do Corpo inteiro dele foram tão divinalmente impressas, que era suficiente, para os que não puderam conhecer o Senhor na carne, conhecer a impressão no pano."

Assim, a Imagem venerada desde Edessa tornou-se um elemento importante no desenvolvimento da compreensão e veneração de ícones na Igreja.

Em 942 DC, a Imagem de Edessa foi levada a Constantinopla - apesar das objeções dos cidadãos de Edessa - e alojada na capela de Pharos ali localizada. Assim, ambas histórias fragmentárias situam os dois panos em Constantinopla pelo décimo século.

Em 1201 DC Nicholas Mesarites, que era o guardião da capela de Pharos, defendeu as relíquias guardadas na capela contra vários ataques por partidários de John Comnenus. A sua listagem das relíquias protegidas incluem os panos de Jesus Cristo - plural indicativo de que havia mais que um pano no relicário de capela naquele momento.

Robert de Clari, um cavaleiro da Quarta Cruzada, dá para uma descrição detalhada das riquezas e relíquias que ele viu nas igrejas e palácios de Constantinopla em 1204 DC. Na basílica do Blachernae declara ele haver descoberto o Sudário. Ele relata que

" . . . havia um mosteiro conhecido como Senhora Santa Maria de Blachernae, no qual era guardado o Sudário na qual Nosso Senhor foi envolvido..."

O que aconteceu à Mortalha e ao outro pano durante os saques de Constantinopla não é conhecido atualmente. O historiador bizantino Nicetas Choniates relata a respeito do saque de Constantinopla em 1204 DC, como parte da Quarta Cruzada:

" ...como posso eu tentar relatar as ações impetradas por esses homens abomináveis! Ai, as imagens, que deveriam ter sido adoradas, foram calcadas sob os pés! Ai, as relíquias dos santos mártires foram atiradas em locais profanos! Então assistiu-se ao que a pessoa estremece ao ouvir, isto é, que o corpo divino e sangue de Cristo foram atirados ao solo, jogados a esmo. Eles arrebataram os relicários preciosos, exibindo ao peito os ornamentos que estes contiveram, e usando as sobras quebradas como panelas e taças..."

Os Cruzados de Quarta Cruzada procediam de toda a Europa Ocidental como também do Oriente-Próximo. A Cruzada colocou Cristão contra Cristão e seu principal objetivo parece ter sido acumular riquezas para os venezianos que a fundaram. Alguns dos cavaleiros que tomaram parte nesta Cruzada provavelmente procediam da França. Tenha sido roubada ou removida para sua proteção, a presença da Mortalha na Europa começa a ser documentada mais continuamente a partir de sua realocação na França.

A Mortalha aparece a seguir em exibição na cidade de Lirey, França, em 1353 DC. Chegou lá provavelmente como parte do botim da Quarta Cruzada, mas sua rota precisa é desconhecida. Geoffrey Charny, homônimo dum Cavaleiro Templário executado pelo rei Felipe de França em 1314, colocou a Mortalha "ostentando a efígie de nosso Salvador " na Igreja de Lirey, entre 1353 e 1356 DC. Foi posta logo em exposição pública pelos Cânones de Lirey, em 1357 DC. A neta de Geoffrey de Charny, Margaret de Charny, cedeu a Mortalha para a Casa de Sabóia, em 1453 DC. Em 1532 DC a Santa Capela de Chambrey, na qual a Mortalha era mantida, foi destruída pelo fogo. Fogo intenso bastante para derreter partes do relicário de prata no qual era guardada a Mortalha; e prata fundida derramou-se numa dobra do linho dobrado. Esta seção da Mortalha principiou a queimar-se, sendo mergulhada em água. A parte da Mortalha que contém a imagem foi deixada em sua maior parte intata pelo fogo. As seções queimadas foram consertadas depois, cosendo-se remendos de linho na porção danificada e prendendo-se um apoio à Mortalha. Coincidentemente, um texto húngaro datado de 1204 DC foi recentemente descoberto, contendo uma ilustração da Mortalha sem o dano causado pelo fogo. Porém, mostra a Mortalha com quatro marcas em " L " , as quais podem ter sido causadas por um incidente anterior. Essas marcas ainda são evidentes na Mortalha de Turim. Em 1578 DC, a Mortalha foi movida pelo Duque de Sabóia à sua nova capital de Turim, onde se encontra até hoje.»

É preciso ter muita má-vontade, Ana...

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 19:05


Muito bom este artigo de uma reconhecidíssima pintora, Isabel Piczek, onde ela procura explicar porque é que é inexplicável a imagem que está no Sudário. Reflecte sobre as teorias mais credíveis apresentadas até hoje, mas acaba por concluir que não estamos no mundo da "Alice no País das Maravilhas" e que tais coisas não são possíveis.

[www.shroud.com]

Ela fala na prática, na sua área de especialidade, e reprova as atitudes de cientistas que se intrometem em áreas que não são as suas, explicando que o que eles propõem é irrealizável.

Muito interessante é a própria noção de que não se sabe mesmo como é que a imagem ficou gravada no Sudário, a não ser... por um tipo desconhecido de radiação emanado do próprio corpo. Ainda assim, como não se consegue identificar do que se trata, esta é ainda uma hipótese impossível de validar.

Mas o que nos resta? Saber que nenhuma das alternativas é verdadeira...

Isto é suficiente para me deslumbrar, e a vocês?

No final deste artigo, existem mais dois da mesma autoria, onde se explica concretamente "Porque é que o Sudário não é uma pintura" e também apontamentos sobre as imagens negativas. A NÃO PERDER!!

Ela conclui:

"In view of future conservation and restoration efforts it was mandatory to clarify that the Turin Shroud is not a painting. The conservation of paintings and their restoration involves methods which would destroy something which is not a painting, in this case the Turin Shroud, a unique and irreplaceable item."

"The true universe, is even more extraordinary than we thought.

For the first time in history a window opens upon the inaccessible future. An all important question arises here, which better not be answered by the Cheshire Cat, but by the best of us.

Through the Turin Shroud...

The extraordinary blueprint...

The only window on the future in the cosmos, on the cosmos."

"I think the greatest proof of authenticity is that so many of us, after centuries of study, still cannot find the final answer.

Someone is challenging us, challenging us through the evolving mysteries of this piece of cloth, the precise blueprint of the yet inaccessible future, always in the dim light of our vision, but never in our grasp."


João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 19:32

Limitas-te a colar extractos de sites da net, sem acrescentar nada de novo à discussão.....
Conviria sempre citar a fonte por causa dos direitos de autor. Devolvo-te alguns extracxtos que estão no mesmo site:
1 - "Os Drs. D.Kouznetsov & A. Ivanov do Laboratório de Pesquisas Sedov Biopolymer de Moscou afirmam que há troca de carbono nos produtos em combustão (fogo); destarte, o carbono do linho do Sudário, modificado durante o fogo de 1532, contribuiu pela ação catalítica da prata fundida e do vapor, para a troca de átomos de carbono da superfície do linho em 20% a 40% , induzindo assim a erros na datação por C-14. As experiências deles indicaram uma idade para o Sudário "não inferior a 1.800 anos".
Ora uma idade não inferior a 1800 anos implica que o sudário terá sido fabricado no século II d.C! Portanto os cientistas que contestam a validade da primeira e única leitura de C14 apontam para a sua datação para um periodo muito posterior ao da morte de Jesus, o que invalida a crença da veracidade da relíquia...
Ainda no mesmo site - " -O Dr. Victor Tryon, Professor Assistente de Microbiologia e Diretor do Centro de Tecnologia Avançada em DNA da Universidade do Texas, isolou sinais de três genes humanos masculinos diferentes, utilizando técnicas de reação em cadeia polimerizada. As amostras eram "glóbulos de sangue" encontrados no Sudário. È curioso aparecerem três genes humanos de três homens diferentes.

3 - Há varias hipóteses para a forma como o sudário foi impresso no linho.
Uma delas seria um mecanismo denominado o efeito Volckringer - que cria imagens semelhantes às de plantas prensadas entre as páginas dum livro...

4 - Como em qualquer investigação todas as hipóteses explicativas precisam de ser testadas em laboratório utilizando uma metodologia científica para se aceitarem conclusões credíveis.
Tu próprio afirmas que "o Sudário não vai ser manipulado assim que surge uma nova proposta". Desta forma o vaticano age com sensatez ao considerar como válidos os últimos testes realizados... Quando considerar oportuno deixará ou não que a ciência traga novas respostas. Até lá, tudo se resume a uma questão de fé. È preciso ser selectivo com os argumentos...

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 21:56


"Limitas-te a colar extractos de sites da net, sem acrescentar nada de novo à discussão..."?????????????????

Tu é que te limitas a tapar os olhos... Mas digo-te outra vez:

«Quanto ao "artefacto", ainda que tenha sido um pano de linho feito à mão, já o seria. Não caiu do céu. Até enrolar alguém morto num pano de linho pode ser uma obra de arte. Mas o "esquisito" aqui é o Sudário não só ser do I séc. (sendo a única "prova" em contrário, amplamente discutida pela sua discrepância com todas outras observações e testes, uma datação de 1988) mas também de uma época em que pouquíssimos dos pormenores encontrados seriam necessários ou sequer possíveis de produzir. Mais incompreensível é a forma como alguém conseguiu seja como for gravar a imagem que está no Sudário, que ninguém consegue reproduzir com as mesmas características.

VAI LÁ VER O QUE JÁ SE ENCONTROU NO SUDÁRIO E PERGUNTA-TE SINCERAMENTE COMO É QUE ALGUÉM PODERIA TER FEITO ALGO ASSIM NO SÉC. XIII (ou pior, do séc. VI para trás)! Pergunta-te também sinceramente COMO É QUE ALGUÉM PODERIA HÁ TANTO TEMPO ATRÁS FABRICAR ALGO QUE É IMPOSSÍVEL DE REPRODUZIR HOJE!»

Pelos vistos, tive mesmo de me repetir.

"Efeito Volckringer"? "Imagens semelhantes às de plantas prensadas entre as páginas dum livro."????

Não fazes a mínima ideia do que estás a dizer. Acabei de referir que as "hipóteses alternativas" surgiram naturalmente, mas é INTEIRAMENTE FALSO afirmares que tais "hipóteses" tenham tido algum tipo de validação. Pelo contrário: FORAM TODAS EXCLUÍDAS.

Fazes-me um favor, para não sentir que estou a perder o meu tempo a falar contigo sobre isto (entre outros assuntos...)? Vai ler os dois artigos seguintes, e depois conversamos.

[www.shroud.com]

[www.shroudstory.com]

"I have learned how to draw the human figure to the extent that I won the international Grand Award for figurative draftsmanship which supposedly makes me one of the world's best figurative draftsman. Yet, I could not have drawn the Turin Shroud in this late 20th century".

Isabel Piczek, 1996

[www.shroud.com]

Quanto aos direitos de autor, cito sempre as fontes, no próprio link...

João

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 05 de November de 2002 23:02

Acho melhor releres os sites que indicas e onde vais buscar estas citações.
Limitei-me a reproduzir excertos desses mesmos sites, como tu fizeste.
Agora vens dizer que não têm valor?????? Sobretudo quanto á questão da datação por C14...
Entras em contradição permanente.
Enfim, se acreditas que o sudário guardado no vaticano é verdadeiro, é uma questão de Fé...
Não venhas é afirmar que há evidências científicas da sua veracidade, pois isso é distorcer completamente os factos... De facto, as evidências apontam para a sua falta de autenticidade.
O próprio Vaticano o reconhece...



ana

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 06 de November de 2002 00:25

Já agora - não podes excluir uma hipótese que não foi testada. Cientificamente falando, claro.

ana

Re: Santo Sudário de Turim
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 06 de November de 2002 16:14


MAS O QUE É QUE ESTÁS PARA AQUI A DIZER???

QUAIS evidências é que apontam para a sua falta de autenticidade e cita lá a fonte que te leva a acreditar que o Vaticano (a Cúria está toda a pensar nisso em uníssono??) está inclinado para a FALTA de autenticidade (e não estou a falar da comum indiferença que também recomendo, mas de dizer que é provável ser falso!). Vê lá se és mais objectiva e não inventes tanto...

Bem, é o que te digo: lê os artigos que citei e depois verás como é impossível explicar coerentemente o Sudário sem resultar numa forte tendência para a autenticidade.

Uma "hipótese" não precisa de ser testada quando as análises indicam que tal é impossível. Quando a "hipótese" não explica tudo o que é necessário explicar, é posta de lado. Quando a "hipótese" é, pura e simplesmente, desproporcionada, desadequada e impossível, não precisa de ser testada pois os seus princípios fundamentais já são conhecidos e, aplicando-os às evidências encontradas, vê-se absolutamente limitada para os explicar. No entanto, já muita teoria foi testada, já muito linho foi usado para tentar recriar o Sudário e nós, senhores da sabedoria do séc. XXI, não conseguimos reproduzir algo que alguém teria realizado no séc. XIII. Para além da imagem inexplicável e da datação duvidosa de 1988, é totalmente aceitável localizá-la no séc. I por todos os registos físicos, biológicos e químicos que nele se encontram. Aliás, que alguém, até ao séc. XIV, se tenha lembrado de incluir todos aqueles elementos, é algo que desafia toda a lógica, probabilidade e possibilidade.

Critiquei absolutamente a forma como usas os artigos: por exemplo, pegas no último parágrafo onde se indicam vários súdários e ignoras toda a informação histórica precedente, de registos sucessivos muito anteriores ao séc. XIII-XIV. Conclui-se que a partir de Edessa, em que o Sudário se tornou muito conhecido, é que surgiu uma certa tendência para a representação, baseada no original. Foi dele que se tirou a ideia. Além disso, se comparasses as imagens representativas desses sudários com o original, a diferença salta à vista, a quem tem a mínima noção do que é fazer arte.

Os sindonologistas estudam o Sudário quotidianamente. Se muitos deles, interpelados pelo "desafio à inteligência" que este lhes provocou, devido à séria possibilidade da autenticidade, olharam com muito mais seriedade para o Cristianismo, sendo antes adultos agnósticos/ateus convictos, e acabaram por se converter, então não me parece nada verdadeiro dizer que não existem evidências para tal...

João

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