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25 anos com os jovens de todo o mundo
2010-03-17 01:37:44

Há 25 anos, João Paulo II imaginava uma iniciativa de relacionamento com as novas gerações que viria a tornar-se uma referência incontornável da vida da Igreja: as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).

Com passagens pelos quatro cantos do mundo, são, segundo o actual Papa, uma “iniciativa profética que trouxe frutos abundantes”. Para muitos jovens, a Jornada representa uma experiência inesquecível. Conhecem cristãos de todo o mundo, celebram juntos uma grande festa e, deste modo, vivem a sua fé de uma maneira nova.

A 22 de Dezembro de 1985, João Paulo II anunciou a realização de uma Jornada Mundial da Juventude, todos os anos nas igrejas locais, no Domingo de Ramos, e com uma celebração internacional com intervalo de dois ou três anos.

Buenos Aires (Argentina, 1987) foi a primeira cidade anfitriã. Seguiram-se Santiago de Compostela (Espanha, 1989), Czestochowa (Polónia, 1991), Denver (EUA, 1993), Manila (Filipinas, 1995), Paris (França, 1997), Roma (Ano Jubilar, 2000) e Toronto (Canadá, 2002).

Já no pontificado de Bento XVI decorreram as JMJ de Colónia (Alemanha, 2005) e Sidney (Austrália, 2008) com as próximas agendadas para Madrid, em 2011.

A JMJ nasceu e desenvolveu-se como uma celebração da fé, um grande acontecimento, em que a festa e fé se unem inseparavelmente e para o qual o Papa convida os jovens de todos o mundo, que se juntam com um objectivo comum: conhecerem-se, partilhar experiências e celebrar uma grande festa – primeiro com João Paulo II, agora com Bento XVI.

Na sua mensagem para 2010, o Papa alemão destaca que as JMJ permitiram às novas gerações “encontrar-se, colocar-se à escuta da Palavra de Deus, descobrir a beleza da Igreja e viver experiências fortes de fé, que levaram muitos à decisão de se doarem totalmente a Cristo”.

No Dossier que apresenta esta semana, para além da mensagem de Bento XVI, a Agência ECCLESIA apresenta um “balanço” do Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, Pe. Pablo Lima, sobre este quarto de século.

O responsável considera que “não será exagerado dizer que a pastoral juvenil em geral, como sector da teologia e da pastoral especializada, se não nasceu nessa data (22.12.1985), sem dúvida encontrou aí uma grande alavanca de desenvolvimento. Na verdade, qualquer agente pastoral poderá constatar, com dor ou júbilo de acordo com as implicações antecedentes e consequentes das mesmas, que as Jornadas Mundiais da Juventude provocam um movimento de desinstalação, ousadia e entusiasmo a que as Igrejas locais dificilmente conseguem alhear-se”.

Quanto aos desafios que se colocam à Pastoral Juvenil de hoje e, particularmente, em Portugal, o Pe. Pablo Lima considera os podemos englobar em três: “vastidão de recursos humanos e pastorais, nova linguagem e verdadeira paixão”.

Testemunhos
Neste número do semanário são ainda apresentados os testemunhos de dois jovens que viveram as JMJ com Papas diferentes.

Alexandrina Marques, de Viana do Castelo, fala de João Paulo II como “o Papa dos jovens” e diz que “tive a graça de participar nas Jornadas Mundiais da Juventude de Paris (1997), Roma (2000) e Toronto (2002)”.
“Posso testemunhar que, quanto mais idoso, mais atraente e jovem de coração, mais nos electrizava o seu olhar num rosto cansado, as suas mãos vagarosas que batiam o compasso dos hinos da JMJ. Este é o João Paulo II que eu e a minha geração guardamos na memória e no coração, como num relicário. Não podíamos estar mais felizes por saber que a Igreja já o proclama «servo de Deus» e que o seu processo de beatificação avança rapidamente”, relata.

Já Bruno Mendes, de Coimbra, fala da sua experiência na Austrália, em 2008, e desvalorizar as comparações entre os dois últimos Papas.

“Há quem diga que este Papa não é como João Paulo II. E não é. E ainda bem. Porque seria insuportável vê-lo a imitar João Paulo II. É verdade que os seus gestos são menos expressivos, uns dizem que é frio, outros que é tímido – isso é também o que eu penso e não que é menos próximo que João Paulo II. Porque no Barco e na Vigília e Eucaristia em Sidney ele conseguiu comunicar perfeitamente con-nosco e senti uma emoção e sintonia enormes”, assegura.

Para Bruno Mendes, há uma certeza na relação entre os portugueses e Bento XVI: “Encontrá-lo-emos dentro de algumas semanas em Fátima. E para o ano, se Deus quiser, em Madrid. Porque o Papa está com os jovens e os jovens estão com o Papa”.

Símbolos
A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.

A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade.

Desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude.

Em 2003, João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior.

Fonte Ecclesia

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