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Santa Sé admite adesão à ONU
2002-11-25 21:28:49 Numa entrevista concedida neste Domingo,24 de Novembro, ao jornal italiano de maior tiragem, “Il Corriere della Sera”, o Cardeal Angelo Solano aborda a questão da guerra no Iraque, afirmando que “antes de apresentar qualquer outra hipótese, há que percorrer até ao fim o caminho das negociações.” O discurso não deixa lugar a dúvidas: “Com a guerra não se resolvem problemas e a terminologia da guerra preventiva faz parte do vocabulário das Nações Unidas.”
A opinião do Secretário de Estado da Santa Sé a respeito das Nações Unidas é positiva, não compartilhando das críticas de quem acha que a ONU não está à altura das circunstâncias. “todos deveriam fazer o que lhes corresponde para ajudar a ONU a assumir um papel cada vez mais activo e eficaz no cenário mundial.”
Neste sentido, o Cardeal Solano assegura que a “Santa Sé pretende estudar as possíveis formas de uma maior presença na ONU”, não descartando a possibilidade de passar a ser membro de pleno direito das Nações Unidas, “se isso fosse útil”. Actualmente a Santa Sé goza do estatuto de “observador permanente de Estado não-membro”, em virtude do qual tem direito de intervenção, mas não de voto. Admitindo a necessidade de estudar uma possível participação da Santa Sé na Assembleia Geral das Nações Unida, os moldes dessa participação permanecem para o Cardeal Solano “uma questão em aberto”.
Em relação à nova Europa, o Cardeal confirmou o seu apoio ao processo de unificação europeia, sem deixar de pedir que a Europa reconheça a sua herança cristã: “Esperamos que o património cristão seja mencionado no artigo 2 da futura Constituição, que falará dos valores da nova Europa. Esperamos também que se possa introduzir um novo artigo, no qual se refira que a União Europeia faz seus os princípios da liberdade religiosa, reconhece a existência das Igrejas e outras comunidades religiosas e garante o seu direito a organizar-se em liberdade.”
Fonte Ecclesia
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