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13.3 Os cristãos e a morte
A morte inspira medo aos homens - mesmo àqueles que confiam em Deus. Porque a morte significa despedida e separação. Tudo o que fazia parte da vida de um homem - coisas e pessoas - ficam para trás. Cada um vive a sua própria morte, e de mãos vazias.
Nenhum moribundo deve envergonhar-se do seu medo. Também Jesus, na cruz, chamou o Pai. Todo o moribundo pode clamar com Jesus, quando se aproxima a sua hora. Com Jesus, todo o moribundo pode estar seguro que o Deus de misericórdia transformará todo o medo em júbilo e encherá as suas mãos vazias.
Cremos que, na morte, Deus vem ao nosso encontro. Abrem-se os olhos que a morte fechou. Encontramo-nos diante de Deus: cada um com a sua própria história, o seu amor e a sua culpa. Com tudo o que fez de bem e de mal: por amor de Deus e do próximo ou então em seu detrimento. Cremos que este encontro tem uma importância vital.
Os profetas de Israel e também Jesus falam desta experiência como dum julgamento. Os olhos de Deus penetram-nos até ao mais profundo. Nada podemos esconder-Lhe. Nesse julgamento é pronunciada a sentença: recompensa ou punição, salvação ou condenação, seio de Abraão ou lago de fogo, cânticos de louvor ou choro e ranger de dentes (Mt 8,12), a dança na sala do banquete ou o bater inútil às portas que permanecem fechadas. São imagens impressionantes. São ditas aos que estão a caminho, para que se convertam, mudem de vida, se afirmem no amor de Cristo: na fé, na esperança e na caridade.
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Para os que crêem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna.
PREFÁCIO DA MISSA DOS DEFUNTOS
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A morte marca o fim da vida terrestre, o começo da vida eterna: a alma separa-se do corpo em decomposição. Encontra Deus no juízo particular. No dia de Deus, quando Jesus voltar na sua glória, todos os mortos ressuscitarão, as suas almas unir-se-ão ao corpo "transfigurado".
Juízo: distinguimos entre juízo particular (= pessoal) e juízo final. O juízo particular está ligado à morte, e decide sobre a pertença eterna à comunidade dos eleitos ou da exclusão definitiva desta. A sentença é pronunciada segundo a medida em que cada um viveu a sua vida fazendo a vontade de Deus e acreditando em Jesus Cristo. Esta sentença é definitiva. O juízo final (o do mundo) está ligado ao dia de Deus, o dia em que Jesus virá de novo para instaurar o Reinado de Deus e o seu Reino. Nesse dia todos os mortos ressuscitarão.
Sentença: a sentença ajusta-se à decisão livre do homem durante a sua vida terrestre. Aquele que, deliberada e voluntariamente, se separou de Deus, não tem lugar entre os escolhidos: o seu lugar é entre os excluídos, no "inferno". Aqueles que confessam Deus e Jesus Cristo, mas não estão preparados e não são dignos de O encontrar no momento da sua morte, é-lhes concedido um tempo de purificação, de espera e de maturação que costumamos designar pela imagem do "purgatório". Esses esperam aí a sua entrada na plenitude da comunhão com Deus. A oração dos fiéis ajuda-os. Aos eleitos é dirigida a palavra de Cristo: "Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino que vos foi preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25,34). Eles vêem Deus tal como Ele é (1 Jn 3,2) e vivem eternamente em comunhão com Ele. Estão no "céu".
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