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Beleza e oração
2004-12-31 12:00:15

Taizé é um nome que muitos portugueses associam, quase automaticamente, a um estilo de cânticos e de oração.

Ao longo de décadas, forma já milhares os que partiram rumo a uma pequena localidade do sul de França para passar uma semana com os monges da Comunidade ecuménica internacional fundada pelo irmão Roger, trazendo depois para as nossas comunidades os ecos dessa experiência: melodias bonitas e simples, sobriedade, leituras bíblicas em várias línguas, liberdade, paz interior.
O percurso, neste final de ano, foi invertido: a Comunidade de Taizé veio ao encontro de Portugal e trouxe milhares de jovens de toda a Europa e outros países do mundo.
Ao longo do Encontro Europeu de Jovens, todas as pessoas são convidadas a participar nas orações que têm lugar, na FIL, pelas 13h15 e as 19h30, esta com uma meditação do irmão Roger.
O esquema de uma oração “Taizé” passa sempre pelos característicos cânticos de louvor, sempre de esquemas simples e rapidamente assimiláveis. A recitação de um Salmo e a leitura da bíblia são partes fundamentais - numa oração feita com regularidade é costume fazer uma leitura contínua dos livros bíblicos.
Os cânticos, as velas e o momento de silêncio ajudam a criar um atmosfera única. Em Portugal, esse ambiente ganhou novas inspirações na nossa tradição artística, como reconhece a Comunidade de Taizé. O espaço de oração, nos pavilhões 1 e 2 da FIL, foram inspirados “na grandiosidade das linhas manuelinas” dos Jerónimos, do Convento de Cristo (Tomar) e de Alcobaça, bem como "na beleza das paisagens avistadas na simplicidade austera" dos conventos dos Capuchos (Sintra) e da Arrábida.
A explicação dos espaços, oferecida pelos irmãos de Taizé, começa por referir que “nada foi deixado ao acaso”. Grandes panos cor de laranja, dezenas de velas e uma iluminação procuram gerar um espaço de intimidade e tranquilidade, baseado na “simplicidade do Evangelho”.
O espaço apresenta marcas distintas da “alma portuguesa”, como as colunas manuelinas, a reprodução de uma painel de azulejos de 1650,e os altares revestidos de azulejos pintados à mão por um irmão de Taizé. Os desenhos destacam elementos da simbólica cristã: a árvore, pássaros e animais para simbolizar “a beleza da criação divina”.
Os dois ícones mais conhecidos da Capela da Reconciliação, em Taizé (Virgem Maria e Cristo protegendo o Abade egípcio Ména) está presentes à direita e à esquerda da nave central. “São presenças que convocam o olhar à contemplação do mistério de uma presença de Jesus Morto e Ressuscitado no irmão ou na irmã”, explica a Comunidade de Taizé.

Fonte Ecclesia

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