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Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de March de 2007 00:53
O teu tio era Manuel Pires? Lindo nome:)
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de March de 2007 02:07
Caros cibernautas;
O padre José Alem está a dar cursos Online;
Eu nunca tive nenhum curso online, mas gostava de ter. Alguém quer participar? Ele tem vários cursos e podemos escolher o melhor que seja para todos nós!
Ele tem um curso : "Como se comunicar bem" eu gostava deste. Não sou capaz de falar em frente às pessoas, só a ler por papel:)
Rui??????
Queres participar neste curso? E os restantes do fórum querem? Escrevam para o meu privado. E se não quiserem aqui esta mensagem, podem retirar.
Eu conheço o padre Alem pessoalmente, já esteve aqui no Canadá em missão durante um mês!
Espero pelas vossas respostas.
Obrigada,
Rita*
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de March de 2007 18:13
Brasil tem a menor proporção de padres no mundo católico - 26/03/2007 - 10:35
Dados de 2006, do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), mostram que a proporção de padres no Brasil é a mais baixa do mundo entre os países católicos.
Enquanto no Brasil há 18 685 padres, uma média de um sacerdote para mais de 10 mil habitantes, na Itália existe um padre para cada mil habitantes. Assim sendo, o país lusófono precisaria de mais 200 mil padres para atingir a média italiana.
A proporção do Brasil fica atrás mesmo quando comparada com a de países que não são maioritariamente católicos como os EUA, onde existe um padre para cada 6 350 habitantes, e a Alemanha, com um padre para cada 4 500 habitantes.
Na América Latina, o problema enfrentado pelo Brasil torna-se evidente ao analisar os números. A Argentina tem um sacerdote para cada 6 800 habitantes, e a Colômbia, um para cada 5 600. A média do México, o segundo maior país católico do mundo, é a que mais se aproxima da do Brasil: um sacerdote para cada 9 700 habitantes.
Numa tentativa de enfrentar a situação das paróquias sem sacerdotes, impedidas de celebrar a Eucaristia, Bento XVI recomendou a renovação da pastoral vocacional e uma melhor distribuição do clero no mundo. A ideia de ordenar homens casados foi rejeitada, reafirmando o valor do celibato sacerdotal.
www.católicanet.com.br
Re: Ser padre hoje
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 26 de March de 2007 20:37
Citação:Rita* Numa tentativa de enfrentar a situação das paróquias sem sacerdotes, impedidas de celebrar a Eucaristia, Bento XVI recomendou a renovação da pastoral vocacional e uma melhor distribuição do clero no mundo. A ideia de ordenar homens casados foi rejeitada, reafirmando o valor do celibato sacerdotal.
Renovação da pastoral vocacional... o B16 pelo visto não conhece mesmo nada do Brasil. Não esperava nada de novo desse pontificado, seria uma surpresa se acontecesse, então que venha a falta de padres para o bem da igreja. Na igreja católica toda abertura sempre aconteceu por necessidade, como o maior espaço para os leigos, então a falta de sacerdotes é sinal de esperança. Se ser padre é mesmo vocação, talvez o Espírito Santo não estar chamando quase ninguém para ser padre celibatário seja um sinal divino.
Nessa história toda fica aquela pergunta: pq a igreja não considera sequer que o "chamado" pode ser de uma neurose, de um distúrbio mental, de uma disfunção sexual? O índice elevado de casos de pedofila entre padres celibatários (que por teoria deveriam ser mais santos por não fazer sexo) aponta para outra realidade. Alguém poderia apontar alguma razão teológica para obrigar sacerdotes a serem celibatários? É fácil apontar algumas para permitir o casamento dos sacerdotes.
Vamos esperar mais qto tempo até o inevitável celibato facultativo?
Editado 1 vezes. Última edição em 26/03/2007 20:38 por firefox.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 27 de March de 2007 12:29
Rita:
Não,
O meu tio «padre» chamava-se « Manuel da Silva Portugal».
Eu fui baptizado na igreja cat. romana com o nome de « Manuel da Silva Portugal Pires».
O «Pires» veio de meu «pai».
Contudo no registo civil já tinha sido registado com o nome de «Manuel Portugal Pires».
Afinal de contas tenho DOIS nomes, parecidos mas distintos.
Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.
Editado 2 vezes. Última edição em 27/03/2007 12:31 por Manuel Pires.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 27 de March de 2007 16:23
firefox
Achei estranho o artigo que coloquei pois aqui diziam que o brasil tinha muitos padres e ouvi isso da boca de um bispo.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 27 de March de 2007 17:13
Rita,
Mas é bem verdade, o que vc citou está correto. O Brasil tem muitos padres e o Brasil tem poucos padres. Temos muitos padres em número, mas pouquíssimos em proporção. Tanto a população qto o território do país são muito grandes. Para vc ter idéia, anos atrás eu ajudei numa paróquia em que um único padre era responsável pelo atendimento de cerca de 130 mil pessoas. Dependendo do lugar em que vc for, há comunidades que têm uma missa por ano, algumas nem isso. Conheci famílias que, nos lugares mais remotos, andam umas 4h à cavalo para ir a algum povoado que tenha missa. Alguns padres tem até um jipe para conseguir visitar um número maior de comunidades. Alguns são verdadeiros heróis, vc nem faz idéia das loucuras que eles tem que fazer para atender o povo. Agora estou morando no interior, uma cidade pequena aqui no Brasil, a população é de "apenas" cerca de 120 mil moradores, e temos sorte pq, se não me engano, há 8 padres morando aqui, e nos períodos de festas recebemos outros que vêm prestar auxílio. Uma vez um brincou dizendo que era uma engrenagem numa fábrica de missas, mas a brincadeira revela um lado triste. Os padres sabem que não convém presidir mais de 4 missas por dia - estou sendo generoso colocando 4 como limite. Existe outra opção? Se não presidem, o povo fica sem missa. É impossível diminuir o número de celebrações sem deixar de atender os fiéis. O risco de "banalizar" a celebração pela repetição é grande, e não é culpa do padre, pq ele tb é humano.
Tudo isso somado, digo com a maior seriedade possível: a igreja católica tem um enorme problema com essa idéia equivocada de celibato obrigatório. Há por aqui muitos ministros da eucaristia bem formados, alguns inclusive estudaram teologia, têm uma espiritualidade muito viva e prestam um belo serviço às comunidades. Eles presidem celebrações da Palavra e o povo os respeita, dão um ótimo testemunho, mas...... Não podem ser padres, não podem presidir missas, e por quê não? Os próprios padres às vezes reconhecem que há alguns leigos que são melhores acompanhantes espirituais do que eles. Não estou propondo que agora qq um presida a missa, mas que não faz sentido colocar o impedimento do celibato obrigatório. Acho que a igreja faz bem em zelar pela formação dos presbíteros, mas não vejo razão para proibir o matrimônio hoje. As normas eclesiásticas são históricas e não precisam ser absolutizadas.
De uns tempos para cá penso no presbiterato como mais uma vocação entre outras na igreja, em pé de igualdade com a vocação de catequista, por exemplo. A catequese é muito importante, muito, mas dizem que somente a ordem imprime carácter. Até que ponto a estrutura atual tem sentido e até que ponto faz parte de uma ideologia para manter uma estrutura de poder? Noutro tópico citaram o Boff, e o livro que lhe valeu uma reprimenda: "Igreja, carisma e poder", o teólogo começou a pensar nessas coisas e.... Para quem puder e quiser, recomendo a leitura de um livro muito interessante: "Querida igreja", do jesuita Carlos Gonzalez Valles.
Abraços.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 27 de March de 2007 17:29
firefox
O Boff, falou nisso. Vai haver poucos padres, poque não os deixam casar. Eu até aí concordo com ele. Conheço padres que gostariam de casar e conheço jovens já formados que gostariam de ir para padres se eles casassem.
Foi o que o Boff diz e é verdade, no Vaticano só há padres velhos, como podem eles ter ideias novas? Tererá um velho vontade de fazer sexo? Eram essas palavras que ele queria dizer...até gostei de ouvir, embora muitos o criticam...
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 27 de March de 2007 19:59
Fantástico testemunho...
É aqui é que eu gostava de a contra-argumentação dos senhores do Balão Mágico Pireli.
Sonha-se em missas em Latim, em canto gregoriano... já dizia outro Pão e Circo.
Firefox,
Se puderes e quiseres podias partilhar um pouco da tua experiência?
Em comunhão
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 28 de March de 2007 02:01
Grande escolha, missas em latim, alguns nem português compreendem quanto mais latim.
Qualquer dia começa greve contra o Papa. :)
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 28 de March de 2007 10:50
Qualquer dia deixa de haver «papas», «bispos», «padres», «médicos», «advogados», «políticos», «enfermeiros», «bombeiros», e muitos outras profissões que hoje parecem indispensáveis.
Mas primeiro é necessário que Cristo venha tomar posse do poder que lhe pertence por justiça.
Então, vai deixar de haver missas, pecados, doenças, mortes, contendas, ignorância, desastres etc.
Enfim: .... O PARAÍSO (que Jesus prometeu ao «ladrão» arrependido, que estava a morrer a Seu lado).
Mas há muita gente no meio do «clero» que não acredita nisto. Sem isto, a nossa fé é vã e os verdadeiros cristãos são os homens mais niseráveis do mundo, como disse Paulo.
Citação:1 Cor 15, 19 E se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens .
Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 28 de March de 2007 12:39
É verdade Manuel, Cristo virá para nos resgatar. E o Ladrão já está no paraíso tal como Cristo lhe prometeu.
Citação:Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»
"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 07 de April de 2007 21:59
Jesus Ressuscitou!
O Amor é mais forte que a morte... Nada nos pode vencer, porque o Senhor Ressuscitou! Verdadeiramente Ressuscitou!!! (Pe. Alex)
Feliz Páscoa!
Do vosso irmão em Cristo:
Pe. Alex, Brasil
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 17:59
Padre Zezinho canta em Brasília, dia 21 de abril
Padre Zezinho, 40 anos de vida sacerdotal
“Nunca assumi o adjetivo cantor. Cunhei a expressão: não sou padre porque canto: canto porque sou padre!"
de Jaime Carlos Patias
José Fernandes de Oliveira, ou padre Zezinho, scj, 65 anos, é o pioneiro da canção religiosa. Possui 117 álbuns gravados no Brasil e no exterior, totalizando mais de 1.600 canções, algumas com versões em cinco línguas. Como escritor, padre Zezinho publicou 84 livros e escreveu pelo menos 1,2 mil artigos em jornais e revistas. Calcula-se que tenha se apresentado em mais de dois mil shows e conferências, além de atuar em vários programas de rádio e televisão.
Como começou sua carreira de cantor e compositor?
Não houve projeto nem sonho. Quando estudava nos Estados Unidos em 1964, compus um Pai Nosso em inglês e, mais tarde, algumas canções em português que agradaram. Os jovens da paróquia-santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara, em São Paulo, onde comecei meu ministério no Brasil, passaram a tocá-las, coreografá-las e cantá-las em missas e encontros. A gravadora das Paulinas ouviu falar. Irmã Maria Nogueira, a diretora, me convidou a gravar as canções que ouvira numa das missas, e o resto já se sabe. Passei a caminhar nessa direção. Deu-se o mesmo com o rádio, livros e televisão. Alguém me viu falando ou cantando, gostou e me convidou. Eu consultei meus superiores, aceitei e fui aprendendo. Nunca fiz marketing, nem procurei a mídia. A mídia me procurou e ainda procura.
Por que o título do primeiro LP “Estou pensando em Deus”?
Era uma das canções mais cantadas pelos jovens na paróquia. Achei que seria um bom começo. Continuo fazendo uma catequese que ajude a pensar. Canto mais para a cabeça do que para a emoção, embora algumas canções arranquem lágrimas. Quase 40 anos depois, continuo cantando “Sentado e pensativo” e “Eu penso em Jesus”. Um dos meus livros mais recentes se chama: “Cada vez que eu penso em Deus”. Para mim, crer supõe sentir, mas o bem-sentir depende do bem-pensar.
“Um certo Galileu” conta a vida e a missão de Jesus. Com qual objetivo o senhor escreveu essa canção?
Lembra o Jesus histórico e o Jesus da fé. Na mesma época, fiz outras canções que falavam de Jesus de Nazaré, o rabino assassinado e do Cristo de Deus, o Filho ressuscitado. Estudei Teologia nos Estados Unidos lendo Hans Küng, Tillich, Bultman, Barth e Rahner. Discutia-se muito sobre o Cristo histórico e o Cristo da fé. Fiz umas 20 canções mostrando os dois enfoques. “Um certo Galileu” foi a que mais caiu no agrado do povo e das mais diversas igrejas. É ecumênica!
O senhor sofreu censura ou represália durante a ditadura militar?
Dentro e fora da Igreja recebi ameaças e, por fim, ordem de prisão. Sou grato a dom Paulo Evaristo Arns e a dom Eugênio Salles, que me defenderam. Eu falara e cantara em Belo Horizonte num “Dia da Bíblia” em favor do voto, das eleições livres e da volta à democracia. Tive logo a seguir, cerca de 12 canções censuradas. A maioria delas, do musical “Oferenda”, declaradamente político e contra a ditadura, só foi publicada posteriormente quando a censura abrandou. Falava em favor do voto, dos índios e contra o latifúndio e a tortura. No auge das ameaças, fiquei um tempo na Espanha e na Itália. Mas não tocaram em mim. Frei Betto, sim, sofreu mais. Ele era muito mais da Libertação. Sempre o respeitei. Diz o que pensa! Padre Leão Dehon, fundador da Congregação Sagrado Coração de Jesus, da qual faço parte, foi um advogado e sociólogo ousado, defensor dos sindicatos de patrões e de trabalhadores, que também dizia o que pensava, mas propunha a busca do diálogo, por mais difícil que fosse. Eu também. Infelizmente, naqueles dias pedir diálogo e democracia soava como ser neutro. Respirava-se clima de confronto. Diálogo dói e eu sabia o que propunha, mas fui chamado em livro de um teólogo, a quem só tenho elogios, como “modernizante e não transformador”. Modernizantes não fazem história. A canção não é profecia maior. Escolhi ser profeta menor. Não foi por acaso que adotei o nome de padre Zezinho, scj. Sou uma daquelas velas pequenas perto de duzentos círios pascais.
O senhor defende a música que ajuda a pensar. Hoje temos mais de duas mil bandas católicas no país e muitos padres cantores. A sua atuação teve influência neles?
É o que me dizem. Mas não sei até onde isso é verdade. A maioria surgiu da vertente do louvor e eu segui a sociopolítica, do cotidiano da fé. Minhas canções são quase sempre calcadas na doutrina, nos documentos da Igreja, no catecismo. Eles privilegiam o louvor e o culto, o que também é necessário. Fujo da expressão “padre cantor”. É coisa da mídia, mas não da Igreja. No Antigo Testamento havia sacerdotes e levitas que cuidavam da Arca da Aliança (Js 3, 8-17, 4, 9-18), do sacrário e do altar. Também havia os que cuidavam da liturgia e do canto. Estes, sim, eram sacerdotes cantores. Mas na nossa Igreja não há esse tipo de ministério para o padre. Bispo nenhum ordenou um padre para cantar ou instituiu o ministério do leigo cantor. A Renovação Carismática usa esta expressão, mas cantar ainda não é um ministério oficial na Igreja. A meu ver não existe padre cantor, e sim padres que eventualmente cantam. É um serviço paralelo. Não é missão! Nesse sentido, sou um padre que leciona comunicação, compõe, faz arranjos musicais, forma cantores, prepara e suscita leigos maestros e usa da música para aprofundar a catequese. Nunca assumi o adjetivo cantor. Cunhei a expressão: não sou padre porque canto: canto porque sou padre!
E a canção católica, vai bem?
Vai e não vai. Temos bons cantores e bons maestros, mas acho que a maioria das letras e das melodias deveria passar por análise de professores de português, de teólogos e de liturgistas. Poderiam ser melhores, se os compositores lessem mais os grandes teólogos e os documentos da Igreja. Os temas e as melodias são muito repetitivos. Giram em torno de não mais de 50 palavras-chave. Ainda ontem ouvi, no rádio, uma canção que dizia: “Jesus te ama e o seu coração está sofrendo”. Que coração está sofrendo: o de Jesus ou o do fiel? Outra dizia: “Que Jesus possa te abençoar”. Por que: “possa”? É claro que ele pode! Outra canção dá a Maria um título que só a Jesus pertence: medianeira de todas as graças. Isso dá a entender que antes de orar a Jesus é preciso orar a Maria. A Igreja não ensina isso! No catecismo não há a palavra “todas”. Nem Maria quer tal exagero. Uma coisa é cantar por ária a Jesus, outra é acentuar sempre por Maria a Jesus. O erro está nas palavras toda e sempre. São pequenos detalhes que levam a grandes erros cantados por milhares ou até milhões de pessoas porque um compositor não pediu ajuda a quem sabe teologia. Eu estudei e componho há mais de 40 anos, mas ainda peço ajuda.
O que pensa dos oito canais de TV católica no Brasil?
Estamos aprendendo. Temos os instrumentos e gente boa, mas trabalhamos na insegurança. Vivemos de pedir. Se mudar o humor da economia e o humor do povo, teremos que fechar. Mídia custa caro. Poderíamos transmitir mais programas juntos, mas ainda não conseguimos trabalhar e transmitir em cadeia para gastar menos. Não é muito fácil juntar pregadores de cabeças e enfoques diferentes. Também temos muitos amadores que estão nesta mídia, mas ainda não entenderam a sua linguagem. Televisão é um veículo muito complexo. É como cavalo xucro, derruba. Não é lugar para improvisos.
E as revistas?
As revistas chegam a menos gente, mas com mais conteúdo. Custam mais barato do que o rádio e a televisão, envolvem menos pessoas e saem uma vez por mês; por tudo isso é mais fácil serem profundas e ricas de conteúdo. O que mata a televisão e o rádio é a urgência do cotidiano e o número de comunicadores. Por isso as revistas católicas se renovaram com mais acerto.
A fama pode ofuscar e desviar o pregador? E o dinheiro afetou sua vida?
Quem aceita subir no telhado que aceite os aplausos, mas também as perguntas e a controvérsia. Acho que nunca fui nem sou famoso a este ponto. Por isso mesmo não assinei contratos que pudessem me levar à fama. Ser famoso a este ponto é para quem tem essa vocação, é bom de estômago e quer esta exposição. Nada contra. Se alguém acha que pode enfrentar o holofote sem ficar cego, que o enfrente. Eu peço que o desviem para o povo porque quando o jogam em mim não vejo mais nada, nem as letras do texto que preparei para aquela hora. Meus superiores e os cantores cuidam dos outros detalhes. Eu cuido da pregação. Não tenho guarda-costas, nem preciso.
Com 40 anos de sacerdócio sente-se realizado ou tem ainda algum objetivo a atingir?
Peça aos leitores da sua excelente publicação que orem por mim, porque ainda não sei montar este cavalo chamado “mídia”. Sem espiritualidade, sem diretor espiritual e sem diálogo com todos os segmentos da Igreja é perigoso subir ao palco e falar apenas em favor de um pequeno grupo ou gostar demais daquelas luzes. O erro começa quando comunicar-se fica mais importante do que repercutir a comunicação da Igreja, ou quando subimos ao telhado (Mt 10, 27), não tanto para que mais gente nos ouça, mas para que mais gente nos veja. É bom que padres e leigos saibam disso! Excesso de imagem pode prejudicar a mensagem!
Jaime Carlos Patias é missionário, mestre em comunicação e diretor da revista Missões.
Publicado na edição Nº03 - Abril 2007 - Revista Missões.
www.catolicanet.com.br
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de April de 2007 18:29
"Porque olha a Igreja para o mundo como se este fosse um farol, quando é Ela que o deve ser para o mundo?"
Belas palavras de um Cardeal, penso eu ter sido Siri.
Abraçando-vos em Cristo,
Diogo, A.M.D.G.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 02 de May de 2007 14:26
Estudo desmente que sacerdotes católicos estejam abandonando o ministério -
Sessenta e nove mil sacerdotes deixaram o ministério sacerdotal, em 35 anos, e mais 11 mil regressaram, de 1970 a 2004.
Os dados são revelados numa pesquisa publicada pela revista italiana "Civiltà Cattolica", dos jesuítas, cujos textos passam pelo crivo da Secretária de Estado vaticana, antes de ser publicados.
O artigo é assinado pelo próprio diretor da publicação jesuíta, Pe. Gianpaolo Salvini, que cita as informações fornecidas ao Vaticano, pelas dioceses de todo o mundo.
De 1964 a 2000, 69 mil sacerdotes deixaram o ministério, mas de 1970 a 2004, 11 mil regressaram, o que representa uma percentagem de 16,2%.
"É um fenômeno de notável importância pastoral, que demonstra também a benevolência da Igreja" -explica a revista.
40% dos pedidos de dispensa chegam de sacerdotes pertencentes a ordens ou congregações religiosas. De 2000 a 2004 abandonaram o sacerdócio mais de cinco mil padres, a cada ano, o equivalente a 0,26% do total.
A revista apresenta o "perfil" do sacerdote que abandona o ministério: normalmente isso ocorre aos 13 anos de carreira eclesiástica e quando os sacerdotes estão com 50 anos de idade.
50,2% estão casados civilmente antes de verem aceita sua renúncia, por parte da Santa Sé, e 35,2% permanecem sós.
www.catolicanet.com.br
Fonte: Radio Vaticano
Local:Roma (Itália)
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 11 de May de 2007 16:20
Encontra-se aqui um padre vindo do Minho, Portugal para as festas em honra de Nossa Senhora de Fátima. Pe. Manuel Moreira, alguém conhece? Veio a convite dos mordomos da festa deste ano, que também são do Minho. Aida e Luís Oliveira.
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 11 de May de 2007 19:30
O CORAÇÃO JOVEM DA IGREJA PULSOU FORTE NUM SÓ RITMO NO PACAEMBU
Estamos a mil por ora! Ontem, no Pacaembu, jovens representantes de todo o Brasil puderam sentir que são realmente o coração da Igreja. Porque a Igreja do mundo todo estava lá! O Papa e os Bispos representavam os fiéis do mundo todo. E os jovens pulsavam sua vibração e seu testemunho de amor pelo Cristo para todo o corpo eclesial! Um só era o ritmo! Um só o Coração!
Viva nossos Jovens! Viva a juventude da Igreja! Viva Jesus Cristo Jovem!
E uma frase marcou:
"Sem a juventude, o rosto da Igreja estará desfigurado!"
Bento XVI
Nas palavras do Santo Padre sentimos o estímulo para continuar nossos trabalhos em prol da construção da Civilização do Amor. Encantados pelo Cristo e pulsando sua vida percebemos que não somos o futuro, mas somos a Igreja hoje. E a Igreja é Jovem!
Obrigado Santo Padre! E parabéns Jovens! Um agradecimento especial aos 600 "amarelinhos" de Curitiba! Contamos com todos vocês em nosso trabalho, que é grande!
Seguem algumas fotos para recordar o sublime momento!
--
Em Cristo!
PE. ALEXSANDER CORDEIRO LOPES
Vice-Reitor do Seminário São José
Coordenador da Comissão Juventude
Assessor da PJB
Diretor Espiritual do TLC
RESIDÊNCIA:
Seminário São José
Fone : (41) 3285-4097
Endereço: Rodovia BR 277 Curitiba Ponta Grossa Km 99. Número 4505.
Bairro Órleans. Curtiba, PR.
CEP: 82305-200.
CENTRO PASTORAL (SECRETARIA DA COMISSÃO JUVENTUDE):
(Atendo terças e quintas das das 8hs às 12hs)
Fone: (41) 2105-6368
Endereço: Av. Jaime Reis. Número 369.
Alto São Francisco. Curitiba, PR.
CEP 80510-010.
E-MAIL:
pe.alexcordeiro@gmail.com
CELULAR:
(41) 9655-1121
Re: Ser padre hoje
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 12 de May de 2007 05:08
Recebi este mail do padre Alem, que vou aqui colocar e vejam como nos tratam os padres brasileiros... e o povo tambem se enamorou por eles! :-)
***
Estimada Rita, bom dia.
Espero que esteja bem.
Nem sempre tenho tido tempo para responder a todos. Tenho trabalhado muito: retiros, cursos, aulas, palestras, encontros, atendimento, estudos, viagens, etc...
Fico feliz em receber notícias e saber que se inscreveu nos cursos da AulaVox.
Sempre me recordo com carinho de você e de todos aí de Edmonton.
Espero ainda retornar para revê-los e aguardo a alegre notícia de um dia recebê-los aqui no Brasil.
Dê saudações minhas a todos que se lembrarem de mim.
Meu site ainda não está pronto mas espero que com calma eu consiga actualizá-lo.
Estou precisando de uma pessoa para me auxiliar pois o trabalho é muito.
Saudações a todos de sua casa.
Sinceramente,
Pe. J. Alem
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