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7.3 A partida e a nova comunidade
É pela fé que nós compreendemos o que São Lucas - que era um fiel da sua e nossa Igreja - atesta como Evangelho de Jesus Cristo: Jesus fez-Se homem a fim de nos libertar de tudo o que nos separa de Deus. Foi por nós, homens, que Ele viveu e morreu. Deus ressuscitou-O e colocou-O à sua direita. Isto significa que Jesus deixou de estar visível e palpável junto dos seus.
Já não podem vê-l'O directamente nem tocá-l'O nem interrogá-l'O como quando estava entre eles. A separação significa também despedida. São João transmite-nos no seu Evangelho "discursos de despedida": são palavras do Senhor que parte, nas quais os discípulos encontram respostas e consolação.
- Não se perturbe o vosso coração! Acreditai em Deus e acreditai também em Mim. Na casa de meu Pai existem muitas moradas; se não fosse assim, Eu ter-vo-lo-ia dito, porque vou preparar-vos um lugar. E, quando Eu for e vos tiver preparado um lugar, voltarei e levar-vos-ei comigo, para que, onde Eu estiver, vós estejais também (Jo 14,1-3).
- Se Me amais, obedecereis aos meus mandamentos. Então, Eu pedirei ao Pai e Ele dar-vos-á outro Consolador para que permaneça convosco para sempre: o Espírito da Verdade (Jo 14,15-17).
- É melhor para vós que Eu vá, porque, se não for, o Consolador não virá a vós. Mas, se Eu for, enviar-vo-l'O-ei (Jo 16,7).
- Eu saí de junto do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai (Jo 16,28).
A Igreja de Cristo continua à espera da segunda vinda do seu Senhor. Pela fé temos a certeza de que Ele nos prepara uma morada e uma pátria junto do Pai. Jesus quer que estejamos com Ele. Por isso o céu, para onde "erguemos os olhos", já não é só o "lugar" de Deus e de Jesus Cristo, mas também o símbolo do nosso refúgio.
Enquanto vivermos no mundo dos homens, não podemos falar do mundo de Deus senão por imagens. Só quando tivermos percorrido o caminho de Jesus passando pela morte e pelo túmulo - é que se nos abrirão os olhos, na nossa própria manhã de Páscoa. Então vê-l'O-emos a Ele, Nosso Senhor.
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Rezamos assim:
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Porque o Senhor Jesus Cristo, Rei da glória...
subiu ao mais alto dos céus,
ante a admiração dos anjos...
Ele não abandonou a nossa condição humana,
mas, subindo aos céus, como cabeça e primogénito,
deu-nos a esperança de irmos ao seu encontro,
como membros do seu Corpo,
para nos unir à sua glória imortal.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e com os Anjos e os Santos proclamam a vossa glória...
EXTRACTO DO PREFÁCIO
DA ASCENSÃO DE CRISTO
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