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Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de October de 2005 19:10

Galvão

Sabe que até alguns padres se sentem sós? E não é preciso serem velhos. Eu escrevo-me com alguns padres e eles dizem é tão bom receber o seu correio. Há um padre que me diz, telefone-me, telefone-me: eu já lhe respondi, você quer que eu lhe telefone, porque muitas senhoras não se sentem bem a falar com os padres, não é? E ele diz, pois é:)))

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 11 de October de 2005 20:12

Vai tudo dar no mesmo
Os homens de hoje não abrem o coração aos semelhantes, aos idosos, aos doentes, aos tristes, aos carentes. Lembro o anuncio da prevenção rodoviária sobre as passagens de peoões em que se diz "dê mais tempo a quem mais precisa de tempo" e via-se um casal idoso a tentar atravessar uma rua estreita ...
O tema daria pano para mangas...
Vamos fazer amigos nos mais sós. Vamos dar amor...

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de October de 2005 20:46

Galvão

Já tenho dito a senhoras, vão passear até Portugal, há sempre excursões. Já me têm respondido, se você fosse? O que não compreendo o eu ir.
Outra senhora casada, disse-me há dias. Não tenho ninguém com quem sair. Eu disse-lhe vá com o seu marido a passear por aí pelo país fora.
As pessoas que não conduzem sentem-se isoladas e parece-me que algumas não sabem passear com os maridos. O que acho algo anormal.

Os casais novos do fórum não têm nada a dizer?

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 11 de October de 2005 22:23

O meu conceito de solidão neste forum não é de quem vive acompanhao tem problemas familiares ou outros e para esses haverá outros espaços que poderão ser abertos se alguem desejar e aí sim falar nessas situações. Aqui é quem vive só e quem está abandonado mesmo num lar ou centro de dia, num hospital como doente crónico ou terminal
Esses são verdadeiramente os mais sós e os abandonados.
Sem esperança no amanha ou no futuro e só lhe parece esperar a sorte da morte.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 12 de October de 2005 11:30

Amigo Galvão:

Esqueceste-te de referir as crianças institucionalizadas e os presos.

Não há maior solidão que a dessas pessoas, sobretudo a das crianças.

Felizmente, há sinais de esperança: [www.anfaci.org]

Quanto aos doentes em fase terminal, nem todos estão sós ou abandonados.

Pelo contrário…

E essa situação não se resolve com iniciativas isoladas de “caridade”, mesmo que

bem intencionadas.

Há que investir em mais equipas especializadas e recursos em cuidados paliativos.

Ou seja, é preciso ter uma resposta técnica especializada para essa questão

específica e não apenas boas vontades desarticuladas de um projecto global.






Re: O drama da Solidão
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 12 de October de 2005 12:36

Amigas

É para estas que as minhas mensagens se dirigem.
As outras pessoas que procurem ocupar os seus tempos livres e sair das depressões é o que devemos tentar fazer e ajudar. Palavras nesse sentido e apoios reais são o que se pode e deve fazer, casos como os que a Ana descreve cabem neste ponto, mas não deixar de tentar.
É a velha filosofia chinesa, se têm fome não dês de comer mas ensina a pescar...


Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 12 de October de 2005 15:01

Galvão

Os idosos que se encontram em lares, têm companhia, quem os assista e esperam talvez pelas famílias. Agora os abandonados que se encontram nas suas próprias casas ou não têm filhos ou os filhos vivem longe ou os filhos não querem saber dos pais, estes talvez sejam os que mais precisam de uma visita e ajuda.
É triste mas é verdade, tenho ordem de uma senhora, se ela vier a falecer, ter de ser eu a seguir para a frente com o funeral, se os filhos não aparecerem.
Tem um testamento feito para os netos, vocês concordam? Então não devia ser para os filhos?

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 12 de October de 2005 18:26

Tema de Sucessões é tema complicado.

Quanto a nos lares se estar acompanhado, Talvez mas mesmo assim pode haver o sentimento da solidão por faltarem os que são famíliares e os amigos de sempre, e os funcionários por muito preparados serão autoridades diante dos hospedes e nunca familia.
É fundamental não sentir a solidão mesmo que no meio das multidões

Re: O drama da Solidão
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de October de 2005 01:29

amar e não ser amado, não se sentir amado é um fardo pesadissimo.

Talvez os idosos tenham companhia mas para quem tanto ama os filhos não sentir retribuido esse amor é certamente um peso imenso.

Focaram tambem o problema das depressões, é uma doença terrivel. As pessoas precisariam de conviver mas frequentemente tendem a isolar-se. É uma doença psicologica e as pessoas são muito mais compreensivas com as doenças fisicas que com as mentais.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de October de 2005 11:34

AS depressões têm cura com psioifármacos.

Um pessoa com uma depressão ( doença mental grave, em que os factores biológicos são determinantes) não se cura com umas piedosas visitas de estranhos.


Cá para mim, podem até piorar.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de October de 2005 14:48

Só com psicofarmacos podem não ser suficientes. Os psiquiatras recomendam a essas pessoas sair, conviver, passear, até ler livros em quadradinhos, ver filmes comicos.

Se uma pessoa dessas se fecha muito pode ser muito util que alguem a visite e incentive a conviver. É melhor que ficar sempre isoldado. Até porque se não for acompanhado muitas vezes abandona o tratamento. Mas quem visita regularmente um idoso ou um doente não é propriamente um estranho. Eu que faço isso sei que sou considerado por algumas dessas pessoas um amigo intimo, contam-me a sua vida, provavelmente sei pormenores dela que mais ninguem sabe.

por isso é preciso perseverança, continuidade, regularidade. Uma visita ocasional e fortuita não é o melhor embora por vezes os alegre muito ver uma cara nova ou uma visita de alguem que apenas passa pela casa deles 3 ou 4 vezes por ano.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de October de 2005 16:24

Camilo

Concordo contigo.
E acrescento, quando gostam das pessoas, essas que vivem na solidão ainda pedem para voltarmos mais vezes a visitá-las. No entanto, pessoas que eu visito tomam esses psicofármacos.
Deves ser um homem exemplo, é pena que muitos não sigam os teus passos.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 20 de October de 2005 23:26

Há faculdade que tem grupos de acção social. A Católica tem dois, um vocacionado para acções em Portugal, e outro em Africa.
Ainda tem os grupos de Nossa Senhora de Fátima. A Lusíada tem a AASUL (Associação de Acção Social Universidade Lusíada)

E conheço mais um grupo do género, que não está inserido em nenhuma Universidade, pois surge da vontade expressa de continuar a fazer mais e ir mais longe, chama-se Portugal Voluntário. Foi criado pelas pessoas da ASUL e funciona só em Portugal, principalmente no Alentejo com apoio das paróquias e das irmãs.

Relativamente aos grupos da Católica sei pouco. Na ASUL, fazem-se visitas à prisão hospitalar de Caxias, ao lar de Idosos da Rua da Junqueira, no bairro das Salésias (antigo campo de futebol do Belenenses) e houve anos em que se fazia visita ao hospital Egas Moniz.

É só uma questão de se encontrar o grupo mais adequado à nossa realidade, sensibilidade e possibilidade.

Os hospitais procuram sempre voluntários.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de November de 2005 13:33

Vale a pena dizer
"eu gosto de você"

Todos nós temos necessidade de afecto.
Muitas vezes temos dificuldade em expressar
o que sentimos pelas pessoas,
achamos que elas sabem e que isso é suficiente.

Mas quem não gosta de um abraço,
um carinho, uma palavra amiga,
uma palavra de amor? Quem não precisa disso?
Há pessoas morrendo de fome no mundo,
todos falam,
mas quantas pessoas há que estão morrendo
de solidão?

Recebemos com muita frequência mensagens
dizendo que devemos dizer às pessoas
o quanto as amamos porque nunca sabemos
se é a última vez que as estamos vendo.
Isso é para aliviar nossa conciência no caso das pessoas desaparecerem repentinamente.

Mas eu digo que devemos dizer às pessoas
que as amamos como se fôssemos
encontrá-las na manhã seguinte,
como se fôssemos encontrar um sorriso de volta,
ou ver um brilho todo especial
provocado por nós.

Um dos maiores prazeres da vida é ver
a felicidade das pessoas que amamos.
Há alguns anos escrevi uma frase para
uma das minhas amigas num momento
em que ela não estava bem.
Essa frase dizia assim:
"Não fique triste.
Se você fica triste, fico triste também.
E eu não gosto de me ver triste..."
Ela sorriu.
E nessa frase aparentemente egoísta
eu acabei dizendo uma grande verdade.
Sim,
porque no fundo se não fazemos as pessoas
felizes por elas mesmas,
que as façamos então por nós mesmos.

Podemos saber que alguém nos ama e isso
nos deixa felizes,
mas como expressar o tamanho da
felicidade que sentimos quando alguém
coloca isso em palavras, em gestos?
Isso faz com que nos sintamos amados em dobro,
em triplo até.

Assim, é importante que as pessoas saibam
o quanto importantes são nas nossas vidas,
o quanto nosso dia pode ficar iluminado
com um sorriso ou um gesto inesperado.
E luz é algo que quando carregamos nas mãos,
além de iluminar aqueles que nos cruzam,
iluminam a nós também.

Todo o amor que damos às pessoas,
recebemos de volta como uma recompensa natural. Saber que alguém pensa na gente,
que nos gosta apesar da distância,
do mal-humor, dos nossos defeitos,
enche a alma de paz, de serenidade...
É como um pouco de ar fresco numa janela
quando precisamos respirar.
Renova o espírito!
E de espírito renovado como o dia pode
ficar diferente!...




Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de November de 2005 17:36

MÃE NO ASILO
Douglas Skaramouch




Meu querido filho!
O quanto terei que
Esperar por este teu chegar ?
O como me vai ser difícil,
Quanto me vai ser dura esta espera;
...Esta tua demora.
Conto os dias
Conto as horas;
nada....
Eu te chamo,
Te espero, me desespero.
Olho e torno a olhar;
Nada...
Tu não chegas .
Jamais pensei
ou antes,
Não queria acreditar
Que um dia eu ficasse
Aqui a tua espera, neste asilo
E nunca mais te visse chegar.
O meu coração está de luto;
Te Chamo !
Te procuro!
Ascendo a luz,
E não te vejo,
...Continuas no escuro.
Dias destes filho, lavava e trocava tuas fraldas.
Com todo o carinho do mundo embalava-te entre meus braços,
Encantava-me com teus sorrisos e graças.
Ficou tão grande filho !!!
Já não mais cabias,
Como não cabe esta dor dentro de mim,
Estes meus prantos.
Meu querido filho:
Se Falhei,
...Não te compreendi;
Não te fui uma mãe boa,
Perdoa-me...
Fiquei no passado
Fui ultrapassada pelos dias modernos.
Agora já tenho as minhas pernas combalidas;
Estou enfraquecida por esta longa espera.
Possivelmente filho
Quando tardio chegares em meu leito derradeiro,
Notarás uma outra mãe em meu lugar;
Desculpe-me filho !
Tive que partir
Sem despedir-me de você
Pois chegou a minha vez,
A minha hora.
Cumpri a missão delegada pelo Criador;
Adeus filho !!!
Valeu toda a alegria e felicidade que proporcionaste-me.
Filho ! Filho !
Quando o tempo lhe permitir
Olhes para o infinito do luzeiro noturno
Notarás uma nova estrela brilhante e cintilante
É o meu coração pulsando por você que ficou na terra.
Adeus filho!!! Adeus !!!.
A minha benção
****


1

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de June de 2006 19:46

Manuel

Na tua cidade ou vila, não encontras idosos com uma bengalinha à espera que alguém lhes dirija uma palavra?

Eu adoro andar a pé; às vezes no Domingo à tarde gosto de passear aqui nas minhas redondezas. Vivo perto de um Lago, aliás com vistas do Lago. E encontro gente idosa, com vontade de desabafar, contando a sua vida e por vezes até aprendemos muito com elas. Um dia encontrei uma senhora que assim que lhe meti conversa, já não se calava. Mostrou-me um livro da família, como tinha sido a vida do pai quando chegou ao Canadá. Começou a trabalhar numa quinta e chegou a um quinteiro rico. Esta tem uma filha médica e outro professor universitário e netos muito bem na vida.
E eu fiquei apensar; e se eu tivesse assim um livro da minha família? O meu avô também era um abastado lavrador!!!
Algum de vocês tem um livro da vida da família?

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 12 de June de 2006 09:50

Eu, até por educação, estou habituado a estar só. Para mim a solidão não é estar só, mas ser desprezado pelos outros. Uma pessoa pode estar no meio de uma multidão e sentir-se solitário, ao passo que pode estar sòzinho e sentir-se muito bem acompanhado.
Quanto a falar com outras pessoas, eu nem conheço a maior parte dos meus vizinhos. As pessoas que cumprimento são ou as que "conhecia" do trabalho ou as que encontro em centros como a Biblioteca, o Forum Municipal e outros centros de encontro. Eu como sou (ou penso ser) educado tomo a iniciativa de cumprimentar os outros que estão no mesmo barco e ao fim de algum tempo também passamos a cumprimentar-nos na rua e até a falar de coisas de interesse comum. Eu geralmente não vou por outra rua só para me não encontrar com outra pessoa. Contudo se ela se tornar inoportunamente embirrenta sou capaz de fazer isso.
Quanto a livros de família. Aqui há algumas pessoas que já passaram dos 70 e tal que andam a coscuvilhar os registos para fazerem uma àrvore genealógica dos seus antepassados. Eu não estou voltado para aí.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 12 de June de 2006 13:08

Vou levar uma senhora ao hospital para testes, na próxima semana vai ser operada.
Tem 2 filhos, 1 nesta cidade e outra filha mais longe. Os filhos não falam com a mãe. A senhora chora a falta dos filhos, não ligam à própria mãe!...é uma senhora que não bebe, não fuma.
Passa os dias em casa abandonada. Monetáriamente nem precisa de nada, tem em abundância; mas necessita da companhia de alguém. Já aqui falamos nesta senhora!

Que os filhos sejam mais coerentes para com os pais!

Re: O drama da Solidão
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 12 de June de 2006 13:43

Na verdade este caso é um grande drama !
Afinal de contas, eu sou um grande privilegiado !
Não sofro esse tipo de ingratidão por parte dos descendentes !
Mas infelizmente esse caso não é único.
Isto é para mil um sinal de que Jesus está muito perto com a sua vinda !

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: O drama da Solidão
Escrito por: mpp (IP registado)
Data: 12 de June de 2006 18:11

Há muitos pais a queixarem-se do mesmo !
Uma vez um pai a telefonar para a filha acerca do que lhe espera no futuro devido aos seus problemas de saúde e velhice a filha responde:
Pai, é a vida, é a vida, pai ...
O pai disse-lhe então:
Não é a vida, filha, mas a morte ...
Referia-se à morte que estava cada vez mais próxima e ele cada vez mais só.

«Não vos deixarei órfãos; Eu voltarei a vós.» (João 14,18)

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