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Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 08 de May de 2005 16:27

Continuo sem receber respostas às doutas perguntas que fiz acima.
A razão das minhas perguntas, tem a ver com a necessidade, que me parece premente de a Igreja Católica Romana rever alguns dos paradigmas em que acenta, muitos dos quais, não se fundamentam na Bíblia ( Livro todo Ele profético- revejam-se as citações que fiz na posição 11 deste tópico).
Vejamos, com base nos Salmos:

"O Senhor é o Pastor que me conduz, nada me falta.
É nos prados da relva mais fresca, que me faz descansar,
para as águas tranquilas me conduz,
reconforta a miha alma"

Jesus diz a Pedro, por 3 vezes (por tantas quantas o discípulo o negou)
"Pedro apascenta o MEU rebanho"
- O rebanho é do Senhor, não de Pedro. Penso que os sucessores de Pedro têm tido a preocupação bem sentida de serem donos e senhores do rebanho).

Como aprecio as posturas interactivas aqui deixo uma pergunta ARMADILHADA
- O que significa a expressão "AMÉM"?
A armadilha consiste no seguinte: o 1º foronauta que enviar a resposta correcta (não vale dizer: não sei) para o meu email, tem direito ao CD do Psallite de Gondomar "Festa da Vida", com obras da autoria de Frei Acílio Mendes (será notificado e ser-lhe-á pedida a morada, para envio pelo correio).

Saudações,


*=?.0

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 09 de May de 2005 06:28

A subjectividade desempenha um papel importante na apreensão dos fenómenos.
Um dia, quando era criança, propunha-me caminhar em frente até chegar ao fim do mundo, um lugar que eu imaginava ter um aspecto fantástico. E disse-o ao meu amigo. Mas ele, que era filho do professor Miranda, respondeu com uma pergunta:
- Ainda não sabes que a Terra é redonda?
(Mas será que algum dia, poderemos dizer com sucesso àquela pedra: "Move-te").

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 09 de May de 2005 13:35

Coloco aqui o texto que se segue. Espero que o comentem.


(Sr. padre João Luís, por favor, exerça o seu direito ao contraditório. terei muito gosto em ouvir a sua opinião)


CORPUS OFFERS TO COLLABORATE WITH BENEDICT XVI TO SOLVE VOCATION CRISIS



(High Bridge, NJ, April 21, 2005) -- CORPUS, a national association for an
inclusive priesthood, welcomes and prays for the pastoral ministry of
Benedict XVI as he assumes his new papal role.

Benedict XVI and his brother bishops must begin to address the
critical shortage of priests serving faith communities internationally.
"While close to 50% of parishes worldwide are without a resident priest, US
Bishops are importing priests desperately needed elsewhere to staff our
needs," observed Russ Ditzel, CORPUS president.

Across the United States parishes are closing; more priests are becoming
circuit riders covering multiple parishes. At the same time, over 14,000
married deacons, and 30,000 married women and men serve as lay ministers in
our parishes and institutions. Over 22,000 married priests wait on the
sidelines to be invited back to Church ministry. Eastern Catholic Churches
which have maintained a 2,000 year unbroken tradition of married clergy, do
not seem to exhibit any priesthood vocation shortage. "It is not a lack of
vocations that drives our shortage, it is a lack of celibate vocations,"
commented Bill Wisniewski, CORPUS board member.

###

Founded in 1974, CORPUS supports an ordained Catholic ministry open to women
and men, married and single, gay and straight. Membership is open to all
who are interested in promoting an inclusive priesthood. For more resources
on priesthood reform and renewal, please visit www.CORPUS.org.



For more information:

C. Russell Ditzel, president

908.638.6877 (office)

908.310.7577 (cell)

Stuart F. O'Brien, member services

508.822.6710 (office)


[Non-text portions of this message have been removed]




Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 09 de May de 2005 17:04

Ñão posso exercer qualquer direito de contraditório, primeiro porque desconheço a realidade da Igreja Americana. Depois, porque desconheço tal associação.
Posso tecer algumas considerações sobre o tema do Celibato, mas esse ja foi tratado noutro topico onde já expuz o que pensava - apenas não sei como se coloca aqui o topico em questão a azul.
Por isso volto a insistir, que a exigencia de celibato para a ordenação presbiteral, é uma questão disciplinar da Igreja, que em qualquer altura pode ser mudada, quando a Igreja assim o entender. Pessoalmente, para mim o celibato é uma riqueza, e nunca foi questão que se pusesse para eu nao ser padre. Antes outras, mas essa não. Recentemente estive na Grecia, e apesar de ordenarem homens casados, a crise é semelhante. No fim do Ano, tive dois romenos ortodoxos na minha casa. Antes de serem ordenados padres, na Igreja Ortodoxa Romena tem de casar primeiro - tive um candidato ao sacerdocio cá em casa. E sentem o mesmo problema. Os Jovens não estão interessados numa vida de sacrificio, de abnegação, de deixar tudo, mas tudo mesmo para cumprir a vontade de Deus qualquer que ela seja.
Que há muitos padres que abandoram o ministério para casar, é verdade, logo a seguir ao Concilio. Que fazer.... Sinceramente não sei.
Quanto ao sacerdocio aberto ás mulheres, que tambem aqui já foi debatido amplamente, ja referi que de acordo com o escrito do Santo Padre João Paulo II, nunca foi pratica da Igreja Indivisa - primeiro milenio... e que ``a semelhança da Igreja Ortodoxa, não tem autoridade para mudar tal situação, pelo que para ele a situação está encerrada com a não ordenação. Já referi que penso do mesmo modo. Quando regressar de Fatima poderei falar mais.

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 08:12

E o vencedor do mini-concurso acima é?
Já foi encontrado. Falta o resto.
Quanto à questão dos números negativos devo lembrar que há nºs negativos verdadeiros e números negativos relativos. Os verdadeiros estão abaixo de zero os relativos estão abaixo de um determinado patamar. Por exemplo -5 graus negativos corresponderá a um número positivo se usarmos a escala de graus Kelvin.
Quanto à Matemática da Fé deixo o assunto para mais tarde.

*=?.0



Editado 1 vezes. Última edição em 10/05/2005 08:13 por Albino O M Soares.

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Geode (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 20:23

Sobre a Matemática da Fé aqui fica a minha abordagem.
O Universo tem 12 dimensões (tantas quantas as notas de música- o Universo é musical):
1- Eternidade
unidade de três grandezas: Razão, Consciência e Liberdade
2- Tempo
unidade de três grandezas: Passado, Presente e Futuro
3- Realidade
unidade de três grandezas: Espírito, Matéria e Vida
4- Espaço
unidade de três grandezas: Comprimento, Largura e Altura.
...
a Eternidade gerou o tempo mediante a tensão entre passado, presente e futuro.
No tempo reside o pulsar do universo e poderá ser exponencial e não linear como nos parece. Actualmente será exponencial descendente, devido á expansão do universo.
...
Da anelagem do tempo surgiu a realidade e a realidade em expansão gera o espaço.
...
O espaço não é uniforme. É mais denso na proximidade real e menos denso no espaço profundo. Daqui poderá derivar que a velocidade da luz não é constante podendo ser exponencial algures no universo (esta é a única possibilidade que nos dá acesso a viagens interestelares).
...
e onde está Deus?
Deus é a 13ª dimensão
Aquele que é Tudo, Nada e Alguma Coisa.
...de Infinito (Tudo) que é, criou todas as coisas
...Da Transcedência (Nada) que é, deu exactidão a todas as coisas
...De Quem (Alguma Coisa) que é fez-se Revelação.

E Deus criou o Homem (Homem e Mulher os criou) dotados de Consciência, Razão e Liberdade.

»0«

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 20:56



Amigo Geode (De Geo)


Minha alma está “pasma”!

Não sei se compreendo todas as tuas palavras, mas vou guardar este texto, eventualmente daqui a alguns anos terei aprendido alguma coisa.

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 23:15

Segundo o João Luís, não é o fim da proibição do celibato que aumentará as vocações clericais masculinas, visto que nas igrejas ortodoxas e protestantes, onde oa padres se casam - cumprindo na mesma o seu ministério sem grandes alterações dramáticas - existe na mesma uma grave crise de vocações...

A explicação apontada pelo joão luís é a de um grande egoísmo masculino e falta de sentido de abnegação da maior parte dos homens... Explicação bastante plausível, embora um bocado simplista...

A ser assim, e havendo tantos milhares e milhares de mulherEs religiosas consagradas, muitas das quais com vocação clerical, mas que não podem, por imposição viver a sua vocação) , sendo que milhares delas já substituem efectivamente os padres em todas as suas tarefas ( á excepção da consagração e da confisSão), parece uma estupidez incrível proibir o sacerdócio ás mulheres, mesmo estando em risco a assitencia espirituaç a milhões d eactólicos..
Mas já aqui foi demosntrado,esta proibição não tem fundamentos teológicos..
Comos e pode afastar metadae da Humanidade de um sacramento, apenas por questões de poder?


Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 23:34

Antigamente em muitas dioceses, antes do Crisma, o bispo fazia algumas perguntas de «Doutrina» aos crismandos.

Conta-se que uma vez um bispo perguntou a uma crismanda:
-- Quantos são os sacramentos?
E ela respondeu:
-- Sete para os homens e seis para as mulheres.

Alef

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 23:52

Bom, mas ainda se lembram do assunto deste tópico?

Com a ajuda do Zé Filipe, aqui deixo um texto de Karl Rahner, que não é apenas bonito. Dá que pensar e pode ajudar-nos a todos a sonhar e a rezar a Igreja que queremos ser. Esse texto chama-se «A Igreja de amanhã».

Alef
Citação:
«A Igreja de amanhã»


«Vou-me permitir uma pequena fantasia e colocar-me, em imaginação, na situação dum católico dos tempos futuros, pouco importa se esta descrição se realiza dentro de vinte, trinta ou cem anos. Não se trata duma profecia, mas dum SONHO.

Nesses tempos futuros, e com uma densidade variável, as paróquias, as comunidades cristãs estarão espalhadas pelo mundo inteiro. Mas essas comunidades serão em toda a parte "o pequeno rebanho", porque a população mundial cresce mais depressa do que os cristãos.

As pessoas já não serão cristãs pela simples força do hábito, da tradição, da história ou da ordem estabelecida. Ainda menos, pelo facto de a fé impregnar universalmente a sociedade. Pelo contrário, se exceptuarmos a influência exercida pelos pais cristãos, o ambiente familiar, ou os pequenos grupos restritos, as pessoas já não serão capazes de ser cristãs se não for graças a uma fé verdadeiramente pessoal que sem cessar deverão fazer crescer.

A Igreja terá entrado, pela vontade do Senhor, Mestre da história, num tempo novo. Em todos os domínios será reduzida às únicas forças da fé e da santidade, não poderá contar quase nada com o prestígio duma instituição puramente exterior. Não será já a instituição que formará os corações, mas os corações que farão subsistir a instituição.

Estes cristãos considerar-se-ão, portanto, como irmãos e irmãs, porque na construção da Igreja, cada um, quer exerça ou não função ministerial, se estimará como servo de todos os outros. O que exercer a autoridade aceitará respeitosamente a obediência de seus irmãos. Não será somente verdadeiro em teoria, mas poder-se-á verificar no grande dia que, na Igreja, todos os cargos, todas as dignidades são serviços gratuitos sem nenhum sinal exterior de superioridade à maneira do mundo. A função não se revestirá de fausto e brilho, será apenas mais livre no seu exercício. Talvez mesmo não mais haverá destas dignidades no sentido em que se entendem sobre a terra. Um muito pequeno rebanho, unido fraternalmente na mesma fé, na mesma esperança e na mesma caridade, tal será a IGREJA DE AMANHÃ...»

Karl Rahner (1904-84)

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 10 de May de 2005 23:56

É verdade!! lol

Até os padres podem receber o sacramento do matrimónio, depois do da ordem, caso peçam passagem ao estado laical!

Mesmo corroborando o que o João Luís diz, isto é que quanto à crise de vocações ela acontece em todas as confissões e que se deve sobretdo a uma dificuldade em assumir um compromisso virtualmente vitalício, julgo que ele não coloca inteiramente bem o problema.

Para mim, a questão do celibato dos padres ou da ordenação das mulheres não se relaciona directamente com a necessidade de padres e com a crise de vocações! Não houvesse esta e eu manteria a minha defesa do fim do celibato obrigatório dos padres e da ordenação das mulheres. É que essa é uma questão de direitos humanos em ambos os casos: e lembro-me sempre de todos os padres que conheço e que pediram a redução ao estado laical por insanáveis problemas interiores e por terem descoberto essa coisa IGUALMENTE fantástica que é o Amor de/por uma mulher; no caso da mulher, porque os cromossomas não podem ser razão suficiente para o impedimento na recepção de um dos sacramentos (é que os sacramentos não se inscrevem na ordem do biológico, como ter um pénis ou uma vagina).

Abraço fraterno

Miguel

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 11 de May de 2005 01:19

Estou plenamente de acordo contigo MRCF, também considero a questão do celibato à luz dos Direitos, Liberdades e Garantias do sujeito tantas vezes mencionadas e consagradas em tantos tratados e afins.

Concordo com o Padre João Luís. Não é a questão do celibato que está em causa, pelo menos na maioria dos casos, apesar de essa também ter a quota parte de relevância. Acho principalmente que é uma questão de abordagem à religião e à Fé.

Esta frase traduz bem aquilo que deveria ser a Igreja, uma partilha de corações: [i]"Não será já a instituição que formará os corações, mas os corações que farão subsistir a instituição."[/] Onde deverá haver lugar para todos. Acho que isto é o mais importante. Não nos deixar que os nossos corações se instituicionalizem.

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de May de 2005 11:56

"Realce ao Génio da Mulher

Leonor Xavier*

Uma itinerância pelo país, ao acaso de domingos sem prévia geografia e com prática de missa, pode ser um bom sinal de alerta para a situação da Igreja em Portugal.

É também uma boa oportunidade de relembrar o “Chegou a Hora” proclamado à opinião pública em 1 de Julho de 2001 em Dublin, por ocasião da Conferência Ecuménica Mundial, quando o dia 25 de Março se tornou Dia Anual de Oração pela Ordenação das Mulheres.

Conforme dados da Conferência Episcopal, nas nossas igrejas, os 3190 sacerdotes que celebram a missa têm mais de 60 anos em média, e só uma vez em duas são titulares das 4370 paróquias existentes.

Na maioria destas missas de Domingo, o celebrante é acolitado por duas jovens vestidas de hábito branco, de cabelos soltos e compridos.

A Comunhão é administrada pelo celebrante e por mulheres de idade madura, que maioritariamente se ocupam das leituras dominicais e dos cânticos ao longo da celebração.

Estas mulheres têm a seu cargo a catequese, as reuniões de jovens, as assembleias de fiéis, os preparativos para as celebrações de dias santos e de festa, a decoração, as limpezas dos lugares de culto, os serviços e toda a funcionalidade da paróquia.

Eficazes, dóceis, disponíveis, alinhadas, humildes, são responsáveis pelo que respeita ao ciclo litúrgico, à vida espiritual da comunidade e à concreta administração de cada dia.

São mulheres em "estado de obediência" à simbologia dos escritos evangélicos, de acordo com a palavra do Papa João Paulo II ao longo do seu Pontificado, e assim confirmada no actual ordenamento da Igreja.

Esta obediência é difícil de aceitar, no tempo em que vivemos.

Muito além de destinadas ao matrimónio e à maternidade, as mulheres estão em todos os sectores profissionais, cumprem todos os graus de desempenho nas suas carreiras, exprimem-se em todas as áreas de criatividade, têm níveis de formação compatíveis com o exercício de qualquer função.

No Estado de Direito, afirma-se o direito à igualdade de oportunidades, na diferença assumida dos sexos.

Na civilização contemporânea, a presença das mulheres tem sido fermento para o desenho de uma nova sociedade.

Na Igreja, elas são um testemunho de fé no espaço da casa e da rua, do público e do privado.

Mas, apesar disso, não têm direito à representatividade, à autoridade, à gestão, à decisão.

Não lhes é permitido superar a diferença entre clero e leigos, porque àquelas que tenham vocação é negado o acesso pleno a todos os ministérios ordenados.

No entanto, outros rumos se esperavam em 1995, às vésperas da Conferência Mundial de Pequim. “Que se dê todo o realce ao génio da mulher” foi então o alerta de João Paulo II, na Carta às Mulheres que foi documento base para a Conferência.

O Papa pedia a criação de um “novo feminismo” que dispensasse modelos masculinos em todas as expressões sociais e fosse determinado para acabar com todas as formas de exploração, violência, discriminação.

Exigia a igualdade de oportunidades para a mulher no trabalho, o respeito pela sua dignidade, a partilha das tarefas com o homem em casa, a complementaridade dos sexos. Em tudo, estava a paridade de direito e de facto noutros momentos afirmada como referência para os caminhos da Igreja.

Mas na mesma Carta, João Paulo II recusa a ordenação das mulheres, dizendo que se Jesus Cristo “confiou somente aos homens o dever de ser ‘ícone’ da Igreja, através do exercício do sacerdócio ministerial, isso nada retira ao papel das mulheres”.

Neste ponto, um dos mais polémicos da Igreja contemporânea, o Papa já tinha escrito, em 1994, um dos documentos mais curtos e firmes do seu Pontificado. Nesse ano em que pela primeira vez foram ordenadas mulheres na Igreja Anglicana, a Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis é radical no argumento evangélico, “por a Virgem Maria Mãe de Deus e Mãe da Igreja não ter recebido a missão específica dos apóstolos nem o sacerdócio ministerial”. Não sirva o argumento, diz o Papa, para “dizer que as mulheres têm menor dignidade ou sejam objecto de discriminação.”

Polémica, contestação, reflexão em grupo, oração em vigília têm sido reacções expressivas de desagrado neste quesito de "obediência" devido pelos católicos, sobretudo pelas mulheres, à posição de João Paulo II.

O movimento internacional Nós Somos Igreja, desde Setembro de 1997 em Portugal, tem lutado pela justiça, pela tolerância e renovação da Igreja. Desde o primeiro dia e em uníssuno, católicos do mundo inteiro pedem a Roma uma Igreja mais fraterna, uma Igreja que reformule os ministérios ordenados, que valorize a sexualidade, que defenda os direitos humanos. Uma igreja que tenha uma nova atitude em relação às mulheres, que reveja a sua participação na comunidade.

Num momento em que a Igreja Católica reconhece a falta de padres e os seminários portugueses se vão esvaindo de presenças, em que uma Campanha Nacional de Oração e um Serviço Nacional de Vocações estão previstos para um desafio de vida aos jovens, por maioria de razões seja entre nós celebrado o Dia Anual de Oração pela Ordenação das Mulheres. Hoje, 25 de Março.

*escritora e jornalista




Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de May de 2005 14:47

Alef

Gostei dessa dos sacramentos. Sete para os homens seis para as mulheres:)

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Geode (IP registado)
Data: 11 de May de 2005 21:51

Na Igreja do Futuro a orgem dos sacramentos poderá vir a ser:
1º Eucaristia
2º Baptismo
3º Confirmação
4º Laicidade
5º Ordem
6º Confissão
7º Matrimónio
8º Unção dos doentes

Assim passará a haver 7 sacramentos para as mulheres e 7+1 para os homens.
Se a Igreja vive da Eucaristia, é da Eucaristia que devem derivar todos os outros sacramentos. O baptismo, todos o sabem é um sacramento de penitência e arrependimento: "Professo um só baptismo para remissão dos pecados". E portanto deve ser infundido no momento em que alguém compreende e aceita a necessidade de conversão. A possibilidade de presidência da Eucaristia deve ser alargada aos que receberem o sacramento da Laicidade. O início da vida cristã poderia ser assinalado com a apresentação no templo: Os neófitos levariam ao Templo ou à comunidade um saquinho de sal e receberiam em troca uma vela acesa. Haveria cânticos e a presença de pais e amigos. Tudo sem laivos de burocracia, nomeadamente registos etc (apenas coisas do coração). Quanto à confissão, acho que deve ser um eminente serviço prestado àqueles que vivem angustiados. "àqueles a quem perdoares os pecados ser-lhe-ão perdoados". Confessar crianças?- simplesmente inacreditável.

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Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de May de 2005 23:35

Caro Miguel (Rmcf),

Concordo com o que dizes, mas mais que uma questão de direitos humanos, é a inexistência de fundamento teológico para a não ordenação de mulheres. Poderá haver, e haverá certamente, motivos culturais. Até que ponto as razões culturais são suficientes para algo que não tem impeditivo teológico.


Caro Geode,

Quando tiveres oportunidade, explica-nos essa tua proposta do oitavo sacramento da «Laicidade»? :-)

Luis

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Geode (IP registado)
Data: 12 de May de 2005 16:14

Caro Luís Gonzaga,
Talvez não haja 6 sacramentos para as mulheres e 7 para os homens, pela simples razão de que a Natureza dotou a mulher de especial sacramento de ordem, a Maternidade é claro. Talvez a comunidade devesse assinalar o momento em que a mulher é Mãe pela 1ª vez.
Quanto à Laicidade, trata-se apenas de uma hipótese de trabalho. Poderia chamar-se Ministério Laical Ordenado ou outro e poderia ser exercido tanto por Homens como Mulheres. Imaginemos dez mulheres no alto da montanha, em dia de Domingo e como era domingo resolvem celebrar a Eucaristia. Uma delas que recebeu o Sacramento Laical da Ordem preside.
E os nove sacramentos seriam:
1- Apresentação
2- Eucaristia
3- Baptismo
4- Confirmação
5- Laicidade (Ministério Laical Ordenado)
6- Ordem para os homens; Maternidade para as mulheres
7- Confissão
8- Matrimónio
9- Unção dos doentes

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Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 12 de May de 2005 16:59


Geode

Uma mulher na maternidade e ao dar um filho à luz, aí é que ela é grande, mais ninguém pode fazer tal...aí é que a mulher é bonita e valiosa:) aí é que a Mulher, põe o homem a um zero à esquerda....lol
Os senhores que não fiquem zangados comigo:) Na maternidade, os homens, não se julgam, nem são superiores à mulher...ehehehehhe

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de May de 2005 18:24

Bem não quero parecer indelicada, mas dar á luz é um processo biológico, que qualquer fêmea faz s etiver condições para isso - qualquer girafa, qualquer baleia, qualquer galinha... Etc...
Se é só pela função biológica de parir que se mede a grandeza da mulher, estamos mal...

Re: O futuro da Igreja e a Igreja do futuro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de May de 2005 18:29

Resta dizer que a natureza dotou o Homem de um oitavo sacramento - a Paternidade...

De quelquer forma, as mulheres acontinuma com menos um... Só por terem ùtero, presumo?

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