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Ministro Considera "Positivo" Protocolo Entre RTP e Igrejas 2002-03-10 16:08:14 O ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, considera "positiva e inovadora" a parceria existente entre a RTP e as confissões religiosas, que existe desde 1996.
Para o ministro que tutela a comunicação social do Estado, é claro que "a difusão de programas religiosos é uma obrigação do serviço público" e faz parte do respectivo contrato entre o Estado e a RTP.
As afirmações do ministro sobre o assunto são as primeiras depois de o director da televisão pública, Emídio Rangel, ter afirmado que a estação não pode continuar a suportar os dois milhões de euros anuais que lhe custa o programa A Fé dos Homens, transmitido diariamente na RTP 2.
Santos Silva afirmou à agência Lusa que a tutela "faz uma avaliação positiva da parceria" que se traduz na produção d' A Fé dos Homens. "A RTP deve trabalhar no sentido de renovar a parceria com as confissões religiosas", diz o governante.
O ministro não se mostra particularmente preocupado com a polémica sobre o assunto pois considera haver "ainda muito tempo para negociar" já que o actual protocolo que rege as relações entre a RTP e as confissões religiosas só expira a 17 de Maio.
No início deste mês, as confissões religiosas que participam no programa A Fé dos Homens consideraram ilegal a denúncia unilateral do protocolo assinado com a televisão pública, e apelaram ao Estado que encontre os meios para o manter. A Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas - que envolve 12 entidades cristãs e não cristãs, entre elas a Igreja Católica - declarou em comunicado uma "profunda indignação" pela "atitude inesperada" da RTP.
A televisão pública afirmou na altura à comissão que tinha já informado as confissões religiosas da inexistência de condições para continuar a cobrir os custos de produção do programa, e que este só prosseguiria se fossem as confissões a financiá-lo.
O programa foi criado no quadro de um protocolo assinado em 16 de Maio de 1997, no qual é efectivado o direito, consagrado na lei, de as confissões religiosas estarem presentes na televisão pública.
Fonte Público
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