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6.1 Jesus está vivo
O Filho de Deus fez-Se homem. Um homem que nasceu e que morreu sobre a cruz. O seu corpo foi sepultado. Existem testemunhas disso. Não só os homens e as mulheres que O tinham seguido em Jerusalém, mas também os acusadores, os servos dos carrascos, Pôncio Pilatos e os soldados romanos...
Os quatro evangelistas referem que pela manhã cedo, no dia de Páscoa, algumas mulheres vão ao túmulo de Jesus levando perfumes. Ao chegar à sepultura, encontram retirada a grande pedra que a fechava. Entram no túmulo e vêem um jovem vestido de branco, sentado à direita. Assustam-se. Mas o anjo diz-lhes: "Não vos assusteis. Procurais Jesus de Nazaré que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde O puseram. Agora deveis ir dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai à vossa frente para a Galileia" (Mc 16,1-7)... São João conta como Maria Madalena encontra o Ressuscitado na manhã de Páscoa. Estava a chorar junto ao túmulo vazio. Nisto, vê Jesus sem O reconhecer. Só quando Jesus a chama pelo seu nome "Maria" é que ela O reconhece. Diz-Lhe em hebraico: "Rabuni", que significa "Mestre". O Ressuscitado responde-lhe: "Vai procurar os meus irmãos e diz-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus". Maria Madalena foi anunciar aos discípulos que tinha visto o Senhor (Jo 20,11-18).
Os discípulos dizem: Jesus não está morto. Ele vive: apareceu-nos. Nós vimo-l'O. A nossa história com Ele, a sua história connosco, não terminou. Os homens e mulheres que proclamam esta incrível mensagem são testemunhas. Na sua primeira epístola aos Coríntios (1Cor 15,5-8), São Paulo enumera-os: em primeiro lugar Pedro, a pedra sobre a qual Jesus edificou a sua Igreja. Depois, os Doze que Ele escolheu como apóstolos. A seguir, quinhentos irmãos dos quais alguns já morreram. Posteriormente Jesus apareceu a Tiago, que preside
à comunidade cristã de Jerusalém e ainda a todos os discípulos. Por último apareceu igualmente a São Paulo no caminho de Damasco, quando este perseguia os cristãos.
Depois deste encontro, São Paulo, ardente perseguidor dos cristãos, converteu-se num não menos ardente pregador de Cristo. Para todas estas testemunhas, o sepulcro vazio constituiu um sinal essencial. O encontro com o Ressuscitado converteu-se, para eles, na sua vocação: devem transmitir a outros o que viram. A sua fé é tão firme que estão prontos a morrer por ela. É na fé destes discípulos que a nossa se enraíza.
O que teve lugar entre a Sexta-Feira Santa e a manhã de Páscoa é o mistério de Deus, ao qual nos referimos dizendo: "Ressuscitou dos mortos", ou então, "Deus ressuscitou-O".
Os homens e mulheres a quem apareceu Jesus ressuscitado, conheceram-n'O durante a sua vida terrena. Agora reconhecem-n'O: sim, é Ele, contudo, bem diferente. Assustam-se quando Jesus entra através das portas fechadas. Enchem-se de alegria quando Jesus lhes fala. Confia-lhes a missão de ir por todo o mundo levar a Boa Nova aos homens, perdoar os seus pecados e fazer deles seus discípulos. E acrescenta: "Eu estarei sempre convosco até ao fim do mundo".
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Senhor, nosso Deus, nós Vos bendizemos:
Nesta noite de todas as noites,
fazeis brilhar a vossa luz:
Num sepulcro vazio infundis em nós a esperança.
Jesus, nosso irmão, nós Vos bendizemos.
Nesta nossa noite de todas as noites,
apagais em nós o medo da vida e da morte:
A confiança é possível.
Deus, Espírito Santo,
nós Vos bendizemos:
Nesta noite de todas as noites,
fazei-nos entrever que a morte não
é razão de ser da condição humana,
mas sim o amor.
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