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Inteligência Espiritual

  Quinta-feira, 25 de Abril de 2024    Orações Terço Via-Sacra Via Lucis

10.2 A Igreja: una, santa, católica e apostólica

O Espírito Santo não agiu somente no começo da Igreja. Continua a vivificá-la e a sua acção torna-se nela perceptível. Por isso a Igreja só pode ser "una": tem um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo; forma um só corpo movido por um só Espírito, orientado para uma única esperança.

Não há dúvida de que, numa comunidade que agrupa indivíduos muito diferentes, se discuta e haja desavenças: alguns seguem um mestre, outros obedecem a outro (1Cor 3,4-8). Alguns consideram os usos e costumes judaicos como muito importantes, enquanto outros os acham secundários e estranhos (Act 16,21). Uns são fiéis às prescrições de Jesus de modo radical, separando-se dos outros (2Cor 6,17). A diversidade de carismas e de modos de vida, constitui um enriquecimento para a comunidade - e para toda a Igreja - enquanto os cristãos não esquecem que há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo e um só Deus e Pai de todos (Ef 4,5-6).

Toda a Igreja sofre quando algumas pessoas ou grupos discutem sobre interpretações doutrinais e normas de vida, provocando divisões no seio da comunidade.

Resulta grave que algumas pessoas ou grupos se separem da comunidade para se proclamarem "Igreja" à sua maneira. E não é menos grave quando a Igreja tem de excluir da sua comunidade um mestre ou um grupo, por causa das suas heresias.

Por amor à unidade e a Jesus, a Igreja não deve deixar jamais de procurar a reconciliação, nem de implorar o perdão das suas próprias faltas e dos outros. Se assim não fosse, Jesus teria rezado em vão: "Peço-Te, Pai, que todos sejam um" (Jo 17,21).

 


É esta a oração duma comunidade do primeiro século depois de Cristo:
Lembra-Te, Senhor, da tua Igreja,
livra-a de todo o mal,
e aperfeiçoa-a no teu amor.
Reúne-a dos quatro cantos do mundo,
e santifica-a no reino que Tu lhe preparaste.
Porque teu é o poder e a glória
pelos séculos dos séculos. Amen!
Que venha a graça e passe este mundo! Amen!
Hossana, ó Filho de David!
Aquele que é santo, que venha!
Aquele que não o é, que mude o seu coração!
Marana tha. Vem Senhor Jesus! Amen!

DIDAQUÊ 10,5-6
 

• A Igreja, una, é santa

Santa, mas não por si mesma, pois só Deus é Santo. Ele ama a Igreja, a comunidade de homens e mulheres que confessam o seu Filho Jesus Cristo como Senhor, que transmitem a Boa Nova e dão testemunho dela com a própria vida.

Nem sempre conseguem isto. É por esta razão que a Igreja de Jesus Cristo é também uma Igreja de pecadores: comunidade de homens que se extraviam no caminho, que atraiçoam o amor, que quebram a aliança, que permitem o mal e até o fazem. Homens que necessitam de perdão e de misericórdia para serem, por sua vez, misericordiosos com os outros. Deus santifica a Igreja apesar das limitações humanas e deficiências dos seus dirigentes e fiéis. Por isso a Igreja é e continua a ser para o mundo o sinal visível da santidade de Deus. Porque Deus a santifica, ela consegue resistir aos poderes do mundo. Sim, nem sequer as Portas do Inferno poderão vencê-la.

 


Rezamos:
Vós, Senhor, sois verdadeiramente Santo
e todas as criaturas cantam os vossos louvores,
porque dais a vida e santificais todas as coisas,
por Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor,
com o poder do Espírito Santo.

EXTRACTO DA ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
 

Santo: Deus não é como os homens. Ele é inteiramente Outro: transcendente, todo-poderoso, omnisciente, omnipresente. Ele é mais do que aquilo que podemos dizer, pensar e representar. Esta alteridade de Deus, o mistério do seu ser, é o que podemos dizer quando afirmamos: Ele é Santo. A Igreja canoniza (proclama santos) certas pessoas - homens e mulheres - pelo testemunho que eles deram de Cristo. Os santos - e em primeiro lugar a Virgem Santa - são nossos modelos e intercessores junto de Deus.
"A Igreja é santa: é seu autor o Deus santíssimo; Cristo, seu Esposo, por ela Se entregou para a santificar; vivifica-a o Espírito de santidade. Embora conte no seu seio pecadores, ela é "a sem-pecado feita de pecadores". Nos santos brilha a sua santidade; em Maria ela é já toda santa" (Catecismo da Igreja Católica 867).

• A Igreja, una, é católica

O Deus único é o Deus de todos os homens. Olha para eles com benevolência e deseja conduzi-los, onde quer que se encontrem e em todos os tempos, à salvação, de que Ele mesmo é o centro.

A Igreja de Jesus Cristo é a depositária da herança do Senhor e anuncia Cristo como a esperança de todos os homens. Ela é sinal e penhor do seu amor redentor. Não só para aqueles que são baptizados no seio da Igreja católica romana, mas para todos os que vivem reconciliados com Deus. Também as pessoas que servem a Deus noutras confissões cristãs e noutras religiões e até as pessoas que não sabem nada de Deus, participam do amor de Deus e da esperança, da qual Jesus Cristo é o garante. Todas estas pessoas estão de certo modo relacionadas com a Igreja una. Por isso a Igreja está - em virtude da sua própria natureza - aberta a todos: Católica (= universal).

 


Oh Deus, Pai de todos os homens,
Tu pedes a cada um de nós
que levemos o amor
onde os pobres são oprimidos,
que levemos a alegria
onde a Igreja se encontra em desalento,
que levemos a reconciliação
onde à pessoas que vivem separadas entre si:
o pai e o filho,
a mãe e a filha,
o marido e a mulher,
o crente e aquele que não acredita, o cristão e o seu irmão cristão a quem não ama.
Nós Te suplicamos: abre-nos este caminho
do amor, da alegria e da reconciliação,
a fim de que o Corpo ferido de Cristo, a tua Igreja,
seja fermento de comunhão para os pobres da Terra
e para toda a família humana.

MADRE TERESA E IRMÃO ROGER SCHUTZ
 

Católica significa: "A Igreja anuncia a totalidade da fé; guarda e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos, dirige-se a todos os homens; abrange todos os tempos; "é, por sua própria natureza, missionária" (Ad Gentes 2; Catecismo da igreja Católica 868). "A Igreja vê-se ainda unida por muitos títulos, com os baptizados que têm o nome de cristãos, embora não professem integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro" (Lumen Gentium 15). "Aqueles que crêem em Cristo e receberam validamente o Baptismo encontram-se numa certa comunhão, embora imperfeita, com a Igreja Católica" (Unitatis Redintegratio 3). Quanto às Igrejas Ortodoxas esta comunhão é tão profunda "que bem pouco lhes falta para que ela atinja a plenitude, autorizando uma celebração comum da Eucaristia do Senhor" (Paulo VI, discurso de 14 de Dezembro de 1975 - Catecismo da Igreja Católica 838).

• A Igreja, una, santa, católica, é apostólica

Desde o início do seu ministério público, Jesus chama e reúne discípulos para que O acompanhem, escutem o que diz e vejam o que faz. Dentre eles, escolhe doze homens para que sejam suas testemunhas, desde o Baptismo no Jordão até à sua ressurreição. Envia os Doze, os apóstolos, para que possam ir, em seu nome, aonde Ele não vai pessoalmente, anunciem a Boa Nova e curem os enfermos.

O Ressuscitado confiou a São Pedro, o primeiro entre os apóstolos, uma responsabilidade especial na Igreja. Os doze apóstolos são o fundamento da Igreja. Proclamam o Evangelho. Conservam os ensinamentos de Jesus e, com o auxílio do Espírito Santo, defendem a verdade plena e não falsificada.

Os apóstolos transmitem a sua missão e o seu mandato a outros. A sucessão dos bispos de Roma remonta, sem interrupção, a São Pedro. Em comunhão com os bispos, sucessores dos apóstolos, o Papa, como sucessor de São Pedro, guia a Igreja no seu caminho através do tempo.

 


Um dos mestres da Igreja primitiva, preocupado com a unidade da Igreja, exorta-nos: Comportai-vos de modo digno da vocação que recebestes. Sede humildes, amáveis, pacientes e suportai-vos uns aos outros no amor. Mantende entre vós a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como fostes chamados a uma só esperança: há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo; há um só Deus e Pai de todos.

EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS 4, 1-6
 

Apóstolo, apostólico: O apóstolo é "o enviado" e fala com a autoridade de quem o envia. O número de doze apóstolos corresponde às doze tribos de Israel e indica que Jesus congrega o novo povo de Deus, o definitivo. A Igreja é apostólica porque os seus bispos descendem em linha directa dos apóstolos.



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