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O exercício da oração.
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 01:27

Para muitos de nós, é dificil perseverar na oração. Se calhar, poque ainda não sabemos muito bem aonde começa e termina a oração, como se deve rezar e o que rezar.
Começaria com uma "parábola": Todos nós, obviamente, sentimos ao longo do nosso dia de nos alimentarmo-nos, porque contribui para a nossa saude, como para o nosso desenvolvimento. Quando estamos constipados, parece que perdemos o apetite e quando tomamos a coragem de comer, temos a sensação de que a comida não sabe mesmo a nada. E não sabe nada mesmo. Qual seria o resultado se nos deixásse-mos subordinar por esse paladar? Não comeríamos? Deixavamos de comer enquanto estivéssemos doentes? Não, obviamente que não. Quando estamos constipados ou engripados, maior cuidado com a alimentação, deveremos ter.

Assim, eu sinto o mesmo na Oração. Mesmo que reze e não sinta fervores, não devo deixar de rezar. Devo manter-me fiel no Amor a Deus. O amor, não se vê nos momentos fáceis, mas sim nos dificeis.

Apaixonarmo-nos é fácil....mantermo-nos no Amor, é extremamente dificil.

Lança-me um dia um desafio. Como rezar e o que rezar?

Um dia, um dos apostolos desafiou Jesus: "Mestre, ensina-nos a rezar". E a resposta de Jesus, foi uma: "Pai Nosso que estais nos Céus (...)". É bom meditarmos sobre aquilo que pedimos nesta simples oração. Pedimos que seja feita a Sua vontade, pedimos o perdão dos nossos pecados, pedimos a salvação,...etc. Pedimos uma coisa infindável e desmedida.

"Mas, eu peço e Deus parece que não me ouve?", perguntava-me a mim.

" O meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que me enviou" (Jo 4,34)

Então, na minha oração, devo procurar sintonizar a minha vida, com a vontade de Deus. Vejamos o exemplo de Maria, que não pediu outra coisa a não ser a realização da vontade divina sobre a vida humana.

Mesmo que não sintamos nada - momentos de desolação - , não devemos vacilar. Diz-nos o salmista: "(...) dá fruto na epoca própria, sua folhagem não murchará jamais (...)" (Salmo 1,3)

A árvore tem epocas próprias para dar o seu fruto. O não dar sempre, de modo algum, significa que ela não seja boa. Assim é a nossa vida nos momentos de consolação e desolação e aceitarmos que nem sempre a nossa vida dá fruto. Devemos ter esperança e aguardar pela "epoca da nossa árvore"

Nuno Sousa, 25 anos

Re: O exercício da oração.
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 15:04

Nuno, como eu confirmei isso na minha vida!

Deixei-me em tempos levar pela necessidade de uma experiência de oração espectacular, muito forte, que me realizasse.
Mas isso são necessidades físicas de nos sentirmos bem connosco...
O que se passa na verdade é que a maior experiência de oração é aquela que, alimentada quotidianamente, apesar de quaisquer que sejam as circunstâncias em que ela aconteça, dão sentido e proporcionam a base para fortes experiências ocasionais. E essas ocasiões são alguns desses momentos quotidianos, em que pelas circunstâncias especiais de cada momento, iluminamos melhor a nossa anterior experiência de oração e temos encontros e descobertas interiores que acarinhamos para sempre.
De tal modo, que após o primeiro encontro, tal como a samaritana, descobrimos a sede que temos de Deus e ansiamos preenchê-la, procurando seguir pelos caminhos da paz e do bem.
E esta é a maior experiência espiritual que se pode ter: a ORAÇÃO.
Podemos realizá-la em diversas modalidades, claro, e dentro delas teremos como já referi experiências de maior ou menor intensidade, consoante o nosso desenvolvimento intelectual, psíquico e afectivo. Contemplar é, igualmente, uma maravilha... Tenho feito experiências contemplativas e digo-vos que é daquelas coisas que a vida de Deus tem... Afinal, é apenas um método libertador e meditativo de oração. Contemplar é olhar a vida com outros olhos e ao contrário do que muitos cristãos pensam, o seu objectivo é o auto-conhecimento para a acção, não para uma forma estática de existir. Ou seja, tirando tempo para olharmos e esquadrinharmos bem a nossa vida, seremos capazes de em verdade "amar os outros como a nós mesmos", precisamente porque nos permite descobrir de que forma é que realmente nos amamos a nós mesmos... E isso não se consegue com respostas superficiais, ideias que já temos pré-concebidas. Se a contemplação não servir para mais nada para alguém em particular, dar-lhe-à pelo menos a confirmação aprofundada de que as ideias pré-concebidas estavam realmente certas, mas podendo a partir desse momento justificá-las com a sua vida e identificar os caminhos da sua conversão contínua.
Já que falo nisto, se quiserem, podem obter algumas infomações no site ecuménico (inter-religioso?) sobre oração contemplativa:
www.shalem.org [em inglês]
Gostei deste site, particularmente pelas noções essenciais que transmite, sempre de uma visão cristã, que faz comparações com outras culturas acerca das mesmas realidades espirituais.
O que é giro é que fiquei sempre com a ideia de que a espiritualidade e filosofia cristãs são as mais completas, abrangentes e intensas, e que podemos assim aproveitar a experiência religiosa dos outros povos e os seus escritos, dentro da matriz cristã.

Conheçam e façam a experiência contemplativa e não tenham receio de entregar todo o vosso coração, toda a vossa inteligência, todo o vosso corpo a Deus, em alguns momentos de oração quotidianos.
A vossa vida nunca mais será a mesma... ;o)

João

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de March de 2002 22:44

Nuno, gostei muito da tua participação no forum.
Obrigado por partilhares e por não " falares mal" disto ou daqueles.

Susete

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 01:24

É verdade, Susete!

A propósito, eu sempre tive uma relação dificil com a oração. Nunca achei muito interesse nos terços e novenas e nas frases repetidas que as minhas avós me tentaram ensinar. Daí que a minha vivência cristã sempre se pautou mais pela acção que pela oração.

Um dia, vão para aí uns vinte anos, vinha eu de inter-rail de Geneve para Paris, quando parei numa pequena cidade francesa chamada Mâcon, em busca de uma ligação falhada. Conversa puxa conversa com uns escuteiros italianos que encontrei na estação (eu também fui dessa "seita"), aceitei a proposta de os acompanhar para passar a noite com eles numa aldeia próxima, onde eles iam passar uma semana. Aí fomos de autocarro, que nos deixou à beira de uma estrada quase deserta rodeada de campos verdejantes junto a uma colina onde se via uma pequena aldeia de xisto.

Subi com eles em direcção à aldeia e a meio do caminho, íngreme, fomos surpreendidos por um repicar de sinos que fez acelerar o passo aos meus companheiros. "está na hora da oração" disseram.

Segui-os com a língua de fora pelas ruelas da aldeia, pensando mais em refeição que em oração e, ao dobrar da esquina, deparou-se-me um cenário estranho. Algumas tendas de circo, bancos de madeira dispostos em quadrados, uns telheiros de madeira, e , coisa estranha, montes de mochilas espalhadas um pouco por toda a parte.

Um cartaz, pregado num tronco, dizia "welcome" em várias línguas.


Os sinos que tocavam ruídosamente calaram-se. Larguei a mochila num dos montes, junto a uma tabuleta que dizia "Port" e olhei em volta. Ninguém!

Os meus companheiros italianos tinham-se esfumado na direcção de um edifício estranho, meio em alvernaria meio em tenda, de onde se ouvia uma música cativante.

Segui-os. Ao entrar na tenda que prolongava o edifício encarei com um fulano com cabelos pelos ombros que brandia uma tabuleta dizendo "silence". Desviei-me e por pouco não tropecei num monte de sapatos aglomerados na entrada.

Lá dentro estavam milhares de jovens como eu (na época :) ) Sentados no chão envolviam uma centena de homens de hábitos brancos, também sentados no chão no centro do recinto. Nas paredes, aqui e ali, icones ortoxos e velas. E por todo o lado aquela música fantástica. Um coro de milhares entoava a várias vozes um cântico em espanhol, "nada te turbe, nada te espante, quien a diós tiene nada le falta". Santa Teresa de Ávila, estranhei. Sentei-me no chão, pernas cruzadas e aos poucos fui-me deixando levar pela musica. Pouco depois cantava também.

Relaxei. fechei os olhos. Uma curta leitura do envangelho repetida em várias línguas e, de repente, silêncio.


Silêncio que envolveu todos os cinco mil (soube depois) que ali estávamos.

E de repente naquele silêncio de forma quase imperceptivel, a presença do Ressuscitado fez-se sentir ténuamente no mais profundo de mim. Uma vontade de ficar ali, depositando na Cruz todos os meus medos, os meus erros, as minhas angustias.

Uma alegria invadiu-nos à medida que uma nova canção surgiu: "Cristus Rexurrexit Aleluia"

Quis ficar ali para sempre, mas acabei por saír, era preciso encontrar um lugar para passar a noite. Mas, pela noite fora, continuou-se a cantar na igreja, onde um corropio constante de entradas e saídas, da gente mais díspar, me fascinava.

Voltei pelas 3 da manhã. O silêncio substituira a música, dos milhares restavam algumas dezenas, espalhados pelos espaços de penumbra, sentados , deitados, ajoelhados.

Fiquei ali no silêncio e, pela primeira vez, acho que dei sentido à oração!


Desde esse dia elegi aquele local como o meu refúgio. Nem sempre encontro o silêncio no dia a dia que me permita aquela comunhão, mas tenho que, de ano a ano, procurar o silêncio da Igreja da Reconciliação, em Taizé.

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 01:29

Acção sem Oração, tenho concluído na minha pouca experiência, que é como que um bom carro com um motor fraquinho.

A Oração é motor da minha acção. Sem ela - a oração, a minha acção perde o sentido.

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 01:56

Pois é.
Mas eu falava da forma como eu via as coisas quando tinha 19 anos! Penso que percebeste isso.

Aliás é preciso termos a capacidade, quando estamos muito envolvidos em movimentos, grupos, projectos, de saber parar, fazer silêncio.

É triste quando verificamos que nos transformámos em burocratas ou trecnocratas da religião. E isso quase que me aconteceu!

Felizmente encontrei o meu espaço pessoal de silêncio...

O Fr Roger escreveu um dia, não me lembro bem onde, que muitas vezes, se não sabemos como rezar, ou não nos ocorre nada para dizer, que basta ficar em silêncio, à escuta, como faziamos em pequenos no colo da nossa mãe.

É uma boa imagem, não achas?

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 02:03

bonita imagem :)

Re: O exercício da oração.
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 18:23

Ai, mal posso esperar por dia 22!!!
Taizé, Cristo, aqui vou eu!!
Pela primeira (e espero que não última) vez! :o))

João

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 21:38

João prometes que fazes um relato da tua experiÊncia? Não te importas de partilhar com estes pobres irmãos???

Abraços,
Susete

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 08 de March de 2002 21:41

Eu faço parte da Pastoral Universitária aqui de Évora e eles têm o costume de todos os meses organizarem a Oração Taizé. Mas, por íncrivel que pareça ou ironia do destino, das duas vezes em que houve surgiram-me sempre contrapartidas.

Verdade seja dita, estou ancioso

Abraços,
Nuno Branco, 25 anos

Re: O exercício da oração.
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 11 de March de 2002 11:54

Olha Nuno, já aconteceu o mesmo com vários amigos meus... Mas não desesperes...! Quando chegar a altura, aconselho-te a ficares calmo e deixares a música falar... Vais ver o que quero dizer! ;o)

Farei uma espécie de "diário" da viagem e depois farei um resumo que colarei aqui! Espero que todos os que fizerem outras peregrinações vão partilhando as suas experiências também!

Venite, exultemus Domino!
João

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 13 de March de 2002 00:43

Já agora partilhem as vossas experiências de Taizé também no site "Amigos de Taizé em Portugal", que bem precisa de novidades para não morrer... eu cá não vou poder ir a Taizé esta páscoa, (familia, trabalho e filhos!), mas fico à escuta.

A propósito, para os que vão a primeira vez, há um ciberposto em Taizé onde é possivel aceder à net, nas traseiras da zona onde é servida a comida. Penso que basta ter um cartão da france telecom para poder navegar. Que tal irem-nos dando notícias para o forum no dia a dia?(isto se a intensidade da vivência o permitir.)

A propósito, preparem-se para o choque e para se sentirem perdidos no primeiro dia! De repente percebe-se que há uma série de coisas que nos faltam e que o conforto não é muito...

Mas rápidamente se percebe que basta ter uma colher para conseguir comer uma refeição e que o frio se suporta quando podemos ver aquele pôr do sol com o TGV a passar.

Que vontade de pegar na mochila e partir!

Como é a vossa oração.
Escrito por: Nuno Sousa (IP registado)
Data: 13 de March de 2002 21:39

Existem várias formas de oração e de diálogo com o nosso Pai do Céu. E eu gostaria, alimentado pela minha curiosidade, como tem sido a vossa oração e quais as formas que vocês já experimentaram?

Gostaria de partilhar como é a minha oração e de que maneira a ponho em prática. Acho que é importante, sabermos como cada um se relaciona com Deus. É certo, que tratando-se de uma "revelação íntima", gostaria apenas de conhecer os vossos meios de oração.

1 - <b> Evangelho </b> - Sendo a oração um diálogo e não um monólogo, pressupõe que haja participação de cada lado. Que eu saiba pedir - o que para mim é dificil, se entendermos "pedir" como a tentativa de sintonização da nossa vontade com a Deus, e que consiga escutar. Para que possamos ouvi-Lo, nada melhor do que nos dirigirmo-nos à sua Palavra. Tenho por hábito, sem bem que muitas vezes falhe, imprimir à noite a passagem do Evangelho do dia seguinte, para que no começo do outro dia eu possa saber o que Ele me tem a dizer. E resulta. Mas, só resulta no esforço. Faço-me por entrar na passagem, como se eu me apoderasse de uma personagem. E termino "Que me tens para dizer nas Tuas palavras?"

2 - <b> O Terço </b> - O terço é fundamental. A oração recomendada por Maria, nas aparições em Fátima. Poderão afirmar, que repetir as mesmas palavras e as mesmas fórmulas, torna-se cansativo. Mas quando - por exemplo amamos alguém - nunca nos queixamos de lhe repetir a mesma palavra: Amo-te. Cada mistério, não é mais do que uma declaração de Amor da nossa parte. E meditar na intenção de cada um, torna-se no verdadeiro conhecimento daqueles momentos dolorosos, gloriosos e gozosos atravessados e vividos em Amor, por Jesus.

3 - <b> Fotografias/Imagens </b> - Não necessita de ser uma fotografia especial ou espectacularmente bem editada. Na simplicidade, estão as autênticas respostas e no sensacionalismo vivemos escravos dos sentidos e como tal o essencial da mensagem, tem tendência a perder-se. Poderá ser uma fotografia de um acontecimento, de uma paisagem ou de um rosto. E contemplar e conhecer Deus, através da Sua Criação. Eu, como arquitecto, basta eu olhar para um edificio de arquitectura para facilmente identificar o estilo e linguagem e porque não o criador. Pelo quadro, pela pintura, pela criação ficamos a conhecer melhor a intencionalidade e a realidade do artista. Cada um de nós tem a assinatura de Jesus Cristo.


Gostaria de ouvir a vossa experiência pessoal.

Abraços.
Nuno Branco, 25 anos

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno de Sousa Branco (IP registado)
Data: 10 de September de 2002 19:19

Há algum tempo atrás lançava este convite e dada a minha curiosidade gostaria de vos "ouvir" a respeito do post anterior, caso vocês acham que seja construtivo para cada um de nós

Nuno

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno de Sousa Branco (IP registado)
Data: 10 de September de 2002 20:22

Já deve ser conhecimento de todos, mas no entanto deixo aqui uma sugestão:

www.lugarsagrado.com

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de September de 2002 20:48

No Paroquias.org também podemos encontrar uma sugestão diária de oração na Capela Sto Isidoro (ver [www.paroquias.org] ). Mas o Lugar Sagrado é um ponto de referência de oração em português (e não só). Na Capela encontraremos também um link para o Lugar Sagrado.

Luis

Re: Como é a vossa oração.
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de September de 2002 21:04

A oração (prefiro chamar-lhe o meu diálogo com Deus) vai surgindo ao longo do dia, principalmente nas alturas mais calmas e quando me encontro sozinho. Talvez seja dos poucos a encontrar um lado positivo do trânsito que apanhamos todos os dias até chegar ao emprego, mas acaba às vezes por ser um bom momento de começar o dia com um diálogo com Deus.

Tenho a sorte de trabalhar próximo de um pequeno jardim. Quando saio ao final da tarde do emprego, e o vento me traz aquele cheiro único a natureza, o diálogo começa naturalmente naqueles breves passos levo até ao transporte...

O Evangelho e o Pai Nosso talvez sejam as 'formúlas' conhecidas que por vezes emprego no meu diálogo: o Evangelho por razões óbvias, transportam-me para a vida de Jesus Cristo e dia após dia, tem sempre algo de novo para me mostrar; o Pai Nosso porque foi a oração que Jesus nos ensinou.

Não rezo o Terço. Não por ser algo demasiado repetitivo, mas porque na minha relação com Deus, sobra pouco ou nenhum espaço para "intermediários". Para mim, os santos servem de exemplo com as suas vidas de referência, de pessoas como nós, que viveram de forma apaixonada e dedicada o seu amor por Deus.

É esta a minha partilha... fico a aguardar a vossa.

Luis

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Nuno de Sousa Branco (IP registado)
Data: 12 de September de 2002 22:31

"Não rezo o Terço. Não por ser algo demasiado repetitivo, mas porque na minha relação com Deus, sobra pouco ou nenhum espaço para intermediários" - afirmavas tu.

Que leitura fazes desta passagem:

"Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus.Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima. Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora. " (Jo 2, 1-10)

Nuno

Re: O exercício da oração.
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 12 de September de 2002 23:09

Não sou propriamente um perito da matéria, longe disso, mas desta passagem destacam-se algumas ideias:

1. A resposta de Jesus à sua mãe: "Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?";

2. A afirmação que é Deus Pai que decidirá a "sua hora" e não Maria: "Ainda não chegou a minha hora.";

3. Maria, nas suas únicas palavras no Evangelho de João: "Fazei o que Ele vos disser!".

Maria, mãe de Jesus, ao dizer "Fazei o que Ele vos disser", aponta-nos claramente para o que deve ser o centro da nossa fé - Jesus Cristo.

Luis

Re: O exercício da oração.
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 17 de October de 2002 20:23


Luís, já tenho uma resposta escrita às tuas questões, mas está lá "presa" no meu PC! :o)

João

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