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Fátima Teve Menos Visibilidade e Mais Audiência do Que em 2001
2002-06-12 10:26:07

Fátima é um tema que tem perdido importância nos noticiários de TV. No entanto, apesar de os quatro canais generalistas e a SIC Notícias lhe terem dedicado, no conjunto, menos tempo noticioso este ano do que em 2001, a audiência média das notícias sobre Fátima aumentou em 2002.


A excepção a esta tendência, revela um estudo da MediaMonitor/Marktest sobre a cobertura noticiosa da peregrinação, foi a SIC, que aumentou - quase para o dobro - o tempo destinado à abordagem do tema (de 40 minutos em 2001 para uma hora e dez minutos em 2002). Todavia, e também ao contrário da tendência geral, a estação de Carnaxide foi aquela em que o assunto teve valores de audiência média inferiores ao ano passado.

Entre 3 e 13 de Maio passado, os dois canais da RTP, a TVI, a SIC e a SIC Notícias (para este último foi considerado apenas o Jornal das 9) transmitiram um total de três horas, 40 minutos e 27 segundos de informação sobre Fátima, segundo o mesmo estudo, com base no serviço e-Telenews da MediaMonitor e dados do Audipanel da Marktest.

No que respeita ao número de notícias sobre a matéria, que, entre os canais considerados, foi de 82, a TVI ficou à frente, tendo emitido 27 peças. A SIC, embora dedicando mais tempo ao tema, distribuiu-o por menos notícias, uma vez que exibiu 24 peças. A SIC Notícias passou 14 notícias sobre Fátima nos 11 dias em apreço, mais uma do que a RTP1, apesar de este último canal transmitir três jornais televisivos por dia contra apenas um (para efeitos do estudo) da SIC Notícias.

A estação pública foi, contudo, a única a exibir, em directo, a procissão das velas, a 12 de Maio. Tratou-se do programa com maior audiência média e com maior quota de mercado naquele dia para a RTP1, tendo-se colocado em 10º lugar no top de audiências dos quatro canais generalistas. A exibição da cerimónias do dia seguinte, às 10h, ficou apenas em sexto lugar no top da RTP1, não chegando a integrar a lista dos dez mais vistos em todos os canais.

Do tempo dedicado à cobertura da peregrinação e das cerimónias religiosas, a maior fatia coube às TV privadas de sinal aberto (ver quadro), responsáveis, cada uma delas, por 31 por cento desse espaço de tempo. Vinte e um por cento couberam à SIC Notícias e a RTP2 emitiu apenas três por cento do tempo considerado, mal ultrapassando os sete minutos de noticiário sobre Fátima.

O dia 13 - aquele em que a matéria obteve mais relevo, com 17 notícias distribuídas pelos diversos canais - viu porém mudar algumas destas tendências. A TVI manteve a liderança em tempo de notícias sobre Fátima, mas a RTP1, que, nos dias antecedentes, ficara em quarto lugar, passou para segundo, antes da SIC e da SIC Notícias. Em contrapartida, a RTP2, que fora o canal a menos valorizar o tema nos dez dias anteriores, superou a SIC Notícias em tempo e igualou a SIC em número de peças. Na data em apreço, aquele canal do cabo foi, aliás, o que menos visibilidade deu ao assunto.

Ainda a 13 de Maio, a TVI foi o único canal a abrir o jornal da hora de jantar com Fátima. Com apenas 40 segundos, a peça obteve uma audiência média de 11,6 por cento e um "share" (percentagem de telespectadores que viram a notícia, proporcionalmente às pessoas que viam TV nesse momento) de 37,3 por cento. O Jornal Nacional voltaria ao assunto, na segunda parte, com valores de audiência mais baixos. Uma dessas notícias foi a que obteve a mais baixa audiência média do jornal.

A TVI e a RTP1 foram mesmo as únicas em que as peças sobre Fátima tiveram uma audiência média inferior à obtida pela globalidade dos noticiários respectivos.

Já na SIC - onde o tema foi tratado na sétima e oitava notícias do Jornal da Noite - essas peças ficaram acima da audiência média do noticiário.

Nos 11 dias em análise - um período que tem início no dia em que a primeira peça sobre Fátima foi emitida e termina no dia das celebrações religiosas no Santuário - a totalidade das notícias sobre o tema obteve, no conjunto de canais, uma audiência média de 6,5 por cento. Este valor é superior à média de audiências de todas as notícias para o período considerado, que se cifrou nos 5,9 por cento.

Fonte Público

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