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Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 16 de November de 2005 01:18

Eu acredito que Jesus Cristo era homem como outro!Sofreu, chorou, riu, brincou, com uma identidade única e muito sólida!Quero acrescentar e se repararem, para o facto de Jesus Cristo quando se dirigia ao povo e aos discipulos, dizia muito, o Filho do homem.
Quero realçar outro aspecto, Jesus Cristo não é uma ideologia, é algo muito concreto, real, que este e está no meio de nós!.-p
Paz e bem

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 16 de November de 2005 10:29

Caro huguenote, não poderia estar mais de acordo com a tua opinião. Comungo plenamente com aquilo que disseste.
Agora o problema é tentares transmitir essa tão importante mensagem para jovens que como se denominam "filhos da ciência" e que não acreditam em nada na 2ª parte da tua mensagem, isto é, que é real e que está no meio de nós - filiação divina.

Se tiveres (tiverem) algumas ideias para preparar uma sessão de catequese sem ser meramente falar, falar e falar ... fico agradecido e os jovens também, claro está.

«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: huguenote (IP registado)
Data: 16 de November de 2005 18:03

A minha opinião é fazê-los pensar!Pode começar a concordar com o que eles dizem, depois começa a dialogar com o que eles dizem, confrontando-os com outras coisas!Por exemplo... Deus não existe! perguntar porque não?! Porque se acredita no dinheiro ou poder? E não se acredita no amor?! O que é o amor?! Não se sabem?! Deus é amor...E tentar partilhar experiências e o que vive...Desculpe se não compreendeu... O essencial é que há sempre duas partes...E ser uma balança...Conseguir jogar com isso...Demomento é a ideia que me ocorre!Mas futuramente penso ser mais conciso e ajudá-lo!:-p

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: trento (IP registado)
Data: 17 de November de 2005 15:25

Mas huguenote, o problema deles não é o não acreditarem em Deus, mas sim o não acreditarem que Jesus é Filho de Deus. É diferente e mais complicado de explicar por palavras "simples" aos rapazes e raparigas de hoje, que se presupõe chegados a um grupo de preparação para o crisma (11º ano) já tenham esses conteúdos e ideias esclarecidas. Por outro lado, agora que são confrontados pela ciência em termos mais concretos, ficam com dificuldade em se apoiarem no abstracto e naquilo que não é demonstravel através da física, o que de certa maneira justifica a dificuldade em acreditar.
Percebes-te?
(mas obrigado pela tua ajuda)

«Que a paz esteja convosco»
Fernando Cassola Marques

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Miguel D (IP registado)
Data: 17 de November de 2005 15:44

Trento

experimenta fazer o jogo deles mas ao contrario...

Passo a explicar: partimos do principio que eles acreditam em Deus. Depois discutes com eles a mensagem de Jesus, independentemente de eles acreditarem na divinização ou não de Cristo. Deves explicar-lhes que independentemente de tudo, Jesus foi um homem como nós fomos. Não te deves cingir a dogmas, mas tentar explicá-los... É dificil dizer a um jovem que X é assim, porque é assim ou porque sempre se disse que era assim...

Deverás também fundamentar-te porque é que eles não acreditam na divinização de Jesus. Não lhes imponhas nada. Senta-te com eles e ouve as suas razões para não acreditarem que Jesus é filho de Deus. Ouve e depois diz-nos mais qualquer coisa. É muito importante para um jovem sentir que o ouvem e que dão importancia à sua opinião..

Mais importante que absorver dogmas é tentar explicá-los...

Um abraço

Miguel Dias

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 17 de November de 2005 19:28

JMA
Só hoje parei para ler a página que você recomendeu. D+ , obrigado, muito Bom!!!
chris

Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 28 de April de 2006 21:37

Sim Jesus Cristo era um homem da sua época como outro. Ele veio em carne. Era um homem mortal, embora o movimento sedutor do «anti-cristo» afirme o contrário.
Contudo Jesus Cristo, ao contrário dos outros homens teve uma pré-existência extra-terrena. Ele era o filho Unigénito de YHWH que estava com Deus.
(não sei se já repararam que eu me esforço por não dizer o que me vem à cabeça, mas em demonstrar o que afirmo com passagens bíblicas. Para ter acesso a essas passagens basta clicar as letras desta cor)


Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 1 vezes. Última edição em 28/04/2006 21:45 por Manuel Pires.

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 23 de October de 2006 12:39

Através do blog Padres Inquietos encontrei uma interessante entrevista ao cardeal Tarcisio Bertone, S.D.B., novo secretário de Estado vaticano:

A heresia ariana continua a tentar a Igreja, reconhece cardeal Bertone

O cardeal Tarcisio Bertone, S.D.B., novo secretário de Estado vaticano, considera que, como nos séculos passados, a Igreja continua a experimentar a tensão da heresia ariana, ou seja, a concecpção segundo a qual Cristo não é Deus.
Em uma entrevista concedida a Jaime Antúnez, para o jornal chileno «El Mercurio», o principal colaborador de Bento XVI no governo do Vaticano desde 15 de setembro reconhece que «um dos principais problemas de nosso tempo é o problema da cristologia», segundo a qual se considera Cristo somente como «um grande homem». «Se a divindade de Cristo é posta em dúvida...», põe-se em dúvida o fundamento do cristianismo, reconhece, recordando a doutrina de Ário (256-336), sacerdote de Alexandria e depois bispo, que desde 318 negou a divindade da segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo.
Sintomas desta negação da divindade de Jesus são, por exemplo, o sucesso de «O Código da Vinci», apesar de sua trama se basear em «invenções novelescas absolutamente vergonhosas», reconhece o purpurado italiano.
«Mas vemos também que inclusive na elaboração de certa teologia se põe em dúvida a divindade e a unicidade salvífica de Cristo, único Salvador», reconhece.
«Esta redução cristológica trai a fé da Igreja nascente e dos grandes concílios cristológicos, de Nicéia, Constantinopla e Calcedônia. É uma autêntica traição e um desmentido à fé de nossos pais», recorda.
Segundo o cardeal Bertone, «é necessário, pois, voltar à fé cristológica, à centralidade de Cristo, verdadeiro Deus e, portanto, único Salvador».
Mas, segundo o secretário de Estado, a Igreja não só enfrenta a ameaça do arianismo, mas também de um novo «pelagianismo», uma das heresias de maior peso na história da Igreja, surgida no século V.
«Este erro de pensar que podemos construir uma Igreja por nós mesmos, e de achar possível salvar-se por si mesmos, sem a graça e a ajuda do Senhor», indica. «São perigos recorrentes que aparecem sucessivamente na história», reconhece.
Estes dois desafios foram discutidos pela declaração «Dominus Iesus», «sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja», firmada pelos então cardeal Joseph Ratzinger e pelo arcebispo Tarcisio Bertone, em qualidade de prefeito e secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.
FONTE - Zenit

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 23 de October de 2006 14:36

O rico sem juízo

Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus: - Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou. Jesus disse: - Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês? E continuou, dizendo a todos: - Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas.
Então Jesus contou a seguinte parábola: - As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: "Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: 'Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.' " Mas Deus lhe disse: "Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?"
Jesus concluiu: - Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos. (Lc 12, 13-21)

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 23 de October de 2006 23:01

Heresia é questão
ou lampejo de verdade
que incomoda a inquisição
ou o papão da cidade.

Jesus não nos mandou fabricar ideologias pró ou contra.
O que S. João 1,1-18 diz é que o Verbo está para a Criação assim como Jesus Cristo está para a História. Não creio que Jesus fosse ciente de tudo quanto acontece no Universo. Aliás se o fosse, teria cometido grave pecado de omissão, ao não ter escrito sobre assuntos chave para a compreensão do Universo e para o progresso da humanidade. Ademais não era obviamente ateu.

*=?.0

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 24 de October de 2006 00:08

Jesus é Deus e homem.

Achei que tinha interesse colocar aqui este texto do D.N.de 23/10/06.

Neste texto , se lido com atenção, verifica-se que fala do tema do tópico.
Por outro lado tem a vantagem de nos entusiasmar para a leitura de um livro.

Aqui vai:

"A vida de Deus em mim
João César das Neves
Professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Hoje fala-se muito de Deus. Hoje na sociedade laicizada fala-se muito de Deus. Para louvar ou para negar, para pedir ou para blasfemar. Seja acerca do terrorismo islâmico ou das peregrinações a Fátima, sobre as obras de misericórdia ou a diplomacia do Vaticano, a propósito do Natal ou do aborto, da Maçonaria ou da arte sacra, passamos a vida a falar de Deus.

Mas, para lá disso tudo, há também Ele. Ele mesmo, o próprio Deus que passa discretamente ao lado do barulho que fazemos, e vem directo ao âmago da nossa vida. Hoje na sociedade laicizada vê-se muito Deus.

Acaba de ser publicada A História de Deus Comigo, do padre António Vaz Pinto S. J. (Aletheia, 2006).
Os livros de memórias são raros na literatura portuguesa, e os livros de memórias de sacerdotes são quase inexistentes na nossa edição contemporânea.

A vida que este relata é sem dúvida excepcional, não só no seu sentido profundo, mas até segundo os critérios tacanhos da cultura mediática. Fundador do Banco Alimentar contra a Fome e dos Leigos para o Desenvolvimento ("a ONGD portuguesa com mais voluntários no terreno", p. 273), foi o primeiro alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, de 2002 a 2005, e é uma personagem conhecida pelas suas frequentes intervenções na rádio e televisão. Relatando todas estas iniciativas, e tantas outras actividades de padre jesuíta, num tom coloquial e aberto, constitui um livro encantador e divertido.

Mas o centro da história não é o homem de 64 anos, aluno do colégio de São João de Brito e da Faculdade de Direito, que abandonou as festas da Lisboa burguesa para se lançar na aventura de entrar no noviciado da Companhia de Jesus aos 22 anos. O tema do livro não é o percurso que o leva de Soutelo, perto de Braga, (cap. 6) até Frankfurt (cap. 9), Coimbra (cap. 12), África e Timor (cap. 13 a 15), de aluno a professor e conferencista, de construtor civil a armazenista de géneros alimentícios. Não são sequer as conversas, palestras, confissões, retiros, missas. O centro e o tema deste livro "não assentam em eu ser católico, padre jesuíta, celebrar todos os dias a missa e comungar, procurar ajudar os outros, etc... Tudo isso seria ainda confiar em mim, nas minhas obras, na minha justiça... Confio e vivo confiado, porque confio no amor e misericórdia de Deus que se manifestou definitivamente na morte e ressurreição do Seu Filho Jesus Cristo; confio e vivo confiado, não porque eu sou bom, mas porque Ele é bom." (p. 161-2).

Porque a grande surpresa, a única Boa Nova que o mundo recebe é que Deus vem pessoalmente viver aqui, no meio de nós. Nasceu como um bebé, viveu como um jovem e um homem, andou pelas nossas ruas, foi morto, mas ressuscitou.

Acima de tudo, garantiu: "Eis que eu estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). No sacrário, na oração, na comunidade cristã, em toda a Criação, em cada um dos nossos gestos que Ele acompanha minucioso e amoroso.

Por isso acontece-nos a nós, a cada um de nós, encontrá-lo numa curva do caminho, passando na margem do lago (Jo 1, 35), sentado num poço (Jo 4, 7) ou preso na cadeia. Ele vem continuamente ter connosco, em cada canto da nossa existência, que quer mudar radicalmente. "Eis que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo." (Ap 3, 20).

Essa ceia pode ser a vida inteira. Viver centrado noutro é a única forma de viver. A vida é para se dar. Mas só atinge a plenitude quando se dá ao Senhor do universo, que se dispõe a ser "caminho, verdade e vida" (Jo 14, 6) no quotidiano concreto de cada um de nós.

Não apenas dos padres e bispos, não apenas dos santos e sábios, mas de mim, de si, de todos, sobretudo dos pequenos, dos pecadores. Viver a vida como um aventura permanente, que Deus concebe connosco, chamando, atraindo, desafiando, construindo. Em geral pacientemente esperando que abandonemos as nossas tolices e concordemos com Ele, seguindo o caminho para a Verdade e a Vida.

Hoje na sociedade laicizada fala-se muito de Deus. Mas "Deus não é para mim uma simples coisa, um princípio, uma teoria, uma abstracção, uma força cósmica, mas um Alguém, com Quem, apesar de todas as minhas falhas e imperfeições, tenho uma relação real, viva, experimentada, permanente, de amizade, de confiança, relação que afasta e expulsa o deserto e o vazio..." (p. 412).

Como é que se pode viver de outra maneira?"
(sublinhado meu)

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 24 de October de 2006 09:40

O que Jesus manda fazer é isto (S. Mateus 28):
19*Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20*ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.
- Nada de ideologias. Aliás as ideologias só servem de suporte a regimes opressivos, tal como tem acontecido com a Igreja Católica, que continua agarrada às tetas da grande prostituta: A inquisição (agora com nome soft).
E Jesus supreende-nos ao afirmar:- "quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque eu vou para o Pai" (S. João 14,12). Entendo que cada pessoa está em relação generativa com o Universo, até ao momento em que razão, consciência e liberdade se terão repartido em átomos e horizontes de ser e existir de que levam a marca indelével. Cabe a cada ser humano assumir em plenitude tal condição. A missão de cada um ganha sentido no penetrar o mistérios desta origem que nos leva ao princípio dos tempos e nos reporta ao fim último das coisas. Jesus é o primogénito de uma humanidade dotada de uma consciência expandida, bem para lá dos condicionalismos de natureza social, económica ou religiosa, porque somos filhos de Deus.

1 1*No princípio existia o Verbo;
o Verbo estava em Deus;
e o Verbo era Deus.
2No princípio Ele estava em Deus.
3*Por Ele é que tudo começou a existir;
e sem Ele nada veio à existência.
4*Nele é que estava a Vida
de tudo o que veio a existir.
E a Vida era a Luz dos homens.
5A Luz brilhou nas trevas,
mas as trevas não a receberam.
6*Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. 7Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. 8Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
9*O Verbo era a Luz verdadeira,
que, ao vir ao mundo,
a todo o homem ilumina.
10*Ele estava no mundo
e por Ele o mundo veio à existência,
mas o mundo não o reconheceu.
11*Veio para o que era seu,
e os seus não o receberam.
12*Mas, a quantos o receberam,
aos que nele crêem,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
13*Estes não nasceram de laços de sangue,
nem de um impulso da carne,
nem da vontade de um homem,
mas sim de Deus.
14*E o Verbo fez-se Homem ("carne" noutras traduções)
e veio habitar connosco.
E nós contemplámos a sua glória,
a glória que possui como Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.
15*João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
16*Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. 17*É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
18*A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

*=?.0

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 24 de October de 2006 22:25

Albino

Sugiro-te que digas as coisas mas de uma forma correcta. Não estou disposta a ler frases que manifestam desrespeito por todos nós, incluindo a tua pessoa.

E misturar tudo...francamente...no meio de um texto sério, um texto da Bíblia apareceram frases como tu escreveste, acho que te distraíste... Não te cito por considerar que o escreveste não merece citação.

Mª José
_____
[Editado por Alef, a pedido da autora]



Editado 1 vezes. Última edição em 24/10/2006 23:26 por Alef.

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 25 de October de 2006 08:23

Maria José,

Podes explicar o que te indignou tanto?

É que lendo o texto do Albino não encontro nada que mostre desrespeito.

Em comunhão

Em comunhão

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 25 de October de 2006 10:21

Maria José,
"a grande prostituta" vem referida em vários pontos do Apocalipse (Ap 17; Ap 19,2). Quanto à palavra heresia, que foi mote para torturar, perseguir e assassinar pessoas íntegras, honradas e honestas aos milhares, acho que devido ser banida do léxico das pessoas dotadas de qualquer ínfima parte de aprumo moral. É que chefões fascistas e fascizantes sabem que pôr em causa, por qualquer meio a ideologia dominante, é pôr em causa o seu poder pessoal. Acontece que a diversidade é marca indelével do que é belo e mesmo a simetria é na sua essência dual.

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Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Vítor Mácula (IP registado)
Data: 25 de October de 2006 13:05

Bom dia.

Como é a primeira vez que me intrometo aqui no Paróquias, não sei se pisarei alguma regra ou não, e agradeço que mo digam caso o fizer.

« Jesus é Deus »

Ora se o « é » significa uma igualdade estrita, teremos de dizer, das duas uma :

- Jesus não é humano, pois nada humano é criador do universo ;

- Jesus não é Deus, pois Deus não nasceu numa noite qualquer num qualquer estábulo.

É a tensão entre ambos que permite e instiga o movimento da conversão.

Mistério que move

A fixação do mistério em conceitos, numa tentativa de entendimento e inteligibilidade dos mesmos não pode anular a tensão, visto que é nesta que está a dinâmica.

É a igualdade irreflectida dos termos « Jesus » e « Deus » que obriga a fixação (só Deus ou só humano), ao contrário do que dizem os nosso preconceitos mais apressados.

Não faço a mínima se fui claro… espero bem que não :P

É evidentemente que nós gaguejamos o mistério da relação de Jesus com Deus, em infinita diferença à nossa : consubstancialidade, da mesma natureza que, absoluta transparência e por aí afora confusamente.

Jesus tem a presença total da presença de Deus nele, tenha ou não consciência disso em todos os momentos da sua vida, tal como eu sou totalmente habitado pela minha natureza, mesmo quando não penso nela ou a/me vou descobrindo gradualmente.

Jesus vê o Reino de Deus com a mesma transparência com que eu vejo o meu habitat natural.

Jesus é da mesma substância do Pai tal como eu sou da mesma substância do universo criado.

Mas tudo isto, claro (ou melhor, obscuro ;) está, é um mistério. Chama-nos a mergulhar Nele com confiança e esperança, amor e segredo, e darmo-nos no mundo a partir dessa estilhaçante luz.

Sei lá… ;)

Aproveito, já que isto é um forum e o camilo/Padre Inquietos/cardeal Bertone « puxaram » o assunto, para dizer que a posição arianista é uma interpelação do paradoxo e da procura (como toda a heresia, ou escolha, isto é, focagem num dos polos da tensão, neste caso no da divindade de Jesus). Ou seja, é evidente que sempre a heresia está latente na « ortodoxia » ; ela é uma das suas categorias mais profundas, e é, como se vê pela história dos concílios, o próprio movimento da difícil e contínua conversão. Ou seja, não é ameaça nenhuma, mas aprofundamento existencial, procura, autenticidade confusa. Só a fixidez é um perigo espiritual, visto transformar algo que é da ordem da vida (o espiritual, o religioso) numa ideologia e, no pior dos casos, numa identidade socio-religiosa auto-idolatrada. Quero dizer com isto que o movimento da conversão passa por ir de um polo a outro, numa contínua interpelação.

Para além disso, penso que não ha nada de mais perigoso do que pretender saber-se que se está certo (em termos de conhecimento, não de anseio amoroso, evidentemente) acerca de Deus.


Abraços a tutti quanti ;)

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de October de 2006 23:17

Vitor Macula, quando tiver tempo farei uma analise mais cuidada da tua mensagem. Agora apenas quero referir que o arianismo não se foca na divindade de Jesus mas antes a nega, para o arianismo Jesus era apenas um homem.

Esta "despromoção" de Jesus está de acordo com o relativismo religioso e moral que crescem na nossa sociedade. Para muitos Jesus acaba por ser um sábio entre outros sábios, um filosofo entre outros filosofos.

Afinal se era um homem como os outros porque devem as suas palavras serem tidas em tanta conta acima das palavras de outros homens?

Poderiamos considerar que Maomé é considerado pelo islão apenas um homem, papel semelhante seria então o de Cristo no cristianismo. E Maomé é respeitadissimo entre os islamicos. Mas o islão tende a ser monolitista e a sociedade ocidental é cada vez mais plural e o conhecimento religioso desvalorizado.

Sendo Jesus Cristo considerado apenas um homem uma sociedade plural em que a religião ocupa um lugar secundario então a sua mensagem perde importancia. Jesus para muitos, mesmo muitos que se afirmam cristãos, fica a par de Buda, Maomé, Marx, Kant, o primeiro ministro desse pais na altura.

Jesus deixa de ser considerado Deus para ser apenas um ídolo secundario.

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 26 de October de 2006 00:22

Só Deus pode perdoar os pecados e
Jesus veio trazer a RECONCILIAÇÃO.(Anselm Grün )

Jesus perdoa até mesmo àqueles que O pregaram na cruz.

A cruz é a confirmação da certeza de que Deus sempre nos perdoa.

A cruz revela que Deus é misericordioso e que não há pecado, por mais grave que seja , que com nosso arrependimento Ele não perdoe.

Ele perdou até os que O mataram.

Na cruz Jesus dá o exemplo maior do perdão.

A maldade do mundo não O venceu, Ele não odiou seus algozes, mas pediu perdão para eles.

Eles apenas O atingiram exteriormente com sua maldade, o BEM VENCEU.

E pede que O sigamos neste exemplo de perdão. E nos reconciliemos com tudo e com todos, e consequentemente com Deus.

O diácono Estevão foi um dos que O seguiu e pediu para Jesus perdoar os que o apedrejavam...
Jesus nos legou o Sacramento do perdão.

Sim Deus se fez um homem como os outros para ensinar-nos que é possivel amarmos como Deus nos ama.

O homem é capaz do agápe!



Editado 1 vezes. Última edição em 26/10/2006 00:30 por Chris Luz BR.

Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 26 de October de 2006 10:37

Jesus não muda ao sabor das opiniões que temos sobre ele. Quem tem de mudar somos nós. Ele é o Cristo de Deus, o Messias, o Logos de Deus feito História, a tese de Deus para a Fé da Humanidade. Ressuscitado vive na plenitude de Deus e portanto onde ele está está Deus.
Mas mais do que dizer quem Ele é o que importa, para que mudemos, é que escutemos a sua voz n'alegria do coração.

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Re: Jesus Cristo era um homem como outro?
Escrito por: Vítor Mácula (IP registado)
Data: 26 de October de 2006 11:22

Bom dia, Camilo.

Exprimi-me mal… O que eu quis dizer é que o arianismo se foca no problema da divindade de Jesus (ou melhor, da unidade de Jesus com Deus) produzindo um movimento do entendimento em resposta à incompreensibilidade, pedra de tropeço, paradoxo, o que lhe quiseres chamar, que uma estrita identidade produz, e como referi (nada humano é criador do universo ; Deus não nasceu num qualquer dia terrestre). Reduzir o arianismo como interpelação e resposta a tal escândalo para a razão a uma simples negação… é nem sequer aproximar-se do problema. Isto é, não me parece que dizer simplesmente « Jesus é Deus », isto é repetir a afirmação problemática, seja fazer seja o que fôr.

Digamos que o arianismo não pega em Jeus como um homem qualquer, mas como aquele que disse : « Eu e o Pai somos um », onde tropeça como qualquer um que anda. Que Deus nos pegue pelo colo nesse movimento (a Graça) é outro momento do tropeço, ou outra questão, quero dizer – é posterior, em termos da dinâmica de conversão.

Um abraço.

PS : Não concordo muito com a análise sociológica e histórica que fazes, mas deixo isso para uma fase posterior, em termos de… dinâmica de conversação ;)

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